domingo, 30 de dezembro de 2018

Afrânio: não sei se viverei em um país governado pela extrema direita


"O fato mais traumático que vivenciei, em toda a minha existência, foi a morte prematura da minha filha Eliete", diz o jurista Afrânio Silva Jardim; "Acho que posso afirmar que este ano de 2018, que ora se finda, foi o segundo ano mais danoso que vivi. Não vou aqui elencar as grandes decepções e perdas que me amarguraram no curso deste período", afirma; "Não sei se conseguirei viver em um país governado pela extrema direita"
Por Afrânio Silva Jardim, em seu Facebook
O fato mais traumático que vivenciei, em toda a minha existência, foi a morte prematura da minha filha Eliete. Esta tragédia ocorreu no ano de 2014 e ainda não me recuperei desta irreparável perda ...
Revendo o meu passado, acho que posso afirmar que este ano de 2018, que ora se finda, foi o segundo ano mais danoso que vivi. Não vou aqui elencar as grandes decepções e perdas que me amarguraram no curso deste período. Vou ser mais genérico e sucinto.
Durante este ano de 2018, perplexo e atônito, assisti à derrocada de quase todos os valores pelos quais sempre pugnei. Foram décadas pregando a solidariedade e fraternidade, tudo no âmbito de uma sociedade mais justa, menos desigual, onde todos pudessem ter uma vida digna.
Lutamos contra o individualismo, a ganância, os preconceitos, a competição como fundamento de uma sociedade consumista (e vários outros aspectos negativos deste modelo de sociedade).
Entretanto, não posso deixar de consignar uma situação específica, qual seja, a injusta prisão do maior líder popular de toda a história de nosso país. Este absurdo jurídico, na minha opinião, maculou toda a trajetória do nosso sistema de justiça criminal. Esta prisão apequenou e apequena o nosso sistema de justiça criminal.
Agora, sou obrigado a reconhecer: perdemos, ainda que parcialmente e temporariamente. Eu perdi e acho que não tenho tempo de vida suficiente para ver surgir um verdadeiro socialismo democrático em nosso país...
Perdemos, porque a sociedade está submetida a um nefasto e longo obscurantismo. As pessoas estão ficando “infantilizadas” e a conjugação da ignorância com o fanatismo religioso transformou o nosso povo em “massa de manobra” de grupos empresariais que manipulam as redes sociais.
Não tenho mais dúvida de que vou deixar este mundo muito pior do que ele era quando, por uma incrível coincidência biológica, eu aqui nasci. Aqui vivi 68 anos e agora tenho de reconhecer que a “direita autoritária” chegou ao poder e, o que é pior, as pessoas elegeram para presidente um antigo militar que disse, pública e reiteradamente, que era favorável à tortura de seres humanos e ao extermínio de seus adversários ideológicos. Na verdade, todos perderam ou vão perder...
Perdemos, sim, para a truculência, para o ódio e para a ignorância. Entretanto, digo que detestaria estar no lugar dos que nos venceram, conforme célebre frase do grande Darci Ribeiro. Que falta está fazendo este grande escritor, político, acadêmico e intelectual inconformado !!!
De uma forma geral, o mundo está ficando muito pior. Quanto mais as pessoas se apegam às várias religiões, mais perversas e ignorantes elas se tornam. A ciência também está perdendo para as crendices. Invertendo a lógica das coisas, os “fiéis” se utilizam das suas religiões para disseminar os valores que, com elas, são incompatíveis. Não estamos mais na era da razão humana e, sim, na era da “confusão tecnológica”. A lógica está fora de moda !!!
Vejam a matéria cujo link coloco abaixo, publicada no site “The Intercept, Brasil”. Deprimente e nos cria um verdadeiro desassossego.
Não sei se conseguirei viver em um país governado pela extrema direita. Não sei se conseguirei permanecer “vivo entre tantos mortos”, como diz a bela música cantada pelo camarada argentino Victor Heredia, que tantas vezes coloquei aqui.
Vamos resistir. A cultura, o conhecimento, o companheirismo e a generosidade não podem perecer. Vamos resistir sem medo e sem perder a ternura jamais (Che).


Beto Preto entrega a 1ª etapa do Parque Industrial da Juruba


Ainda neste sábado, o prefeito também inaugurou a ligação dos bairros Araucárias e Ponta Grossa 
(Fotos: Edson Denobi)
Em ato simbólico realizado neste sábado (29/12) pela manhã, o prefeito Beto Preto, acompanhado de secretários, vereadores e imprensa, entregou a primeira etapa das obras de drenagem e pavimentação do Parque Industrial da Juruba. “Trata-se do primeiro parque industrial de toda a história do município, que está sendo entregue com ruas asfaltadas, galerias pluviais, água e iluminação”, enalteceu Beto Preto.
Caminhando pela Avenida Milton Geraldo Lampe, a principal do novo parque industrial e que tem 15 metros de largura, o prefeito disse que nesta primeira etapa foram investidos R$ 600 mil, para asfaltar 7 mil metros quadrados. “As obras de infraestrutura urbana já permitem a instalação de 37 empresas, em lotes de 1.000, 1.500 e 2.000 m²”, informou Beto Preto, lembrando que 15 empresas já estão autorizadas a se instalarem na Juruba, com leis aprovadas pela Câmara e sancionadas.
O novo parque industrial, situado na região sul de Apucarana, na saída para Curitiba, tem área total de 23 alqueires, equivalente a 596 mil m². E, quando forem finalizadas as três etapas previstas de urbanização, poderá abrigar 237 indústrias.
“Este investimento é de grande relevância para o futuro do município, abrindo espaço para novos empreendedores, que irão gerar mais empregos e movimentar nossa economia”, avalia Beto Preto, emendando que, “Apucarana está se preparando para o futuro e nós estamos fazendo a nossa parte”.
Ele assinala ainda que o Parque da Juruba tem localização estratégica, às margens da BR-376, e ao lado de dois novos residenciais, o Fariz Gebrim – que deve ser entregue em junho de 2019 -, e do Barcelona, que poderão fornecer mão de obra. O prefeito informa ainda que a entrada principal da Juruba será feita pela Rua Amâncio Bueno, interligando com o Parque Industrial Sul, com a construção de um viaduto de transposição da linha férrea.
Nesta segunda-feira, dia 31 de dezembro, conforme anunciou o secretário de obras, Herivelto Moreno, o prefeito Beto Preto irá autorizar a segunda etapa de asfalto e drenagem do Parque da Juruba. “As obras irão viabilizar a liberação de lotes para mais 60 empresas”, revela Moreno.
INTERBAIRROS
Ainda na manhã do sábado, o prefeito Beto Preto também inaugurou mais uma etapa do Programa Interbairros, na interligação do Residencial Araucárias com o Jardim Ponta Grossa e o Núcleo Dom Romeu Alberti.
A obra, com R$ 252 mil (recursos próprios), inclui uma avenida pavimentada, com drenagem de águas, calçadas, rampas de acessibilidade, iluminação pública e arborização. “Aqui temos um exemplo bastante claro dos objetivos deste programa, que visa aproximar as pessoas e reduzir distâncias”, pontuou Beto Preto.
A dona de casa Maria de Lourdes Morais, que reside no Araucárias, diz que a nova rua aberta beneficia toda a comunidade da região. “Antes os moradores do Araucárias só podiam ir para o centro pela rodovia. Agora economizamos tempo e dinheiro”, assinala.


Vídeo sobre “facada” em Bolsonaro levanta questões sem resposta


Postado há uma semana pelo canal no YouTube "True Or not", documentário começa a ampliar audiência por levantar dúvidas e suspeitas que nem autoridades, nem mídia se empenham em resolver. Adélio agiu sozinho mesmo para organizar e executar o atentado? Por que tinha tantos celulares e laptop se usava lan house? São coincidências as mortes de pessoas ligadas a sua hospedagem? Confira o vídeo
Da Rede Brasil Atual – O documentário Facada no Mito, postado há uma semana no canal True Or Not, no YouTube, está se espalhando por meio das redes sociais. O trabalho, que não identifica seus autores, praticamente não traz imagens inéditas do episódio que vem sendo tratado como "atentado" contra o então candidato Jair Bolsonaro, em 6 de setembro. Mas traz apontamentos minuciosamente elaborados em torno das cenas que antecederam à facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira.
Mostra o comportamento da equipe de segurança, levanta questões relacionadas à "logística" em torno do autor, relembra dúvidas em torno do atendimento e contradições em torno das reações de pessoas próximas a Bolsnoaro. Adélio agiu sozinho mesmo para organizar e executar o atentado? Por que tinha tantos celulares e laptop se usava lan house? São coincidências as mortes de pessoas ligadas a sua hospedagem? E o fato de o escritório de advocacia que o defende atender também envolvidos em confronto entre policiais de Minas e de São Paulo? São listadas, enfim, muitas perguntas sem respostas, como qual teria sido o desempenho de Bolsonaro se não tivesse ocorrido o crime.
"Não somos direita ou esquerda. Não estamos acima e nem abaixo. Somos nós, somos vocês, somos eles, somos todos... ...e merecemos respostas", dizem os responsáveis pelo canal, que abrem o documentário explicando não se tratar de uma "acusação", mas de levantamento de pontos de vista que permitam "uma narrativa diferente da divulgada".
Os responsáveis observam que até o momento a Polícia Federal apresentou uma conclusão que "deixa de fora muitas questões". "Questões que queremos dividir com o público para que possamos exigir as devidas respostas."
Para eles, o assunto não pode ser tratado como crime comum. "Trata-se de um crime de segurança nacional contra um candidato eleito presidente. Além de, como veremos, pode tratar-se de um crime de falsidade ideológica que poderia levar à cassação do mandato presidencial."