Diogo Cuoco ficará preso preventivamente por suspeita de lavar dinheiro para um esquema de desvio de dinheiro para projetos como a construção do extinto Trump Hotel
José Cruz/Agência Brasil |
O empresário Diogo Cuoco, filho do ator Francisco Cuoco, se
entregou nesta terça (29) à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.
Ele ficará preso preventivamente por suspeita de lavar dinheiro para um esquema
de desvio de recursos de fundos de pensão e entidades de previdência para
projetos como a construção do extinto Trump Hotel, no Rio de Janeiro, atual LSH
Lifestyle.
Além dele, também
já estão presos outros dez alvos da Operação
Circus Maximus, deflagrada na terça por ordem da Justiça Federal em
Brasília. Entre eles, estão o presidente licenciado do BRB (banco estatal de
Brasília), Vasco Cunha Gonçalves, e os diretores da instituição Nilban de Melo
Júnior, Marco Aurélio Monteiro de Castro, Andréa Moreira Lopes, Carlos Vinícius
Raposo Machado Costa e Adonis Assumpção Pereira Júnior.
Outros
presos são os ex-dirigentes do BRB Ricardo Leal e Henrique Leite, além dos
empresários Henrique Neto, Felipe Bedran Calil e Dilton Castro Junqueira
Barbosa.
Duas
pessoas ainda não haviam sido presas até a manhã desta quarta (30), entre elas
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do general João Baptista
Figueiredo, último presidente brasileiro na ditadura militar (1979-1985). Ele
estaria morando nos Estados Unidos.
Paulo
Renato foi um dos criadores do fundo de investimentos criado para captar os
recursos destinados ao hotel de luxo. A Trump Organization -propriedade do
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump- cedeu sua marca para o
empreendimento até 2016, mas se retirou do negócio depois que ele passou a ser
investigado.
A
Circus Maximus apura um suposto esquema de pagamento de propinas a diretores do
BRB em troca de investimentos em projetos imobiliários. A investigação foi
feita pela força-tarefa Greenfield, grupo de procuradores da Procuradoria da
República no Distrito Federal.
Ao
menos R$ 40 milhões em subornos teriam sido pagos aos dirigentes para que eles
liberassem recursos de fundos de pensão e entidades de previdência,
administrados pelo banco, e da própria instituição financeira para os projetos
que davam prejuízo e não passavam por análise técnica adequada, entre eles o do
hotel. O prejuízo estimado é de R$ 400 milhões.
Além
de prisões, a PF fez busca e apreensão nos endereços de 25 investigados,
apreendendo jóias, dinheiro e documentos do interesse da investigação. Com
informações da Folhapress.
Fonte:
Notícias ao Minuto
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