O presidente Jair Bolsonaro e três ministros cancelaram um
pronunciamento que fariam nesta quarta no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na
Suíça; segundo o assessor da Presidência Tiago Pereira Gonçalves, o
cancelamento aconteceu devido o que ele e o governo consideram "abordagem
antiprofissional da imprensa"; iniciativa é tomada em meio ao escândalo
das milícias no Rio que ganhou destaque na imprensa nacional; nesta terça, a
imprensa mundial já atestou o fracasso do discurso de Bolsonaro, que tinha 45
minutos, mas usou apenas 8
247 - O presidente Jair Bolsonaro
e ministros cancelaram um pronunciamento que fariam nesta quarta-feira (23) no
Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. De acordo com o assessor da
Presidência Tiago Pereira Gonçalves, o cancelamento aconteceu devido o que
ele e o governo consideram "abordagem antiprofissional da imprensa".
Iniciativa é
tomada em meio escândalos das milícias no Rio que ganhou destaque na
imprensa nacional. Foram presos suspeitos de envolvimento com o assassinato da
ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSol) e a mãe de um deles - o ex-capitão
do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega -, que está foragido, trabalhou para no
gabinete do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa
do Rio. Inclusive, o parlamentar também já tinha feito homenagens ao policial.
A organização do
Fórum preparou uma sala com quatro lugares reservados para autoridades
brasileiras. Havia placas com os nomes de Bolsonaro e dos ministros Sérgio Moro
(Justiça), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Paulo Guedes (Economia).
O pronunciamento
de Bolsonaro estava marcado para 13h (horário de Brasília). De fato, não é
comum um chefe de Estado ou governo não conceder nenhuma entrevista
coletiva em Davos, evento visto como uma vitrine mundial para investidores.
Segundo
o colunista do G1 e da GloboNews Valdo Cruz, assessores de Bolsonaro chegaram a
argumentar que ele precisa se poupar fisicamente, devido ao fato de ter uma
cirurgia para retirada da bolsa de colostomia marcada para segunda-feira (28).
Nesta terça, a imprensa mundial atestou a
superficialidade do discurso de Bolsonaro em Davos. Sylvie Kauffmann, diretora
editorial e colunista do Le Monde, por exemplo, citou o “Fiasco de Bolsonaro em
Davos, incapaz de responder concretamente às questões de Klaus Schwab. 15 min.
de generalidades".
Segundo Heather
Long, do The Washington Post, o discurso do brasileiro foi um “grande
fracasso”. “O presidente brasileiro Bolsonaro falou por menos de 15 minutos.
Grande fracasso. Ele tinha o mundo inteiro assistindo e sua melhor linha era
dizer às pessoas para irem de férias ao Brasil. Bolsonaro é classificado como
‘Trump sul-americano’, mas ele parecia morno".
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