"O silêncio de Sérgio Moro diante do agravamento do caso
Flávio Bolsonaro não é apenas constrangedor. É um fato político grave. O
Ministério que dirige é responsável pelo Coaf. Deve explicações sobre as
estranhas movimentações do filho do chefe", afirmou o coordenador
nacional do MTST, Guilherme Boulos
247 - O
coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme
Boulos, criticou o silêncio do ministro da Justiça, Sérgio Moro, sobre as
movimentações financeiras de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito
Flávio Bolsonaro (PSL), deputado estadual no Rio de Janeiro.
"O
silêncio de Sérgio Moro diante do agravamento do caso Flávio Bolsonaro não é
apenas constrangedor. É um fato político grave. O Ministério que dirige é
responsável pelo Coaf. Deve explicações sobre as estranhas movimentações do
filho do chefe", escreveu o ativista no Twitter. "Coaf indica
pagamento de título de R$1 milhão por Flávio Bolsonaro. Os valores estão
crescendo e o escândalo também. Os negócios da família são cada vez mais
difíceis de explicar. Não adianta Bolsonaro adotar a tática avestruz e fingir
que não é com ele. O país exige respostas", disse.
De acordo com um
trecho de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf), entre junho e julho de 2017 foram efetuados 48 depósitos em dinheiro
numa conta de Flávio Bolsonaro que totalizam R$ 96 mil. O teor do documento foi
divulgado pelo Jornal Nacional.
Outro escândalo
mexe com a família Bolsonaro. O senador eleito negociou dois apartamentos
em bairros nobres do Rio de Janeiro, no valor de R$ 4,2 milhões, entre 2014 e
2017. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o período de aquisição
é o mesmo em que o Coaf identificou uma movimentação de R$ 7 milhões nas contas
de Fabrício Queiroz.
O conselho já
havia detectado uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão feita em um ano por
parte de Fabrício Queiroz. Também foi verificado um pagamento de R$ 24 mil
a Michelle Bolsonaro, mulher do presidente eleito Jair Bolsonaro.
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