quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Cineasta apucaranense apresenta prêmio internacional a vice-prefeito


O cineasta Semi Salomão, diretor do filme “Jesus, a Esperança”, título vencedor do Festival Internacional de Cinema Cristão 2018 (FICC) em duas categorias “melhor figurino” e “melhor direção, esteve na Prefeitura de Apucarana nesta quinta-feira (13/12)
(Foto: E$dson Denobi)
O cineasta Semi Salomão, diretor do filme “Jesus, a Esperança”, título vencedor do Festival Internacional de Cinema Cristão 2018 (FICC) em duas categorias “melhor figurino” e “melhor direção, esteve na Prefeitura de Apucarana nesta quinta-feira (13/12). Recepcionado no gabinete municipal pelo vice-prefeito Júnior da Femac, Salomão apresentou a estatueta, que simboliza a premiação, e contou detalhes da obra cinematográfica. “Filmada em 2016 nas cidades de Sabáudia e Arapongas, apenas com recursos próprios, o filme foi produzido em quatro meses e narra a história de Jesus Cristo pela perspectiva bíblica, baseada nos quatro evangelhos sinóticos que retratam sua vida pública: os milagres, a conspiração em torno de sua existência, sua morte e ressurreição”, observou. Ele conta que a obra foi realizada em parceria com o grupo teatral Mãe do Céu, de Arapongas, e contou com mais de 500 figurantes. “Algo inédito em uma produção nacional deste estilo, uma produção com tantos atores e produzida em cidades de interior”, destacou o diretor, que este ano completa 20 anos de carreira e que também atuou como o Rei Herodes na produção.
Na premiação, que aconteceu dia 4 de dezembro em cerimônia realizada no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro, o filme estava concorrendo a quatro indicações: melhor roteiro, direção, figurino e filme e concorrendo entre 300 obras nacionais e internacionais. “Com grande alegria conseguimos duas premiações. Foi um momento de muita emoção, que contou com a participação de vários artistas, cineastas e produtores de renome nacional e internacional. Fiquei bastante nervoso, quando anunciaram o prêmio foi muita emoção. Um grande reconhecimento do meu trabalho e de todo o grupo de atores que atuaram muito bem”, assinalou.
Em sua sexta edição, o festival internacional objetivou premiar os melhores filmes com mensagens positivas e cristãs, que fomentam valores da família, socioambiental, inclusão social e projetos esportivos. “Tive o prazer de assistir duas vezes essa produção e me emocionei em todas elas”, disse Júnior da Femac, vice-prefeito de Apucarana. Parabenizando Semi Salomão pelo prêmio, ele revelou o que mais lhe chamou a atenção na obra. “Tenho certeza de que este prêmio internacional já serve como ponto de recarga de energia. Vem mais coisa boa pela frente. No que diz respeito ao filme, quando assistir pude perceber que todas as cenas de milagres sempre terminavam com Jesus abraçando a quem recebia a graça. O cego, o leproso, sempre recebia um abraço fraternal. Isso não está na Bíblia, mas traz uma interpretação muito característica nossa, por isso ouso dizer que o Semi Salomão criou neste filme um “Jesus Pé Vermelho”. Abraçar, tratar bem as pessoas, é algo muito nosso. O ator que encenou Jesus fez também com muita naturalidade, valorizando ainda mais o personagem e a interpretação que o diretor quis dar”, enalteceu o vice-prefeito. Salomão respondeu que esse é um lado que ele sempre busca. “Trabalho com pessoas então busco transmitir sentimentos em meus filmes. Propagando a arte para os quatro cantos”, afirmou.
Relançamento – Com a repercussão e interesse renovados com a premiação internacional, o cineasta Semi Salomão revelou que irá relançar o filme em 2019. “Agora em janeiro iremos disponibilizar o DVD, que contará com 25 minutos de making-of (bastidores). “Próximo da Páscoa também planejamos o relançamento nos cinemas de Apucarana e de todo o Brasil”, concluiu Semi Salomão. Trailer do filme pode ser assistido no endereço http://www.adorocinema.com/filmes/filme-261161.


Globo começa cerco a Bolsonaro


Com uma "blitzkrieg" (guerra-relâmpago) ao estilo da família Marinho, os principais veículos de mídia das Organizações Globo começaram a operação de cerco a Bolsonaro, desde a última terça-feira, numa escalada; como é usual, a ponta-de-lança da ofensiva foi o Jornal Nacional, em sintonia com o site G1, a Globo News e o jornal O Globo, num movimento que mobiliza diversas frentes de comunicação; reportagens no Jornal Nacional, no G1, em O Globo uma artigo de uma porta-voz informal dos Marinho, a jornalista Míriam Leitão e até um editorial no jornal da família; não foi ainda um rompimento, mas um aviso: o cerco começou
247 - Com uma "blitzkrieg" (guerra-relâmpago) ao estilo da família Marinho, os principais veículos de mídia das Organizações Globo começaram a operação de cerco a Bolsonaro, desde a última terça-feira (11), numa escalada. Como é usual, a ponta-de-lança da ofensiva foi o Jornal Nacional, em sintonia com o site G1, a Globo News e o jornal O Globo, num movimento que mobiliza diversas frentes de comunicação. Reportagens no Jornal Nacional, no G1, em O Globo um artigo de uma porta-voz informal dos Marinho, a jornalista Míriam Leitão e até um editorial no jornal da família. Não foi ainda um rompimento, mas um aviso: o cerco começou.
No Jornal Nacional, o alvo tem sido Flávio Bolsonaro e o esquema do clã Bolsonaro no gabinete do filho do deputado na Assembleia Legislativa com ramificação para o a gabinete de Jair, o pai, na Câmara dos Deputados (aqui). Nos jornal O Globo há uma ofensiva mais aguda, com a edição em papel e virtual do jornal desta quarta-feira (13) ostentando uma sequência de títulos críticos:
"Mourão: seria 'burrice ao cubo' se transações de ex-assessor forem 'caixinha' paga com cheque" - reportagem
"Falta clareza no caso Queiroz" - artigo de Míriam Leitão.
"Janaína Paschoal dispara contra quem se apropria do salário de seus funcionários" - na coluna Ancelmo Gois.
"As perguntas sem respostas no caso do ex-assessor de Flávio Bolsonaro" - artigo da jornalista Fernanda Krakovics.
"Ex-funcionário de Flávio Bolsonaro passou 248 dias no exterior e recebia salário da Alerj" - reportagem.
"Não podem pairar suspeitas sobre Bolsonaro - editorial de O Globo.
Nos textos, especialmente no editorial, há cuidado para não declarar guerra formalmente. O editorial de O Globo busca este ponto de equilíbrio desejado pelos Marinho, ao concluir: "Jair Bolsonaro assume em pouco mais de duas semanas para exercer o mandato em momento especialmente grave. As finanças públicas em todos os níveis do Estado brasileiro rumam para o colapso. Cabem a ele e a seu governo encaminhar para a aprovação pelo Congresso as devidas correções. Daí ser imperioso não haver qualquer suspeita que o diminua politicamente, o que não aconteceu agora. Mas depende do total esclarecimento do que aconteceu no gabinete de Flávio Bolsonaro."

O cartão amarelo está dado. A "blitzkrieg" desses dias não teve como objetivo derrubar, mas foi a primeira advertência. 
2019 será turbulento em todos os terrenos.

PT anuncia medidas para equilibrar as finanças e manter atividades partidárias


Entre as medidas estão a suspensão de viagens e hospedagens de dirigentes e funcionários durante os meses de dezembro e janeiro e a revisão da folha de pagamento do Diretório Nacional, incluindo funcionários e dirigentes
Através de nota, o Partido dos Trabalhadores (PT), anuncia medidas para “equilibrar as finanças, saldar as dívidas, manter as atividades partidárias e, assim, garantir a saúde financeira do partido, bem aplicando os recursos públicos do Fundo Partidário colocados à sua disposição”.
Leia abaixo o comunicado na íntegra:
PT fará Compliance e adota medidas para ajustar contas após campanha eleitoral
Comunicado
1. Considerando que as reservas financeiras mantidas     pelo PT esgotaram-se nas campanhas de 2018, em especial na campanha Presidencial;
2.   Considerando que a campanha presidencial legou ao partido dívidas a serem quitadas, trazendo grande impacto nas finanças partidárias;
3.   Considerando que o Partido subsiste praticamente do Fundo Partidário e que este tem se mostrado insuficiente para a manutenção de suas atividades após o término das reservas Financeiras;
4.   Considerando que a partir de janeiro, o DN sofrerá sanções     do TSE que acarretarão significativa redução dos recursos   disponíveis;
Faz-se necessária a adoção de medidas para equilibrar as finanças, saldar as dívidas, manter as atividades partidárias e, assim, garantir a saúde financeira do partido, bem aplicando os recursos públicos do Fundo Partidário colocados à sua disposição.
Diante disso, a Presidência do PT em conjunto com a Secretaria de Finanças & Planejamento comunica a adoção das seguintes medidas:
1. Suspensão de viagens e hospedagens de dirigentes e   funcionários durante os meses de dezembro e janeiro;
2. A partir de janeiro, será realizada revisão da folha de pagamento do Diretório Nacional, incluindo funcionários e dirigentes;
3.  Redução de contratos de prestação de serviços continuados, a exemplo do que foi feito no início da gestão;
    4.  Redução de aluguéis com prédios e instalações que servem              ao Partido;
5. Reforço  das campanhas de arrecadação por crowdfunding e também para contribuição financeira de parlamentares, cargos comissionados e filiados(as).
6. Criação de um conjunto de regras de controle interno e externo com a implantação de compliance a ser apresentado na próxima reunião da CEN.
Gleisi Helena Hoffmann -Presidenta Nacional do PT
Emidio Pereira de Souza – Secretário Nacional de Finanças & Planejamento do PT



Caso Coaf: entenda a investigação que envolve Bolsonaro às vésperas da posse


Movimentações atípicas em contas bancárias comprometem o presidente eleito, o filho Flávio e a esposa Michelle
Eleito com a promessa de combater a corrupção, Jair Bolsonaro é citado em escândalo antes mesmo
de assumir / Evaristo Sá/AF

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)identificou uma série de transações financeiras atípicas em contas de assessores de parlamentares, entre eles, o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), filho de Jair Bolsonaro (PSL).  
Segundo o Coaf, Fabrício José Carlos de Queiróz, policial militar e ex-assessor de Flávio Bolsonaro, movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 em sua conta bancária. Há poucas informações sobre o destino dos recursos, mas segundo o relatório, uma das transações é um cheque de R$ 24 mil destinado a Michelle Bolsonaro, esposa do presidente eleito.
No relatório, o Coaf explica que as movimentações são suspeitas por três tipos de processos identificados: 1) “Pagamentos habituais a fornecedores ou beneficiários que não apresentam ligação com a atividade ou ramo de negócio da pessoa jurídica”; 2) “Movimentações em espécie" feitas por clientes que costumam utilizar "outros instrumentos de transferência", como "cheques, cartões de débito ou crédito”; e 3) “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira do cliente”. O Ministério Público confirmou a validade do relatório. 
O documento ainda revela que a maior parte dos depósitos em dinheiro, feitos na conta do ex-motorista de Flávio Bolsonaro, coincidem com as datas de pagamento na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Na folha de pagamento da Alerj de setembro, o motorista aparece com salário de R$ 8.517. Ele ocupava o cargo comissionado de Assessor Parlamentar III, no gabinete de Flávio Bolsonaro. Segundo o Coaf, ele também acumulava um salário de R$ 12,6 mil da Polícia Militar. 
O relatório foi produzido a pedido do Ministério Público Federal e faz parte da Operação Furna da Onça, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro deflagrado em novembro. O deputado federal do Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, questiona o fato de Fabrício Queiroz e sua filha, Nathália Melo Queiroz, lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara Federal, terem sido exonerados em meio à operação.
“No mesmo dia, pai e filha pedem demissão dos seus empregos. No outro dia, é desencadeada uma operação solicitada pelo Ministério Público Federal. Então é evidente, os indícios são muito fortes de que eles receberam uma informação privilegiada, de que houve um vazamento”, analisa.
O que é o Coaf?
Criado em 1998, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, e vinculado ao Ministério da Fazenda, o Coaf tem por objetivo disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar transações financeiras com suspeita de ilicitude. O Coaf é um órgão administrativo, composto por 12 conselheiros, representantes de diferentes instituições públicas, como o Banco Central, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Receita Federal, entre outros.
O órgão considera uma movimentação atípica, depósitos ou saques bancários em valores fracionados, inferiores a R$ 30 mil, ou ainda, depósitos em dinheiro ou compra de seguro ou previdência privada com recursos de origem duvidosa. Instituições financeiras como bancos, lotéricas, casas de câmbio e crediários estão obrigadas por lei a informar ao órgão esse tipo de movimentações.
Justiça para quem?
O futuro ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sérgio Moro, isentou o presidente eleito de responsabilidade sobre o caso, ao afirmar que ele já havia esclarecido “a parte que lhe cabe no episódio”. Numa rede social, a presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, a senadora paranaense Gleisi Hoffmann criticou o ex-juiz, responsável pela condenação sem provas do ex-presidente Lula.
“É muita cara de pau! Nem pede por investigação, averiguação, apuração, seja lá o que for. Inocentou direto. Lula não teve dele sequer presunção de inocência. Foi condenado antes de começar o julgamento. Foi condenado por Moro na opinião pública”, escreveu a presidenta do PT.
Silêncio no clã
A família Bolsonaro tem dado poucas explicações sobre o caso. O próprio Flávio, publicou em uma rede social no dia 6 de dezembro: “Fabrício Queiroz trabalhou comigo por mais de dez anos e sempre foi da minha confiança. Nunca soube de algo que desabonasse sua conduta. Em outubro foi exonerado, a pedido, para tratar de sua passagem para a inatividade. Tenho certeza de que ele dará todos os esclarecimentos”.
No dia 8 de dezembro, em conversas com jornalistas, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou que é amigo de Fabrício Queiroz há 34 anos e que o cheque de R$ 24 mil pago à futura primeira-dama seria uma devolução de parte de um empréstimo de R$ 40 mil, feito por ele próprio ao motorista.
“Se eu errei, eu arco com minha responsabilidade perante o Fisco, sem problema nenhum” disse Bolsonaro, ao ser questionado sobre o fato de não ter declarado o valor do suposto empréstimo à Receita Federal.
Para Pimenta, as explicações são insuficientes: “O clã Bolsonaro se caracterizou nesse último período pela presença assídua nas redes sociais, principalmente no Twitter. Todos os dias, comentando notícias de jornal, respondendo a jornalistas, opinando sobre tudo. Faz uma semana que eles se calaram, sumiram, despareceram. E veja bem: se há uma resposta convincente, porque já não deram para matar o assunto? O problema é que eles não sabem o que responder, pois as provas vão aparecer"
Na nova estrutura ministerial proposta pela equipe de transição de Jair Bolsonaro, o Coaf, passa ao controle do Ministério da Justiça, pasta que será comandada pelo ex-magistrado de primeira instância, Sérgio Moro.
Fonte: Brasil de Fato

Na contramão de Mourão, Heleno inocenta Bolsonaro


Enquanto um general quer punição, outro alardeia inocência no esquema do clã Bolsonaro; o general Augusto Heleno, futuro ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, inocentou por completo Jair Bolsonaro em entrevista veiculada na madrugada desta quinta-feira; horas antes, fora veiculada entrevista com o general Hamilton Mourão, vice-presidente eleito, havia defendido a investigação do caso e a punição dos envolvidos e qualificado a operação de "burrice ao cubo"
247 - Enquanto um general quer punição, outro alardeia inocência no esquema do clã Bolsonaro. O general Augusto Heleno, futuro ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), inocentou por completo Jair Bolsonaro em entrevista veiculada na madrugada desta quinta-feira (13) no programa Conversa com o Bial, da TV Globo. Horas antes, fora veiculada entrevista com o general Hamilton Mourão, vice-presidente eleito, havia defendido a investigação do caso e a punição dos envolvidos e qualificado a operação de "burrice ao cubo" (aqui). 
Heleno decretou a inocência de Bolsonaro: "O presidente tá isento disso aí porque não teve participação. O que apareceu dele é irrisório, uma quantia pequena, e ele mesmo já explicou". O "irrisório" de Heleno envolve inicialmente R$ 1,2 milhão, soma que circulou pela conta do PM Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flavio Bolsonaro, apenas em 2016, segundo o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Curiosamente, a soma é muito maior que os valores envolvidos, por exemplo, no famoso processo contra Lula conhecido como "sítio de Atibaia".
Na entrevista, segundo relato do jornalista João Paulo Nucci, de O Estado de S.Paulo, obre a resolução do caso, o general disse estar "aguardando os acontecimentos" e os esclarecimentos dos "personagens principais" envolvidos -referindo-se ao PM Queiroz, e não ao clã Bolsonaro. "Os responsáveis vão ter que assumir a culpa. Se houver alguma penalidade, vão ser submetidos a essa penalidade", afirmou Heleno.
Na entrevista à TV Globo, Heleno defendeu todo o roteiro bolsonarista de combate aos direitos humanos, liberação de armas e o direito ao fuzilamento de supostos em praça pública.
Ele comentou declaração recente sua, de que "direitos humanos são basicamente para humanos direitos".
"Se eu tenho limitação em proporcionar direitos humanos, e temos essas limitações, porque somos um país ainda economicamente enfraquecido, moralmente enfraquecido, socialmente enfraquecido. Se eu tiver que canalizar o meu esforço de proporcionar direitos humanos pra alguém, entre o cidadão que trabalha, sai de casa às seis horas da manhã, volta às dez da noite, encara um transporte público terrível, sofre todos os tipos de limitações na sua vida diária... Ele tem muito mais direito a ser pleno de direitos humanos do que um sujeito que é bandido, que está assaltando esse sujeito o meio da rua", disse Heleno. "O que a gente reclama é que muitas organizações de direitos humanos não vão no enterro do policial e vão chorar no enterro do bandido. Isso é uma distorção dos direitos humanos."
Sobre o direito ao fuzilamento, de acordo com a proposta do governado eleito do Rio, Wilson Witzel, disse que  "a ideia dessa regra de engajamento é dissuasória. Ou seja: eu quero desencorajar o sujeito de andar no meio de uma população inocente, onde há crianças, senhoras. Com que direito ele porta esse fuzil, debocha das forças legais, quando aquilo é um alto risco para inocentes?" O raciocínio é similar ao dos defensores da pena de morte, para quem o tamanho da ameaça teria papel de redução no número de crimes -o que não acontece em países onde ela foi adotada.
Ele usou mais ou menos a mesma linha de argumentação para defender a liberação do uso e porte de armas. Heleno disse que a restrição ao porte "não tem levado a nada", já que ocorrem mais de 60 mil homicídios no Brasil por ano. O general ainda fez uma analogia inusitada entre armas e automóveis, que também provocam milhares de mortes todos os anos. "Automóvel é uma arma na mão de quem não está habilitado. Vamos proibir o automóvel?"


Responsável pelo golpe que destruiu o Brasil, Aécio diz viver dias difíceis


Depois de ter seu apartamento no Leblon como alvo de busca da Polícia Federal, Aécio Neves desabafou na tribuna do Senado, em sua despedida da casa: "eu tenho vivido dias extremamente difíceis, vocês podem imaginar, mas eu não perco a minha fé, presidente", afirmou, em 20 minutos de lamúrias e autoflagelos; o senador também admitiu culpa: "cometi um erro na minha vida pelo qual me penitencio todos os dias"
247 - Depois de ter seu apartamento no Leblon como alvo de busca da Polícia Federal, Aécio Neves desabafou na tribuna do Senado, em sua despedida da casa: "eu tenho vivido dias extremamente difíceis, vocês podem imaginar, mas eu não perco a minha fé, presidente", afirmou, em 20 minutos de lamúrias e autoflagelos. O senador também admitiu culpa: "cometi um erro na minha vida pelo qual me penitencio todos os dias."
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca mais um trecho do discurso do ex-governador de Minas: "quero reiterar a cada companheiro que aqui está que fiquem atentos porque o que se busca, na verdade, dando voz e credibilidade ao que diz o senhor Joesley, repito, cuja delação foi questionada pela PGR [Procuradoria-Geral da República] pelas suas mentiras e pelas suas omissões, nós estamos seguindo um caminho para absolver o culpado e condenar o inocente. E sei que este não é o papel da Justiça brasileira."
O senador ainda disse: "lutarei pela minha honra, pela honra da minha família, porque eu me conheço, conheço a minha história e não vou deixar que aqueles que se beneficiaram, que ocuparam o Estado nacional em busca de seus benefícios próprios, de seu próprio enriquecimento pessoal, vençam essa batalha."

Mourão detona os envolvidos no bolsogate: é “burrice ao cubo”


O general Hamilton Mourão afirmou em entrevista à revista de extrema-direita Crusoé que o esquema Bolsonaro-Queiroz de apropriação de salários de funcionários dos gabinetes Jair e Flávio Bolsonaro é uma "burrice ao cubo"; Mourão defende a investigação do caso e a punição dos envolvidos; na entrevista, o vice-presidente eleito continuou a alimentar a versão do núcleo militar bolsonarista de que haveria "grave ameaça" contra Bolsonaro; segundo o general, os militares dos serviços de inteligência indicam ameças de atirador a carro-bomba: "Tem de tudo"
247 - O general Hamilton Mourão concedeu nesta quarta-feira (12) entrevista à revista de extrema-direita Crusoé, a disse que o esquema Bolsonaro-Queiroz de apropriação de salários de funcionários dos gabinetes Jair e Flávio Bolsonaro é uma "burrice ao cubo". Mourão defende a investigação do caso e a punição dos envolvidos. Na entrevista, o vice-presidente eleito continuou a alimentar a versão do núcleo militar bolsonarista de que haveria "grave ameaça" contra Bolsonaro. Segundo o general, os militares dos serviços de inteligência indicam ameças de atirador a carro-bomba: "Tem de tudo". Questionado se há uma perspectiva de o país se torne alvo de terrorismo internacional, Mourão diz que há indícios. O foco no assunto parece ser uma estratégia de um surto autoritário do novo governo, sob a alegação de "ameaça terrorista".
"Pô, porque o cara não entregava dinheiro em espécie? Quando há ilicitude, o dinheiro é entregue em espécie. A partir do momento que você coloca conta bancária, você está passando recibo, né?", afirmou Mourão à revista.
"O dono da bola se chama Queiroz (Fabrício José Carlos de Queiroz). Ele é o dono da bola. É o dono da bola. Esse cara tem que vir a público e dizer. Ou ele diz: "Não, isso era um esquema meu, que eu arrumei emprego para esse povo todo aqui e eles me pagaram", ou ele diz que a culpa é do Flávio", disse à Crusoé.
Queiroz foi flagrado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com uma movimentação de R$ 1,2 milhão em sua conta, no ano de 2016.  Entre as movimentações que constam do relatório está um cheque de R$ 24 mil pagos à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Apesar da movimentação milionária, ele mora numa casa pobre na zona oeste do Rio.
O relatório do Coaf também cita que a conta de Queiroz recebeu repasses de oito funcionários e ex-funcionários do gabinete de Flávio. O Ministério Público do Rio já tem procedimentos em curso, que correm sob sigilo, para investigar possíveis irregularidades cometidas por servidores da Assembleia, com base no relatório do Coaf. O MP não esclarece se as movimentações financeiras de Queiroz estão sob investigação, segundo o jornal O Globo.
O vice-presidente eleito afirmou ainda que seu companheiro de chapa está sob "grave ameaça". Mourão diz que há registros atuais dos serviços de inteligênca que mostram desde ameças de atirador a carro-bomba: "Tem de tudo". Questionado se há uma perspectiva de o país se torne alvo de terrorismo internacional, Mourão diz que há indícios.
"Existem indícios, há muito tempo, de que aquela região da Tríplice Fronteira é área de homizio e de, vamos colocar assim, atividades econômicas dos grupos terroristas islâmicos", afirmou.
A íntegra da entrevista pode ser lida aqui.


PF faz operação em casa de autor de ameaças a Bolsonaro


A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (13) mandado de busca e apreensão no Rio de Janeiro contra autor de publicações em redes sociais com ameaças de morte ao presidente eleito Jair Bolsonaro,; segundo aa PF, o suspeito teria feito publicações que "incitaram a subversão da ordem política fomentando a morte do então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro"; na quarta-feira, Bolsonaro compartilhou no Twitter um vídeo em que era ameaçado por um homem armado e pediu ações públicas para defender o "cidadão de bem"
Reuters - A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira mandado de busca e apreensão no Rio de Janeiro contra autor de publicações em redes sociais com ameaças de morte ao presidente eleito Jair Bolsonaro, informou a PF em nota.
O investigado, um homem de 23 anos, teria feito publicações que "incitaram a subversão da ordem política fomentando a morte do então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro", segundo a PF.
Na tarde de quarta-feira, Bolsonaro compartilhou no Twitter um vídeo em que era ameaçado por um homem armado e pediu ações públicas para defender o "cidadão de bem".
"O brasileiro sofre diariamente com ameaças às claras em todos os Estados do Brasil. Cabe ao Executivo, Judiciário em conjunto com parlamentares, agirem em prol da defesa do cidadão de bem, criando dispositivos para retarguarda jurídica dos Agentes de Segurança Pública", escreveu o presidente eleito.
Não ficou claro se há alguma relação entre o homem do vídeo e o alvo do mandado de busca e apreensão cumprido nesta quinta-feira.
Bolsonaro já mencionou outras ameaças no passado, e no início de dezembro o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, sugeriu cautela na cerimônia de posse em 1º de janeiro.
Segundo a PF, o alvo do mandado desta quinta-feira também insultou o então candidato a vice-presidente, general Hamilton Mourão. A pena para o crime investigado pela PF é de reclusão de 1 a 4 anos.
Por Maria Clara Pestre

Futuro secretário de comunicação de Bolsonaro chama jornais de `escória’


O futuro chefe da Secom (Secretaria de Comunicação) do governo Bolsonaro destila ódio no Twitter e profere séries de ataques à imprensa, ao PT, à esquerda; Floriano Amorim, publicitário, é uma espécie de preposto declaratório de Bolsonaro: ele "espelha" o conhecido sentimento de intolerância do futuro chefe; Amorim, quando confrontado com fatos que lhe desagradam, acusa-os imediatamente de fake news e tem o costume, também, de atacar políticos e ativistas
247 - O futuro chefe da Secom (Secretaria de Comunicação) do governo Bolsonaro destila ódio no Twitter e profere séries de ataques à imprensa, ao PT, à esquerda. Floriano Amorim, publicitário, é uma espécie de preposto declaratório de Bolsonaro: ele "espelha" o conhecido sentimento de intolerância do futuro chefe. Amorim, quando confrontado com fatos que lhe desagradam, acusa-os imediatamente de fake news e tem o costume, também, de atacar políticos e ativistas.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "o futuro secretário hoje é assessor do gabinete do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Ele auxilia o parlamentar na atualização das redes sociais e tem o hábito de replicar postagens da família."
O jornal comenta o tratamento que o publicitário lhe dedica: "no Twitter, Amorim costuma tratar a Folha como 'Foice', símbolo do comunismo."
E relata algumas de suas postagens: "ao republicar post sobre uma pesquisa do instituto Datafolha, ele comentou: 'Mais ridículo ainda é perceber que ainda tem gente que dá crédito a uma pesquisa encomendada pela Globo e Folha de SP! Isso já está ficando bizarro e feio pra essa esquerdalha'."
Em outra postagem, Amorim diz (sobre Folha e demais jornais): "essa escória com alcunha de jornalista é um peso morto pro país".


Miriam Leitão cobra de Moro e dos Bolsonaro explicação convincente sobre caso Queiroz


A jornalista Miriam Leitão cobra do futuro ministro da Justiça, o juiz Sérgio Moro, e do presidente eleito, Jair Bolsonaro, uma explicação sobe os esquemas ilícitos de Fabrício Galvão, ex-assessor parlamentar do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que chegou a movimentar R$ 1,2 milhões de reais em sua conta pessoal; "Sérgio Moro primeiro escolheu o silêncio, depois admitiu que era preciso explicar, apesar de ter se convencido de que houve um empréstimo", aponta Miriam; a jornalista ainda lamenta que o juiz "não tenha respostas claras" sobre os atos escusos do clã Bolsonaro 
247 - Em artigo , a jornalista Miriam Leitão cobra do futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, e do presidente eleito, Jair Bolsonaro uma explicação sobe os esquemas ilícitos de Fabrício Galvão, assessor parlamentar do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que chegou a movimentar R$ 1,2 milhões de reais em sua conta pessoal.
Para Miriam, "a família do presidente eleito dão respostas vagas para o caso do ex-assessor do deputado estadual, e senador eleito, Flávio Bolsonaro. Os depósitos e saques sequenciais em sua conta lembram um padrão que ficou conhecido durante a Lava-Jato". 
A jornalista aponta evidências de atos ilícitos envolvendo o clã Bolsonaro. "Fabrício de Queiroz é chamado de ex-assessor porque se exonerou em outubro, mas circula próximo à família Bolsonaro há muito tempo. Tem antigas e sólidas relações. O valor que movimentou em um ano, R$ 1,2 milhão, está acima de suas posses. A maneira como os depósitos e saques foram feitos parece seguir um padrão que sempre foi entendido pelos investigadores da Lava-Jato como indício de lavagem de dinheiro. Por isso é tão importante que se mostre a origem dos recursos. A coincidência de depósitos de servidores na conta de Queiroz nos dias do pagamento na Assembleia Legislativa, onde o deputado, agora senador eleito, tinha seu gabinete, lembra muito os pagamentos de pedágios feitos por funcionários dos políticos. Os saques em quantias picadas, em agências diferentes do mesmo banco, no mesmo dia, também remetem a esquemas em que o dinheiro passava por contas para ser lavado e usado para o pagamento de despesas. Pode ser pura coincidência, mas, tantas investigações depois, é mais difícil acreditar no acaso". 

"As idas e vindas das reações ao caso no novo governo também não favorecem o esclarecimento. O futuro ministro da Justiça Sérgio Moro primeiro escolheu o silêncio, depois admitiu que era preciso explicar, apesar de ter se convencido de que houve um empréstimo. “O senhor presidente eleito já esclareceu a parte que lhe cabe do episódio”. Para Moro, outros devem explicações, principalmente “o senhor Queiroz”. O futuro ministro da Casa Civil, Oxyx Lorenzoni, irritou-se com a imprensa — “não tem a menor relevância sua pergunta”— depois quis saber o salário do jornalista, acusou o Coaf de não ter tido o mesmo comportamento em outros casos, o que não é verdade. Dias depois, mais calmo, admitiu que tudo precisa de investigação", observa a jornalista. 

Ela conclui o artigo dizendo que "o país aprendeu nos últimos anos, em sentenças memoráveis como as do juiz Sérgio Moro, a preferir explicações claras. E elas ainda estão fazendo falta neste caso".