Pedro Guimarães, o
"especialista em privatizações" que assumiu a Caixa Econômica Federal
nesta segunda-feira (7), é genro de Léo Pinheiro, ex - executivo da OAS que foi
preso por pagamento de propina e solto ao fechar acordo de delação premiada
para incriminar Lula.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante cerimônia de posse aos presidentes dos bancos públicos. (Foto: Agência Brasil) |
O presidente Jair
Bolsonaro (PSL) oficializou nesta segunda-feira (7) a nomeação de Pedro
Guimarães como presidente da Caixa Econômica Federal (CEF). O economista, que
se especializou em privatizações nos Estados Unidos, é genro de Léo Pinheiro,
ex-executivo da OAS.
Pinheiro foi preso através de
investigações da Lava Jato sob a acusação de pagar propina a políticos em troca
de favorecimentos para sua empreiteira. Ele foi solto, no entanto, após fechar
um acordo de delação premiada para incriminar Lula.
Em seu depoimento, que motivou o processo
contra o ex-presidente, o ex-executivo afirmou que Lula era uma espécie de
“proprietário oculto” de um apartamento triplex no Guarujá, em São Paulo. A
delação dava conta de que o apartamento seria uma recompensa por Lula ter
concedido benefícios para a OAS em seu governo, mas não há nenhuma prova de que
o petista teria recebido, de fato, o imóvel ou que era seu proprietário. Tanto
é que o apartamento, após a prisão de Lula, foi leiloado
para pagar dívidas da própria OAS – o que comprovaria que a empreiteira é a
verdadeira detentora do imóvel que levou o ex-presidente ao cárcere.
O genro de Pinheiro, em seu discurso de
posse como presidente da Caixa, sinalizou prioridade para as
privatizações e anunciou a saída do banco público do mercado de crédito.
“Faremos isso (devolução do dinheiro ao Tesouro) via venda de participações de
empresas controladas: seguros, cartões, assets (ativos) e loterias. Já começa
agora, pelo menos duas neste ano”, disse Guimarães.
Da Revista Fórum com informações da Carta
Capital
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