No ano passado, o Tribunal Pleno Constitucional do
país já havia habilitado o atual presidente a disputar quarto mandato
TSE da Bolívia liberou Evo para disputar eleições primárias de janeiro / ABI |
O Tribunal Supremo
Eleitoral (TSE) da Bolívia autorizou no final da noite dessa terça-feira (04) a
candidatura do atual presidente do país, Evo Morales, e do vice, Álvaro García
Linera, às eleições primárias que acontecem no dia 27 de janeiro de 2019. Isso,
na prática, representa que Evo deve concorrer nas eleições gerais de outubro,
já que seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), somente lançou uma chapa
às primárias.
No ano
passado, o Tribunal Pleno Constitucional (TCP) do país já havia habilitado Evo
a disputar um quarto mandato. A ação, proposta por uma senadora do MAS, partido
de Morales, foi julgada procedente e liberou, também, deputados e governadores
a tentarem a reeleição.
Em um
referendo realizado no fim de fevereiro, o governo propôs uma emenda à
Constituição boliviana para permitir a segunda reeleição presidencial no país.
A campanha entre o "sim" à emenda, promovida pelo governo, e o
"não", promovida pela oposição com amplo apoio da imprensa, foi
acirrada, assim como o resultado final: o "não" venceu com 51,3% dos
votos contra 48,7% para o "sim".
A regra que
limita as reeleições foi feita enquanto Morales já ocupava seu primeiro mandato
e, como a lei não pode retroagir, a contagem do número máximo de reeleições
começou a partir da eleição seguinte, que deu direito ao presidente de exercer
seu segundo mandato.
Candidato na
eleição seguinte, Evo foi reeleito para um terceiro mandato e pedia à Justiça
que derrubasse o limite para que pudesse ter a possibilidade de se candidatar
novamente.
Eleições primárias
O TSE
autorizou mais sete chapas, além da de Evo, a concorrerem nas primárias. Assim
como o MAS, outros partidos também só apresentaram uma chapa para esta etapa.
Concorrerão
em janeiro, além de Evo e Linera, o Partido Ação Nacional Boliviana (PAN-BOL),
com Ruth Nina para presidente e Leopoldo Richard Chui, vice; o Movimento do
Terceiro Sistema (MTS), com Félix Patzy Paco e Lucila Mendieta Pérez; o
Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), com Virginio Lema e Fernando
Untoja; a Comunidade Cidadã (CC), com Carlos Mesa e Gustavo Pedraza; a Unidade
Cívica Solidariedade (UCS), com Víctor Hugo Cárdenas e Erick Peinado; o Bolívia
diz Não ao 21F, com Oscar Ortíz e Edwin Rodríguez; além do Partido Democrata
Cristão (PDC), com Jaime Paz Zamora y Paola Barriga.
É a primeira
vez que o país realiza eleições primárias, nos moldes do que acontece em países
como Argentina e Estados Unidos.
Fonte:
Brasil de Fato