Em uma conversa com o empresário Joesley Batista, da JBS, o
senador Aécio Neves assume a autoria da indicação de Fabio Schvartsman para a
presidência da Vale; "Ele vai ser anunciado como um cara do mercado.
O Temer não sabe o nome dele. Confiou em mim essa p***a", diz Aécio; em
meio à tragédia-crime de Brumadinho, Schvartsman e o comando da Vale podem ser
destituídos, segundo o vice-presidente Hamilton Mourão; advogado da mineradora,
Sérgio Bermudes diz que a Vale não tem culpa pelo maior desastre ambiental e
humano três anos depois de Mariana
247 - Em uma
gravada entre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) com o empresário Joesley Batista,
Aécio diz que indicou o presidente da mineradora Vale, Fabio Schvartsman.
Ex-executivo da Klabin, Fabio Schvartsman, assumiu o comando da mineradora
em 22 de maio de 2017, e agora se vê diante de uma tragédia-crime em
Brumadinho, com o rompimento da barragem de Feijão, em Brumadinho, que já
resultou em 60 mortes e pelo menos 292 desaparecidos.
"Ele
vai ser anunciado como um cara do mercado. O Temer não sabe o nome dele.
Confiou em mim essa p***a. O Trabauco [Luiz Carlos Trabuco, então presidente do
Bradesco, um dos acionistas da Vale], e o Caffarelli [Paulo Rogério Caffarelli,
então presidente do Banco do Brasil] são duas pessoas que sabem, batemos o
martelo", diz Aécio a Joesley.
O comando da Vale pode ser destituído pelo
governo federal após a tragédia de Brumadinho, como sinalizou o vice-presidente
Hamilton Mourão. "Essa questão da diretoria da Vale está sendo
estudada pelo grupo de crise. Vamos aguardar quais são as linhas de ação que
eles estão levantando", disse Mourão.
A
defesa do afastamento da diretoria da Vale também foi feita pelo senador Renan Calheiros. "Ministro
Moro @JusticaGovBR, quantas pessoas precisarão morrer para que a Polícia
Federal faça alteração na diretoria da Vale? Antes que preciosos indícios
desapareçam. E quantos deputados deixarão o país sem que sejam protegidos?
Precisamos da sua veemência de sempre", afirmou Renan Calheiros.
À
jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o
advogado da Vale, Sergio Bermudes, afirmou que "a Vale não enxerga razões
determinantes de sua responsabilidade. Não houve negligência, imprudência,
imperícia". "Por que uma barragem se rompe? São vários os fatores, e
eles agora vão ser objeto de considerações de ordem técnica". Para o
advogado, tudo tratou-se de sorte e azar: "um caso fortuito cujas causas
ainda não foram identificadas".
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