"Num vexame sem precedente, o presidente Jair Bolsonaro
evitou a imprensa em Davos, cancelando uma entrevista e deixando jornalistas e
cinegrafistas brasileiros e estrangeiros à sua espera", diz editorial do
jornal do Estado de S. Paulo. "O cancelamento da entrevista comprovou
suas más condições para o exercício de uma função física e psicologicamente
exigente"
247 – "Num vexame sem
precedente, o presidente Jair Bolsonaro evitou a imprensa em Davos, cancelando
uma entrevista e deixando jornalistas e cinegrafistas brasileiros e
estrangeiros à sua espera numa sala do Fórum Econômico Mundial. Quinze minutos
antes do evento, marcado para as 16 horas, plaquinhas com os nomes do
presidente e dos ministros Paulo Guedes, Sergio Moro e Ernesto Araújo estavam
sobre a mesa destinada aos entrevistados", diz o jornal Estado de S.
Paulo, em editorial publicado nesta
quinta-feira. "Bolsonaro, a menos que
surja outra interpretação plausível para sua atitude, foi incapaz de aguentar a
tensão em seu primeiro teste internacional."
O
jornal também criticou o discurso de Bolsonaro. "Produziram um mexidão com
ideologia e insuficiência de informação relevante. Foi mais uma versão
requentada de um discurso eleitoral. Mesmo os frequentadores mais conservadores
de Davos devem estar pouco interessados na restauração dos valores da família
brasileira. Os menos pacientes devem ter achado patética a afirmação sobre como
foi escolhida a equipe de governo", aponta o editorial. "Ele ainda tentaria, em vários encontros e com a entrevista
marcada meio de improviso, transmitir ideias mais claras e falar com maior
pragmatismo. Mas o cancelamento da entrevista comprovou suas más condições para
o exercício de uma função física e psicologicamente exigente como a que acaba
de assumir."
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