sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Marchinha de carnaval faz 'homenagem' a ex-assessor de Bolsonaro


Fabrício Queiroz virou o alvo da brincadeira da dupla "Os Marcheiros"

Depois do sucesso da Marchinha do Japonês (“Ai, meu Deus/ me dei mal/ bateu à minha porta/ o Japonês da Federal”) no último carnaval, a dupla de humor "Os Marcheiros" elegeu o ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, como alvo da brincadeira deste ano.  As informações são da coluna do Ancelmo Gois, do jornal 'O Globo'. 
"Queiroz, Queiroz, Queiroz.../ Explica essa mutreta aí pra nós/ A galera já te manja/ Espreme ele, que sai suco do laranja", diz o trecho da música.
Fabrício Queiroz foi apontado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) como responsável pela movimentação atípica de 1,2 milhão. O ex-assessor de Bolsonaro diz que não cometeu nenhuma ilegalidade e que o montante vem da compra e venda de carros. "Eu sou um cara de negócios, eu faço dinheiro", afirmou.
Fonte: Notícias ao Minuto

Bolsonaro pode causar danos duradouros ao Brasil, diz organização


Quase 50 organizações da sociedade civil dos Estados Unidos, que temem que os danos provocados sejam de amplo alcance e duradouros para comunidades brasileiras

REUTERS/Adriano Machado

Propostas do governo de Jair Bolsonaro (PSL) são vistas com receio por quase 50 organizações da sociedade civil dos Estados Unidos, que temem que os danos provocados sejam de amplo alcance e duradouros para comunidades brasileiras e ao meio ambiente.
As preocupações são manifestadas, em carta, por 47 instituições, entre elas entidades como Brazilian Studies Association (Brasa), Amazon Watch e Friends of the Earth U.S., além de outras de defesa do meio ambiente, dos direitos de trabalhadores e de mulheres. 
A carta acaba de ser publicada no site da organização ambiental Friends of the Earth U.S.
No documento, as entidades afirmam que o objetivo é expressar "profunda preocupação" com as posições sustentadas pelo presidente eleito que "representam uma ameaça séria à democracia, aos direitos humanos e ao meio ambiente".
As entidades citam o "discurso de ódio" de Bolsonaro, dirigido a negros, gays e mulheres. Lembram ainda a defesa que o presidente eleito fez da ditadura militar -em especial declarações de que a ditadura deveria ter matado mais pessoas– e afirmações sobre exílio forçado e prisões de ativistas de esquerda.
Sobre isso, criticam o fato de o presidente eleito ter descrito membros do MTST como "terroristas" e destacam o assassinato de dois integrantes do grupo em dezembro por homens mascarados.
"Além desses repulsivos ataques verbais, nós estamos particularmente preocupados com algumas propostas políticas de Bolsonaro que, se implementadas, podem infligir danos de amplo alcance e duradouros a comunidades brasileiras e ao meio ambiente."
A extinção do Ministério do Trabalho e do Ministério dos Direitos Humanos é vista com especial cautela pelas organizações. "Esses planos levantam temor de que o futuro governo vai procurar enfraquecer os esforços para proteger os direitos dos trabalhadores e outros direitos humanos."
As entidades de sociedade civil dizem que vão ficar monitorando as ações da próxima administração nos próximos meses. Afirmam ainda que vão se pronunciar contra a retórica de ódio e atos de violência, intimidação ou perseguição contra comunidades e instituições de defesa da sociedade civil tachadas de "inimigos" ou "terroristas" por Bolsonaro.
Os direitos de povos indígenas também são vistos com preocupação pelas organizações. Recentemente, o presidente eleito defendeu a exploração "de forma racional" da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. 
Para Christian Poirier, diretor da Amazon Watch, a eleição de Bolsonaro representa "uma crise para os direitos humanos, para a floresta amazônica e para o nosso clima global".
"Um aumento nos ataques violentos contra a população indígena e movimentos sociais já ocorreu desde a eleição. Os direitos humanos e da comunidade ambiental do Brasil não vão retroceder frente a essa emergência, e nem vamos nós [recuar] em apoio a eles."
Gladys Mitchell-Walthour, presidente da Brasa, afirmou que a intenção é fazer o máximo para "apoiar professores, ativistas e cidadãos brasileiros em geral".
"Nós não apoiamos ações antidemocráticas por líderes e cidadãos."  Com informações da Folhapress.
Fonte: Notícias ao Minuto

Posse de Bolsonaro: esquema inédito contará com 12 bases de mísseis


Armamentos seriam instalados em plena Esplanada. Pedido foi feito pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e depende do aval de Temer

Michael Melo/Metrópoles
Está nas mãos do atual presidente da República, Michel Temer (MDB), o esboço de um decreto que autorizaria o uso de mísseis para abater aeronaves que tentassem invadir o espaço aéreo na zona de segurança estipulada para a posse de Jair Bolsonaro (PSL), em 1º de janeiro, em Brasília. A informação é do jornal O Globo.
De acordo com a reportagem, o documento é um pedido do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e pode ser assinado nos próximos dias. A Casa Civil também estaria participando das tratativas para a edição do texto. A artilharia antiaérea só pode ser empregada com autorização presidencial expressa, que deve, ainda, determinar dia, local e horário nos quais aeronaves que invadirem o espaço aéreo poderiam ser abatidas pelos mísseis.
Segundo O Globo, mesmo sem a autorização ter sido dada ainda, Exército e Força Aérea Brasileira (FAB) já estariam preparados para atuar em caso de necessidade: cerca de 130 militares das duas corporações podem ser empregados na condução da medida. Os mísseis ficariam fixados em 12 bases terrestres espalhadas pela Esplanada dos Ministérios. A apresentação das tropas e do armamento para essa operação está prevista para ocorrer nesta sexta-feira (28), em Brasília, destaca a reportagem.
O emprego desse tipo de armamento é inédito em posses presidenciais, mas já foi usado no país durante a Copa das Confederações (2013), Copa do Mundo (2014) e Jogos Olímpicos (2016). Em 1º de janeiro, segundo o jornal carioca, poderiam ser usados mísseis IGLAS – de fabricação russa e capazes de abater aeronaves em um raio de 6km – e o RBS 70 – equipamento sueco considerado um dos mais modernos e velozes do mundo, sendo capaz de abater aeronaves em um raio de 7km. O último modelo foi adquirido pelo Exército em 2016 e só teve autorização para uso durante as Olimpíadas.
Segurança reforçada

Toda a segurança para a posse está sendo reforçada de forma inédita, seguindo o modelo da solenidade que colocou Donald Trump à frente do governo dos Estados Unidos. Atiradores de elite estarão posicionados no alto dos principais prédios da Esplanada dos Ministérios (foto em destaque). Segundo a FAB, foram planejadas ações de reforço na defesa aérea e no controle de tráfego aéreo. Caças sobrevoarão a área de segurança delimitada para impedir que aeronaves não autorizadas se aproximem.

O planejamento prevê a criação de áreas de exclusão, com três níveis de restrição, nas quais somente aeronaves autorizadas irão sobrevoar. As áreas vermelha, amarela e branca serão acionadas ao meio-dia do dia 1º, conforme divulgou a FAB.
A Alta Autoridade de Defesa Aeroespacial, que analisa os pedidos de sobrevoo e autoriza possíveis empregos da força, será o Comandante de Operações Aeroespaciais (COMAE), major-brigadeiro do ar Ricardo Cesar Mangrich. Estão sob sua responsabilidade a aplicação das medidas de policiamento do espaço aéreo e abertura de fogo da artilharia antiaérea.
“A motivação da operação é a proteção de todos que estão assistindo, assim como foi feito durante os grandes eventos [realizados entre 2013 e 2016 no país]. Com isso, pretendemos criar uma área de extrema segurança, impedindo a entrada de meios aéreos não autorizados. Para cumprir esse objetivo, a FAB conta com aeronaves preparadas para a pronta-resposta e mísseis antiaéreos”, afirmou.
Ele confirma que a intenção dos militares é manter 12 pontos com artilheiros munidos de mísseis teleguiados, além de caças F-5M e A-29 prontos para serem acionados se alguma aeronave descumprir as ordens da FAB, colocando em risco a segurança da posse. “Em 38 anos desde a criação do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro, a Praça dos Três Poderes, no dia 1º de janeiro de 2019, será o ponto mais bem protegido”, disse o Comandante do COMAE.
Áreas de controle

O espaço aéreo da região central de Brasília foi dividido em três áreas pela FAB. Na vermelha, que compreende um raio de 7,4km a partir da Praça dos Três Poderes, o sobrevoo é proibido. As únicas exceções são um helicóptero da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que fará coleta de imagens e transmissão ao vivo do evento, e uma aeronave remotamente pilotada (ARP), modelo RQ 900, da FAB, que vai prover imagens para estruturas de inteligência e de segurança.

“O ARP RQ-900, operado via satélite, atuará fornecendo dados para as forças de segurança e defesa. Haverá também um sistema de interferência com drones que possam sobrevoar o local. Caso alguma aeronave consiga entrar na área vermelha sem autorização, ela será automaticamente identificada como hostil e estará sujeita às medidas que forem necessárias, inclusive a destruição”, acrescentou o major-brigadeiro Mangrich.
Já a área amarela, que cobre um raio de 46,3km, abrangendo, inclusive, o Aeroporto Internacional de Brasília, é considerada restrita. Para sobrevoar, é preciso coordenar autorizações junto à FAB – independentemente de as aeronaves estarem envolvidas em atividades operacionais relacionadas à posse (como o helicóptero do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal em acionamento para resgate, por exemplo) ou sejam pertencentes à aviação geral.
As autorizações, que variam segundo o envolvimento ou não com a chamada Operação Posse 2019, precisam ser submetidas até as 12h (horário de Brasília) do dia 31 de dezembro. Para a aviação geral, também há necessidade de solicitação de slots junto ao Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA). Informações sobre autorizações na área amarela podem ser obtidas pelo (61) 99994-6140.
Considerada reservada, a última zona – área branca – abrange um raio de 129,6km, a partir da Praça dos Três Poderes. Para sobrevoá-la não é necessário requerer autorização, mas a apresentação do plano de voo é obrigatória. “É muito importante que os pilotos que pretendem sobrevoar as áreas de exclusão no dia da posse conheçam as instruções específicas da FAB para cada tipo de demanda, assim como os NOTAM vigentes para aquela área, a fim de não cometer alguma irregularidade”, alerta o coronel aviador Luiz Claudio Macedo Santos, do COMAE.
Aviação comercial não será afetada

Por fim, as autoridade da Força Aérea Brasileira afirmam que a aviação comercial não será impactada pela Operação Posse 2019. Já para a aviação geral (aeronaves de táxi aéreo, instrução, aviação agrícola, entre outras), só haverá restrições às que operarem nas áreas vermelha, amarela e branca. (Com informações da FAB)

Fonte: Portal Metrópoles


Reinaldo: governo Bolsonaro não vai dar certo, mas pode sobreviver


"O governo Bolsonaro vai dar certo?", pergunta o jornalista Reinaldo Azevedo, que responde: não; mas, para ele, seria um erro concluir com base nessa resposta que o governo que assume na próxima terça-feira (1) será necessariamente malsucedido; "estamos falando de esferas distintas da experiência pública"
247 - "O governo Bolsonaro vai dar certo?", pergunta o jornalista Reinaldo Azevedo na Folha, que responde: não. Mas, para ele, seria um erro concluir com base nessa resposta que o governo que assume na próxima terça-feira (1) será necessariamente malsucedido. "Estamos falando de esferas distintas da experiência pública".
"O arranjo não dará certo porque nem mesmo haverá um governo. Três partidos - o da Polícia, o de Chicago e o da Caserna - disputarão a primazia de conduzir o Estado, enquanto o chefe caça cavalos de Troia em provas do Enem, vigia os meninos para que não brinquem com bonecas nem façam esquisitices com os primos, vitupera contra Cuba, faz sinal de arma com os dedos e pendura roupas no varal", explica Reinaldo, que faz uma segunda pergunta: se a economia tiver um desempenho ao menos medíocre, é preciso muito mais do que isso para manter o poder?
Para Reinaldo, "o ódio à política eliminou os espaços de interlocução de contrários e ocupou o território da contestação ao establishment, que perdeu os marcos de economia política para se expressar como moralismo estridente. Não se deve cometer o erro de achar que Bolsonaro acabará se acomodando ao molde institucional, que está, de resto, avariado. O político só existe como tal, com a sua estupefaciente soma de inabilidades, porque se apresenta como o homem comum, excluído pelo sistema. O poderoso continuará a ambicionar o lugar da vítima vingadora. Os marcos do Estado democrático e de Direito continuarão a ser seus alvos. E conta, para tanto, com Sérgio Moro como seu 'sniper'".


Após cinco meses de paralisação, BRF retoma produção em Chapecó


Em agosto, a BRF tinha aderido ao lay-off e suspendeu de forma temporária o contrato de trabalho dos funcionários
Unidade da BRF Chapecó suspendeu o contrato de trabalho de cerca
de 1.200 funcionários / Divulgação

A região Oeste de Santa Catarina é classificada como uma referência na área da avicultura comercial brasileira. Dados de 2017 da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, apontam que a região de Chapecó conta com cerca de 2,9 mil granjas comerciais, o que corresponde a uma capacidade de alojamento de 52,48 milhões de aves.
Destes avicultores, boa parte alojam aves para a empresa Brasil Foods - BRF. No entanto, a unidade da empresa na cidade de Chapecó, anunciou no dia 29 de agosto de 2018, que iria suspender temporariamente o abate de aves. Isso fez com que a BRF aderisse ao lay-off, que consiste na suspensão temporária do contrato de trabalho dos funcionários da agroindústria. A ação atingiu também toda a cadeia produtiva, o que inclui prestadores de serviço, transportadores, equipes de carregamento de aves e avicultores.
Na agroindústria, a BRF afirma que foram 1.200 funcionários da linha de frangos que entraram em lay-off. Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias de Carnes e Derivados de Chapecó - Sitracarnes, Jenir de Paula, destaca que a lay-off atingiu, no início, 1.400 funcionários, no entanto, algumas demissões fizeram o número diminuir.  "Em agosto, ela (BRF) parou um setor de perus e deu prioridade para os trabalhadores de Chapecó, demitindo quem vinha de municípios vizinhos", afirma.
Sobre a paralisação do alojamento e abate das aves, um avicultor, que não pode ser identificado devido às restrições da empresa, conta que a crise da agroindústria teve início com a Operação Carne Fraca e que se agravou com o passar do tempo. “Até que chegou o momento deles suspenderem a produção de frangos e de perus também, que ficou com um turno só”, comenta.
O presidente do Sitracarnes, Jenir de Paula, têm uma opinião semelhante a do avicultor. Ele acredita que a situação se deu por conta de dois fatores, a Greve dos Caminhoneiros que ocorreu no mês de maio de 2018, que segundo ele, teve forte impacto na indústria, e por conta do envolvimento da empresa BRF na Operação Carne Fraca. "A gente já esclareceu para os trabalhadores que a culpa não é deles. Todo mundo sabe que quem tem culpa nisso é a própria empresa por se envolver na Operação", aponta Jenir.
A Operação Carne Fraca, citada pelo sindicalista, foi deflagrada pela Polícia Federal em março de 2017 e investigou fraudes laboratoriais no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e irregularidades cometidas por frigoríficos de grandes companhias.
Para o presidente do Sindicato Patronal dos Criadores de Aves do Estado de Santa Catarina - Sincravesc, Valdemar Vicente Kovaleski, o lay-off veio com a necessidade da empresa em fazer um realinhamento. "Ela precisava fazer alguns procedimentos, que seriam o de trazer de volta a normalidade de toda a linha de produção. E na nossa interpretação, ele (lay-off) serviu assim para uma reciclagem geral", afirma.
A BRF, por sua vez, em resposta a nossa equipe de reportagem, afirma que o lay-off foi uma das medidas que a empresa adotou neste ano, dentro da reorganização fabril da agroindústria, com o intuito de adequar a sua produção à demanda do mercado.
Consequências para os trabalhadores
De acordo com o sindicalista Jenir de Paula, o Sitracarnes recebeu o comunicado da BRF sobre a suspensão dos contratos dos funcionários da agroindústria e reagiu em busca de alternativas. "Nós falamos que não iríamos fazer o lay-off. Mas aí a gente percebeu que a empresa tinha duas propostas, ou fazia o lay-off ou mandava todo mundo embora", conta.
Jenir relata que a decisão da categoria em aderir ao lay-off foi tomada a partir de uma negociação com a empresa, em que, além da bolsa prevista na ação, outros direitos foram reivindicados para os trabalhadores. A negociação foi apresentada em assembleia convocada pelo sindicato, junto aos trabalhadores que seriam atingidos. Na oportunidade foi decidida, mediante votação, pela adesão ao lay-off.
Dentre as conquistas nas negociações com a empresa, Jenir explica que benefícios como o vale transporte, vale alimentação e o pagamento da bolsa para trabalhadores que não possuíam 12 meses de contribuição, foram garantidos aos funcionários em lay-off. "Mas é verdade que isso (lay-off) não é bom para ninguém. Que se deixe claro, isso retira muitos direitos dos trabalhadores". Os funcionários que estão em lay-off, com o contrato suspenso, precisam frequentar um curso de qualificação e atingir 75% de frequência para receber a bolsa, que corresponde a cerca de 80% do valor do salário que recebia.
Como citado anteriormente, a paralisação do abate de aves na BRF unidade Chapecó afetou além dos trabalhadores da agroindústria, outras categorias. No caso dos avicultores, de acordo com o presidente do Sincravesc, Valdemar Kovaleski, a empresa ofereceu um valor diário determinado por aviário de frango ou peru. A contrapartida, de acordo com Valdemar, era de que o avicultor mantivesse a granja apta para receber as aves no momento que fosse necessário. "E o avicultor concordou com isso. O integrado recebeu a notícia com certa alegria", conta. Segundo Valdemar, as questões que envolvem o lay-off foram levantadas em reunião com os avicultores. "Não foi em um grande evento espalhafatoso, foi coisa reservada".
O avicultor relata que a empresa fez um contrato com os produtores em que o valor de R$ 88,00 diário era repassado após uma vistoria no aviário de frangos e R$ 55,00 para o aviário de perus. No final do mês, caso a fiscalização apontasse que o aviário estava apto, o avicultor que tinha um aviário de frangos recebia o valor de R$ 2.640 mensais, já quem tinha um estabelecimento que alojava perus, recebia R$ 1.650 por mês. Quantia que, conforme destaca o avicultor, era muito inferior ao que ganhavam antes do lay-off entrar em vigor, logo, o valor repassado pela BRF era todo usado para manutenção do aviário. “A instalação fica um tempo parada e parece que estraga com maior facilidade. Para voltar vou ter que investir de novo. E eles vem com uma exigência bem grande para poder voltar a alojar, se não, não aloja mais”.
De acordo com o avicultor, a BRF exige que seja mantida a biosseguridade, que segundo a Embrapa, é a medida para evitar a entrada e propagação de doenças nas aves, garantindo a segurança dos alimentos e saúde dos animais, assim como o bem estar dos trabalhadores. O produtor destaca que apesar das exigências, o valor pago pelos lotes de aves não foi discutido.
Quando se trata do sindicato, ele afirma que o Sincravesc não faz nada pelo produtor. "O avicultor está a Deus dará nessa questão, não tem nenhuma negociação. O sindicato nunca chamou os avicultores para discutir junto com eles, como foi no caso dos funcionários da BRF, que teve negociação entre a empresa e o Sitracarnes. No nosso caso não, não houve nada".
A retomada
Na agroindústria, segundo informações repassadas pela BRF, a perspectiva é de que 1.100 trabalhadores que estavam em lay-off retornem para suas atividades  e de que 700 novos postos de trabalho sejam criados em março de 2019. As novas vagas serão ofertadas em decorrência do aumento da produção de perus. A BRF possuía quatro unidades de produção no país e a decisão foi de manter apenas a unidade de Chapecó.
De acordo com o presidente do Sincravesc, Valdemar Kovaleski, quando se trata dos avicultores, os que produzem frangos podem migrar para a produção de perus por conta dessa mudança, desde que façam as devidas adaptações nas granjas.
Ainda sobre os trabalhadores da agroindústria, o presidente do Sitracarnes Jenir de Paula, afirma que a BRF comunicou ao sindicato que o retorno dos funcionários que estão em lay-off terá início no final do mês de dezembro e segue até janeiro de 2019.
Fonte: Brasil de Fato


Após dois anos do golpe, Temer deixa um Brasil destroçado


O saldo do governo Temer dos últimos dois anos é resumido no desemprego e corte de direitos trabalhistas e sociais
Michel Temer sairá do poder com a marca de presidente mais impopular da história
democrática brasileira / Mauro Pimentel / AFP

O dia 31 de dezembro marcará o fim de um governo histórico para o Brasil. Michel Temer sairá do poder com a marca de presidente mais impopular da história democrática brasileira. No início deste mês, pesquisa Ibope mostrou que 74% da população considera o governo Temer (MDB) ruim ou péssimo e outros 88% desaprovam a maneira como o presidente governa o país. 
Parte dos caminhos que levaram Temer de vice à presidência da República foram expostos em maio de 2016, em áudio gravado de uma conversa entre o ex-senador Romero Jucá (MDB) e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. No áudio, eles falam que a “saída mais fácil” para “estancar a sangria” no país seria colocar Michel Temer na presidência, em um “grande acordo nacional”, “com Supremo, com tudo”. Naquele mesmo ano, a presidenta eleita Dilma Rousseff (PT) foi impeachmada e seu vice-presidente, Temer, alçado ao poder.
Se estancou a sangria da classe política que articulou o golpe de Estado, o acordo serviu também como navalha na carne da população brasileira. Desde que entrou na presidência, Temer sangrou direitos trabalhistas e sociais, limitou os investimentos públicos pelos próximos 20 anos, aproximou o Brasil de volta ao mapa da fome. 
Sob a justificativa de modernização das leis trabalhistas e criação de novos postos de trabalho, Temer sancionou, em 2017, a terceirização para todas as atividades e a Reforma Trabalhista, alterando a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em pontos como jornada, plano de carreira, remuneração e férias. O então ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, dizia que a Reforma Trabalhista geraria seis milhões de empregos no Brasil. No entanto, foram gerados, de fato, pouco mais de 700 mil postos formais de trabalho. 
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), nesses dois anos de governo Temer, o desemprego passou de 11,2% (em maio de 2016) para 13,1% (em abril de 2018), chegando a 11,7% (no trimestre fechado em outubro). Atualmente, 12,8 milhões de brasileiros estão desempregados. 
A navalha de Temer feriu também a realidade da juventude brasileira, com a Reforma do Ensino Médio, que, entre outras alterações, propõe a diminuição de conteúdos obrigatórios de ensino e extingue a necessidade de diploma técnico ou superior em área pedagógica para contratação de professores. No novo Ensino Médio, apenas Português e Matemática serão ministrados obrigatoriamente nos três anos de formação. As demais disciplinas - como filosofia, sociologia, artes, história, geografia - poderão ser distribuídas ao longo dos anos, de acordo com a definição curricular de cada estado brasileiro.   
Nestes dois anos, a população brasileira sentiu os cortes em investimentos em programas sociais, como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e o Programa Universidade para Todos (ProUni). Em 2016, o governo Temer cortou 80 mil bolsas integrais oferecidas pelo ProUni, para diminuir gastos públicos. No Minha Casa Minha Vida, de 2015 para 2016 houve uma redução de 94,9% no valor investido no programa, caindo de R$23,55 bilhões para R$1,2 bilhão. Em agosto deste ano, no orçamento enviado ao Congresso, o presidente prevê que os recursos para o Bolsa Família estejam garantidos até junho de 2019, apenas. 
Além do desmonte em programas sociais, assombra também a população brasileira o crescimento da fome. Conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e da ONG ActionAid Brasil, baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente, 11,7 milhões de brasileiros passam fome, o que corresponde a 5,6% da população total. 
O cenário de terror desenhado pelo governo Temer tende a ser agravado com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/55, que propôs teto para investimentos públicos pelos próximos 20 anos. Há dois anos em vigor, os efeitos da “PEC do teto” já ficaram nítidos na queda de 3,1% nos investimentos do governo federal em saúde e educação, segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios. Em números, os investimentos de 2016 a 2018 nessas áreas praticamente ficaram congelados: saíram de R$ 191,2 bilhões para R$ 191,3 bilhões. 
Encerrando seu governo, Temer ainda deixa para seu sucessor um pacote que prevê a privatização de 75 projetos e empresas estatais, entre eles a Eletrobras, a Casa da Moeda, a Lotex - Loteria Instantânea Exclusiva, aeroportos, ferrovias, rodovias, blocos de petróleo e áreas de pré-sal.  
Em pronunciamento de Natal, no último dia 24, Michel Temer fez uma avaliação positiva de seu governo, dizendo deixar o poder com a “alma leve e tranquila e a consciência de dever cumprido”. Segundo o presidente, ele não poupou “esforços nem energia” para entregar “um Brasil muito melhor do que aquele” que recebeu. Para a população brasileira, Temer diz deixar “as reformas e os avanços, que já colocaram o Brasil em um novo tempo”.
Edição: Tayguara Ribeiro
Fonte: Brasil de Fato 

Dois trios elétricos no “Show da Virada” de Guaratuba


O esperado réveillon de Guaratuba acontece esse ano com shows de dois trios elétricos na Av. Atlântica na Praia Central. As comemorações para a virada começam às 22h com o Dj Allan Caetano e continuam após a virada com os shows de Michelle Reich (Trio principal) e Luciano & Renato e banda (Trio 2) até às 2h da madrugada do dia 1º de Janeiro de 2019.
A tradicional queima de fogos de artifício ocorrerá no Morro do Cristo com previsão de 13 minutos de espetáculo.
No ano passado, réveillon de 2017/2018, reuniu mais de 750 mil pessoas que acompanharam a queima de fogos espalhados por toda a orla central de Guaratuba, segundo estimativa da Polícia Militar e da Secretaria Municipal da Segurança Pública. 
    A Secretaria Municipal da Segurança Pública e a Polícia Militar fecharão a partir das 19h, do dia 31, a Avenida Atlântica e também parte da Avenida 29 de Abril, Avenida Curitiba e Rua Dr. Xavier da Silva para o acesso dos festeiros à orla central.
    O evento é promovido pela Prefeitura de Guaratuba e conta com apoio da Rádio Litorânea FM 91,5.
SERVIÇO
Réveillon Guaratuba
22h às 00h: Dj Allan Caetano.
00h: 13 minutos de fogos de artifício no Morro do Cristo. 
00h às 2h: Trio principal - Michelle Reich. Trio 2 - Luciano & Renato e banda.
Bloqueio das ruas - a partir das 19h.
Avenida Atlântica da Praia da Pedras até o Morro do Cristo.
Avenida Curitiba entre Avenida 29 de Abril e Avenida Ponta Grossa.
Avenida Atlântica até a rua Dr. Xavier da Silva. 
Bloqueado acesso ao Morro do Cristo no dia 31 de dezembro, a partir das 7h para preparação da queima de fogos.


PRF inicia Operação Ano Novo em todo o Brasil na sexta-feira


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia à zero hora desta sexta-feira (28) a Operação Ano Novo em todo o país. Com cinco dias de duração, a operação vai até as 23h59 de terça-feira (1°).
Na saída para o feriado prolongado, o pico do movimento deve se concentrar entre o fim da tarde e o início da noite desta sexta e também na manhã de sábado. No retorno, o maior fluxo deve ser registrado durante a tarde e a noite de terça.
As equipes da PRF irão priorizar as fiscalizações de embriaguez ao volante, controle de velocidade e ultrapassagens proibidas.
Com um dia a menos de duração, a mesma operação do ano passado terminou com duas mortes, 104 pessoas feridas e 127 acidentes atendidos pela PRF no Paraná.

Orientações para uma viagem segura

Respeitar os limites de velocidade, manter distância de segurança em relação aos demais veículos, ultrapassar apenas quando houver plenas condições de segurança e não desviar a atenção do trânsito. Estas são algumas das principais orientações da PRF para reduzir o risco de acidentes.
A PRF também orienta os usuários de rodovias, mesmo antes de viagens curtas, a fazer uma revisão preventiva do veículo, o que inclui a checagem dos pneus, do sistema de iluminação, dos equipamentos obrigatórios, do nível do óleo e do radiador, entre outros itens.
Também é fundamental planejar a viagem, buscando evitar, na medida do possível, os horários de pico. Dirigir cansado ou com sono aumenta o risco de o motorista cometer erros. A cada três ou quatro horas de viagem, é recomendável uma pausa para descanso ou revezar a direção do veículo.


Apucarana e Londrina avaliam nova rodovia interligando os municípios


Tratativas foram iniciadas recentemente entre os prefeitos Beto Preto e Marcelo Belinati
(Foto: Edson Denobi)
Uma nova rodovia alternativa, interligando Apucarana com Londrina, está sendo discutida pelos prefeitos Beto Preto (PSD) e Marcelo Belinati (PP). As tratativas foram iniciadas recentemente e, nos próximos dias, devem ter continuidade, inclusive com a anuência dos deputados estaduais Arilson Chiorato (PT) e Tercílio Turini (PPS), que representam respectivamente Apucarana e Londrina na Assembleia Legislativa do Estado.
Os dois municípios são vizinhos na região do bairro rural Pinhalzinho (Apucarana) e do distrito de São Luiz (Londrina). Uma primeira reunião foi realizada na última sexta-feira (21), no gabinete do prefeito Marcelo Belinati. Neste dia, o prefeito Beto Preto, que acabara de ser anunciado como secretário de saúde do Estado pelo governador eleito Ratinho Junior, não pode comparecer ao encontro, devido a outros compromissos que surgiram no mesmo horário.
Conforme argumenta Beto Preto, essa proposta que está sendo amadurecida visa criar uma nova via alternativa, entre a região sul de Apucarana e o Município de Londrina, na região do distrito de São Luiz, Parque Estadual da Mata dos Godói e do Shopping Center Catuaí. “A idéia é encurtar distâncias e, ao mesmo tempo, planejar o futuro, considerando que com uma outra rodovia interligando Apucarana e Londrina, seriam abertas novas áreas para industrialização nesta região”, avalia Beto Preto.
O prefeito de Apucarana diz que já existe a vontade de tocar o projeto manifestada também pelo seu colega prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, e também pelos deputados estaduais Arilson Chiorato e Tercílio Turini. “Vamos avaliar as possibilidades e, se houver apoio do Estado, o projeto pode avançar”, assinala Beto Preto.
ALTERNATIVAS – O secretário de obras de Apucarana, engenheiro civil Herivelto Moreno, que conhece detalhadamente a região da divisa entre os dois municípios, explica que dentro do território apucaranense existem três alternativas de estradas rurais para chegar em Pinhalzinho. “Pode ser pela estrada do Xaxim, na região do Clube de Campo Água Azul; ou pela estrada do Ribeirão do Cerne”, revela Moreno, acrescentando que as duas têm cerca de 14 quilômetros de extensão.
A terceira alternativa, que o engenheiro considera mais viável, seria a interligação da região do aeroporto de Apucarana, junto ao distrito de Correia de Freitas, até o Pinhalzinho. Neste caso, já existe pavimento num trecho, e seria necessário asfaltar mais 13 quilômetros até o Pinhalzinho, na divisa com Londrina.
“Contudo, apesar de ser a opção mais adequada, é preciso considerar que esta é uma estrada rural estadual, denominada PR-532 Irineu Sacchelli”, informa Herivelto Moreno. Segundo ele, é indispensável uma autorização do Estado, para qualquer intervenção nesta via, “já que poderia ser considerado uma alternativa de desvio da praça de pedágio da Viapar, na divisa entre Arapongas e Rolândia”.
No município de Londrina, a ligação viária com Apucarana seria conectada com a PR-538, no distrito de São Luiz. Também no território londrinense seria necessário recuperar trechos já pavimentados e asfaltar outros. “Isso tudo será tema de discussões e estudos de viabilidade, que devem ser conduzidos pelas prefeituras de Apucarana e Londrina”, conclui Herivelto Moreno.


Câmara de Apucarana faz sessões extraordinárias para limpeza de pauta


Foram discutidos e aprovados seis projetos de autoria do Executivo e três projetos dos vereadores Poim, Molina e Márcia Sousa
(Foto: Divulgação)
A primeira Sessão Extraordinária da Câmara Municipal convocada para limpeza de pauta, deste ano, foi realizada na tarde desta quinta-feira (27/12) com a presença de sete vereadores: presidente Mauro Bertoli, Franciley Preto Godoi, Poim, Luciano Augusto Molina, presidente eleito para o biênio 2019/2020, José Airton Deco de Araújo, Antônio Marques da Silva, Marcos da Vila Reis, Antônio Carlos Sidrin e a vereadora Márcia Sousa. Os vereadores Lucas Leugi e Gentil Pereira, justificaram a ausência.
Em pauta, discutiram, votaram e aprovaram seis projetos de autoria do Executivo, a maioria denominando ruas e avenidas de diversos loteamentos e bairros da cidade. “Também aprovamos o projeto que denominou a Escola Municipal “José Domingos Scarpelini” que será implantada na Gleba Nova Ukrania, localizada na Rua Francisco Vital. Outra homenagem que o município presta é ao radialista “Pinga Fogo”. Aprovamos o projeto que denomina a UBS que está sendo construída no Conjunto Habitacional Solo Sagrado”, explicou o presidente Mauro Bertoli. “O Pinga Fogo, assim como o Zé Scarpelini, fez história em nossa cidade e merecem essa homenagem. Muitas outras pessoas estão sendo homenageadas pelo prefeito e por nós vereadores, pelo que fizeram na cidade e pela nossa população, através de nomes em ruas e avenidas”, completou Bertoli.
O projeto de Lei dos vereadores Poim e Molina que concede o Título de Cidadão Honorário ao Cel. Inf. José Luís Barbosa Deina, atual comandante do 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado foi aprovado por unanimidade dos vereadores; da vereadora Márcia Sousa foi aprovado o Projeto de Lei que denomina de Maria Teresa Gebrin Preto a Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental – Anos Iniciais que será construída no Jardim Madrid e, do vereador Poim, a Avenida que levará o nome de Elza Amorim Gebrim, no Residencial Texas.
43ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
A próxima sessão extraordinária será realizada nesta (sexta-feira 28/12), às 15h15.