"O mundo árabe está enfurecido" com o Brasil,
declarou Amr Moussa, ex-secretário-geral da Liga Árabe; "Muitos de nós não
entendemos o motivo pelo qual o novo presidente do Brasil trata o mundo árabe
desta forma", acrescentou, ao falar sobre a decisão de países árabes de
descredenciar frigoríficos brasileiros em retaliação ao governo de Jair
Bolsonaro, em função da decisão de transferir a embaixada brasileira em Israel
de Tel Aviv para Jerusalém; agronegócio, que apoiou Bolsonaro, perderá bilhões
247 - O
ex-secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que "o mundo
árabe está enfurecido" com o Brasil e que o descredenciamento de
frigoríficos brasileiros é uma retaliação ao governo de Jair Bolsonaro, em
função da decisão de transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv
para Jerusalém.
Moussa,
que é um dos diplomatas do Oriente Médio de maior influência na região, está na
Suíça participando do Fórum Mundial de Davos. Jair Bolsonaro também foi para o
evento.
"Essa
é uma expressão de protesto contra uma decisão errada por parte do Brasil.
Muitos de nós não entendemos o motivo pelo qual o novo presidente do Brasil
trata o mundo árabe desta forma", enfatizou Moussa.
De
acordo com dados oficiais, as unidade de frigoríficos de frango descredenciadas
representam 30% do volume que atualmente é vendido para o país.
O
descredenciamento é reflexo da decisão da Liga Árabe, que aumentou a pressão
sobre o governo de Bolsonaro e aprovou, no Cairo, uma resolução pedindo que o
Brasil "respeite o direito internacional" e que abandone a ideia de
mudar a embaixada para Jerusalém, o que significaria o reconhecimento da cidade
como capital de Israel.
"Eu
acredito que tais medidas (como o descredenciamento dos frigoríficos) vão continuar",
disse Moussa. "A única forma de evitar isso é se o Brasil desistir dessa
ideia. Jerusalem é uma capital de dois Estados, não de um", completou
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