A guerra entre Rede Globo e Jair Bolsonaro começa quente nos
bastidores do governo; em resposta ao recado da Globo via seus dois principais
apresentadores, Fausto Silva e Luciano Huck, o presidente eleito irá colocar o
dedo na maior ferida publicitária que protege a emissora desde os anos 60, o
chamado 'bônus de volume'; Bolsonaro quer proibir o 'instrumento' que levou o
sistema publicitário brasileiro a uma espécie de 'cartelização', com primazia
da Globo sobre todas as outras emissoras; o projeto já está escrito, com ajuda
dos concorrentes da Globo, e será apresentado ao Congresso pelo ex-ator e agora
deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP)
247 - A guerra entre Rede
Globo e Jair Bolsonaro começa quente nos bastidores do governo. Em resposta ao
recado agressivo da Globo via seus dois principais apresentadores, Fausto Silva
e Luciano Huck, o presidente eleito irá colocar o dedo na maior ferida
publicitária que protege a emissora desde os anos 60, o chamado 'bônus de
volume'. Bolsonaro quer proibir o 'instrumento' que levou o sistema
publicitário brasileiro a uma espécie de 'cartelização', com primazia da Globo
sobre todas as outras emissoras. O projeto já está escrito e será apresentado
ao Congresso pelo ex-ator e agora deputado federal Alexandre Frota.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo explica
a tensão no governo (e suas respectiva ação): "o governo Jair Bolsonaro
(PSL) tem projeto de lei pronto visando proibir um instrumento de negociação
comercial que, segundo críticos, garante o domínio da Rede Globo no mercado
publicitário de TV aberta no Brasil. O texto foi escrito sob inspiração de
integrantes de agências de publicidade e executivos de concorrentes da Globo e
será apresentado pelo deputado eleito Alexandre Frota (PSL-SP) quando o novo
Congresso assumir em fevereiro.
Bolsonaro
falou: "vamos buscar junto ao Parlamento brasileiro a questão do BV. Isso
tem de deixar de existir. Eu aprendi há pouco o que é isso e fiquei surpreso e
até mesmo assustado".
A
matéria informa sobre o 'instrumento' de cartel: "o BV em questão, alvo do
novo projeto, é a sigla de Bonificação por Volume. O mecanismo foi introduzido
pela Globo nos anos 1960 para, segundo a emissora, estimular o mercado
publicitário e chamado de 'câncer' por um de seus maiores adversários, o
vice-presidente e sócio da RedeTV! Marcelo de Carvalho. O funcionamento do
BV é simples. Um anunciante contrata uma agência de publicidade para promover
um produto. Os veículos de comunicação pagam uma comissão para as agências, o
BV, para que elas os escolham como destinatários da verba. Para os
críticos, isso cria um ciclo vicioso em que o meio mais rico do Brasil, a TV
aberta, mantém seu domínio sobre o bolo publicitário alimentado as agências com
BVs. Grandes contratos costumam ter um BV variando de 10% a 20% de seu
valor."
Segundo
o jornal, "o mecanismo levou agências grandes a reduzir ou mesmo
deixar de cobrar as comissões regulares --que podem chegar a 20%, mas em média
são de 5% por negócio."
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