O governo Bolsonaro rasgou a fantasia e mergulhou em
conspiração aberta para derrubar o governo de Nicolás Maduro na Venezuela; o
gesto é sem precedentes e pode abrir caminho para uma tensão jamais vista entre
os dois países; três opositores venezuelanos desembarcaram em Brasília para
tratar da "transição" na Venezuela; Antonio Ledezma, Julio Borges e
Carlos Vecchio vão se encontrar com Ernesto Araújo, o folclórico chanceler
brasileiro; situação tende a se agravar diante do amadorismo bolsonarista na
compreensão da geopolítica regional
247 - O
governo Bolsonaro rasgou a fantasia e mergulhou em conspiração aberta para
derrubar o governo de Nicolás Maduro na Venezuela. O gesto é sem precedentes e
pode abrir caminho para uma tensão jamais vista entre os dois países. Três opositores venezuelanos desembarcaram em Brasília para tratar da
"transição" na Venezuela. Antonio Ledezma, Julio Borges e Carlos
Vecchio vão se encontrar com Ernesto Araújo, o folclórico chanceler brasileiro.
Situação tende a se agravar diante do amadorismo bolsonarista na compreensão da
geopolítica regional.
A reportagem do jornal O Globo dá
os detalhes da "Operação Venezuela": "o ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, o ex-presidente da
Assembleia Nacional (AN) Julio Borges, e o número dois do partido Vontade
Popular (VP), Carlos Vecchio, se encontrarão hoje com o chanceler Ernesto
Araújo. O time opositor será reforçado pelo presidente do Tribunal Supremo de
Justiça (TSJ) no exílio, Miguel Ángel Martín, que chega nesta quinta-feira a
Brasília, onde também será recebido por Araújo."
E acrescenta: "a chegada
dos opositores a Maduro ocorreu no mesmo dia em que os presidentes do Brasil,
Jair Bolsonaro (PSL), e da Argentina, Mauricio Macri, tiveram seu primeiro
encontro, em Brasília, e reforçaram a necessidade de redobrar esforços — junto
com sócios importantes no continente como Chile, Peru e Colômbia — na busca de
um governo legítimo para os venezuelanos. Os quatro opositores vivem no exílio
e representam uma facção da oposição que frequentemente discorda da que ficou
no país."
Segundo
a matéria, "a crise na Venezuela ocupou um espaço central na agenda de
Macri e Bolsonaro. Ambos os chefes de Estado analisaram vários cenários
diplomáticos, políticos e até mesmo militares, disse ao GLOBO uma fonte que
acompanhou de perto as conversas. Um dos cenários possíveis seria o eventual
reconhecimento de um "presidente encarregado" que poderia ser
designado pelo TSJ no exílio. Neste caso, o nome cotado para ocupar o vazio de
poder já declarado pela corte é Juan Guaidó, recentemente designado presidente
da AN e alvo de intensas perseguições e ameaças por parte do regime de Maduro."
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