Apesar de Nathalia Queiroz trabalhar como personal trainer em
horário comercial, o gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara atestou que ela
cumpriu 40 horas semanais nos quase dois anos em que trabalhou para o então
deputado, eleito presidente da República; ela é filha do ex-assessor do
senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) Fabrício Queiroz, que fez uma
movimentação atípica superior a R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017, segundo o
Coaf; Nathalia é citada no relatório do órgão
247 - Apesar de
Nathalia Queiroz trabalhar como personal trainer em horário comercial, o
gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados atestou que ela cumpriu 40
horas semanais, oito horas por dia, durante os quase dois anos em que trabalhou
para o então deputado, eleito presidente da República no ano passado. Ela é
filha de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro
(PSL-RJ), deputado estadual no Rio. Segundo o Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf), o ex-assessor fez uma movimentação atípica superior
a R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017, inclusive pagamentos de R$ 24 mil a Michelle
Bolsonaro, mulher do atual chefe do Executivo federal. Nathalia é citada no
relatório do órgão.
O
Legislativo informou à CBN que a presença de Nathalia Queiroz foi atestada, mês
a mês. Ela não tem nenhuma falta injustificada e nem tirou licença.
Questionado
no fim do ano passado sobre a frequência de Nathalia Queiroz, Bolsonaro disse
que a pergunta deveria ser feita ao chefe de gabinete. Reportagens mostraram na
época que Nathalia atua como profissional de educação de física e atendia
clientes no Rio de Janeiro em horário comercial, quando era secretária
parlamentar de Jair Bolsonaro.
O líder
do PSL na Câmara, Delegado Waldir, aliado de Bolsonaro, diz que a lei não
proíbe acumular outro cargo com o de assessor parlamentar. "Eu tenho um
funcionário aqui que pode ser professor, e ele pode trabalhar pra mim de noite,
de madrugada", alega.
Nathalia
foi quem filmou o vídeo em que o pai dela, Fabrício, aparece dançando no meio
do quarto de um hospital, enquanto aguardava uma cirurgia. Nathalia, a mãe dela
e uma irmã faltaram a depoimentos no Ministério Público sob o argumento de que
o pai está mal de saúde. Fabrício faltou a quatro depoimentos.
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