quinta-feira, 29 de novembro de 2018

STF forma maioria pelo indulto e Fux pede vista


O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux pediu vista do julgamento sobre a constitucionalidade do decreto de indulto editado por Michel Temer no final do ano passado; com a decisão, não há data para a retomada do julgamento, que formou maioria por 6 a 2 a favor da manutenção do texto integral do indulto; ministros Luís Roberto Barroso e Edson Fachin votaram contra parte da decisão de Temer, usando principalmente o discurso contra a corrupção em seus votos; governo diz que Barroso invadiu competência da presidência ao suspender efeitos do decreto
Por André Richter - Agência Brasil - Por 6 votos a 2, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou pela validade do decreto de indulto natalino editado pelo presidente Michel Temer no ano passado. Os ministros definem agora se a validade do indulto será imediata.
Pelo entendimento formado, o presidente da República tem poder garantido pela Constituição para elaborar os critérios do decreto e o Judiciário não pode revê-los. O resultado foi obtido mesmo após o ministro Luiz Fux pedir vista do processo, fato que provocaria a suspensão do julgamento. A proposta de continuidade foi feita pelo ministro Gilmar Mendes, que votou a favor da validade do texto do decreto.
Além de Mendes, também votaram a favor da manutenção do texto a ministra Rosa Weber e os ministros Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio e Celso de Mello.
Com o resultado, os ministros derrubaram a liminar proferida pelo relator, ministro Luís Roberto Barroso, para suspender parte do texto do decreto. Na decisão individual sobre a questão, Barroso suspendeu parte do decreto de indulto natalino editado pelo presidente Temer por entender que o texto inovou e previu a possibilidade de indulto para condenados que cumpriram um quinto da pena, incluindo crimes de corrupção e correlatos, além de indultar penas de multa.
Pelo voto de Barroso, o indulto só poderia ser aplicado após o cumprimento de um terço da condenação. Condenados pelos crimes de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa em penas superiores a oito anos de prisão também não poderiam ser beneficiados.
Em dezembro do ano passado, durante o recesso de fim de ano, a então presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, atendeu a um pedido da PGR e suspendeu o decreto. Em seguida, Roberto Barroso restabeleceu parte do texto, mas retirando a possibilidade de benefícios para condenados por crimes de corrupção, como apenados na Operação Lava Jato.
O indulto está previsto na Constituição e cabe ao presidente da República assiná-lo com as regras que devem beneficiar anualmente condenados pela Justiça. A medida também foi tomada nos governos anteriores.


Confirmado: caso Lula será decidido na próxima terça


A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal confirmou que irá discutir na próxima terça-feira 4 pedido de liberdade do ex-presidente Lula da Silva; os ministros do colegiado vão discutir o habeas corpus em que a defesa pede a anulação da condenação do ex-presidente no caso do triplex do Guarujá e a sua liberdade diante da indicação de Sergio Moro como ministro de Bolsonaro, o que demonstra a falta de parcialidade do magistrado para julgar o caso
247 - A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal confirmou que irá discutir na próxima terça-feira 4 pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso político desde 7 de abril após condenação na Lava Jato em segunda instância.
Os ministros do colegiado vão discutir o habeas corpus em que a defesa pede a anulação da condenação do ex-presidente no caso do triplex do Guarujá e a sua liberdade diante da indicação do juiz Sérgio Moro para assumir o Ministério da Justiça, confirmando sua falta de imparcialidade para julgar o caso.
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Turma do STF julga terça-feira mais um pedido de habeas corpus de Lula
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima terça-feira (4) o julgamento de mais um pedido de liberdade feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O processo estava liberado para julgamento pelo relator, ministro Edson Fachin.
Fazem parte do colegiado os ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Cármen Lúcia, Fachin e o presidente, Ricardo Lewandowski.
No habeas corpus, Os advogados de Lula argumentam que a indicação do juiz federal Sergio Moro para o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro demonstra parcialidade do magistrado e também que ele agiu "politicamente". Moro irá assumir o Ministério da Justiça em janeiro.
A defesa de Lula quer que seja reconhecida a suspeição de Moro para julgar processos contra o ex-presidente e que sejam considerados nulos todos os atos processuais que resultaram na condenação deste no caso do triplex do Guarujá (SP).
Lula está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, após ter sua condenação no caso confirmada pelo Tribunal Regional Federal 4ª Região (TRF4), que impôs pena de 12 anos e um mês de prisão ao ex-presidente, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Responsável pelos processos da Lava Jato na 13ª Vara Criminal de Curitiba, Sergio Moro nega qualquer irregularidade em sua conduta e diz que a decisão de participar do futuro governo ocorreu depois de medidas tomadas por ele, como o julgamento do ex-presidente Lula.

Força-tarefa vai apreender cavalos errantes em Apucarana


Atualmente, 15 cavalos estão sob a guarda de uma ong voluntária. Expectativa é de que na operação surpresa, que será deflagrada nos próximos dias, pelo menos mais 30 animais sejam apreendidos 
(Foto: Edson Denobi)
O crescente número de equinos errantes pelas ruas da periferia e até mesmo em trechos urbanos de rodovias federais que cortam a cidade tem gerado preocupação às autoridades de Apucarana. Além da questão ambiental e de saúde pública, que envolve casos de maus-tratos e locais inapropriados para manutenção desses animais de grande porte, a questão têm ligado o alerta quanto aos riscos causados ao trânsito. Classificado pelos presentes como um problema de resolução complexa, o assunto foi pauta de uma reunião convocada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e realizada nesta quinta-feira (29/11), no salão nobre da Prefeitura de Apucarana, com representantes das polícias Militar, Força Verde e Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, concessionária Viapar e de uma organização não governamental que tem atuado voluntariamente no recolhimento dos animais na cidade.
Convidados, Polícia Civil, Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) e concessionária Rodonorte, não enviaram representantes. “A presença desses animais, que geralmente vagam soltos, tornou-se um problema sério e que tem gerado grande preocupação a todos nós. O prefeito Beto Preto então, solicitou total empenho no estabelecimento de ações, sobretudo preventivas, que basicamente consiste em retirar de circulação todos os equinos errantes da zona urbana”, informou Sérgio Bobig, secretário Municipal de Meio Ambiente.
Com assessoria de técnicos do Meio Ambiente e da Procuradoria Jurídica Municipal, a reunião definiu a realização de uma grande operação conjunta. “A partir de agora iniciaremos as tratativas para essa força-tarefa, que se dará em data surpresa”, revelou.
A orientação é de que os proprietários, que não queiram ter os animais apreendidos, levem-nos o quanto antes para local adequado. “E que local é esse? A zona rural, ambiente onde ele vai poder estar contido entre cercas e ter acesso à alimentação adequada, água fresca”, disse Bobig. Segundo ele, a situação em que os animais estão na cidade é ilegal e pode gerar diversas ocorrências aos responsáveis. “A legislação prevê inúmeras sanções, enquadrando esses casos como maus-tratos e até como crime ambiental. Em caso de ocorrer algum acidente, o responsável pelo cavalo deve ainda indenização à vítima”, alerta.
Segundo levantamento da prefeitura, o maior número de animais de grande porte soltos em Apucarana está concentrado entre as regiões Norte e Leste. “Recebemos diariamente ligações de populares e, com isso, conseguimos mapear”, explicou Sérgio Bobig, secretário Municipal de Meio Ambiente. Ao serem apreendidos, os animais serão conduzidos a um local apropriado pela ong voluntária. “Um prazo de 15 dias será dado para reclamações. Caso o dono não apareça, serão encaminhados para doação”, afirmou Bobig.
Um chamamento público, já aprovado pela Câmara Municipal de Apucarana, deve ser publicado nos próximos dias visando o cadastramento de mais entidades interessadas em contribuir com o trabalho de recolhimento e destinação.
Segurança – O capitão Vilson Laurentino da Silva, do 10º Batalhão da Polícia Militar do Paraná (10º BPM), assegurou total apoio à operação de recolhimento. “Muito importante essa reunião convocada pela prefeitura. Muitos assuntos pertinentes foram tratados. Cavalo não é animal para ser criado na zona urbana. A Polícia Militar está à disposição para contribuir com o trabalho da prefeitura e da ong sempre que preciso”, disse o militar.
A retaguarda no tocante à segurança dos agentes envolvidos no recolhimento dos equinos também foi reforçada pelos demais representantes das forças de segurança presentes na reunião. “Ficamos sabendo de que os servidores e até membros da ong sofreram ameaças, na tentativa de intimidação da ação. Atitudes que não vamos mais permitir”, concluiu capitão Vilson.
Atualmente, 15 cavalos estão sob a guarda da Ong Associação de Proteção dos Animais de Grande Porte do Vale do Ivaí (A.P.A.G.P.V.I) e geram despesa mensal na ordem de R$3 mil. A expectativa das autoridades é de que na operação surpresa que será deflagrada nos próximos dias pelo menos mais 30 animais sejam apreendidos.


CCR fecha acordo e diz ter pago R$ 44 mi em caixa 2 para Serra e Alckmin


Executivos da CCR, que atua no setor de concessões de metrôs, aeroportos e estradas, afirmaram em um acordo que será firmado nesta quinta-feira com o Ministério Público de São Paulo que a empresa pagou R$ 44 milhões por meio de caixa 2 a políticos ligados aos grupos do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), do senador José Serra (PSDB-SP) e do ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD)
247 - Executivos da concessionária CCR, que atua no setor de concessões de metrôs, aeroportos e estradas, disseram, em um acordo que será firmado nesta quinta-feira (29) junto ao Ministério Público de São Paulo, que efetuaram pagamentos de R$ 44 milhões por meio de caixa 2 a políticos ligado aos grupos do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), do senador José Serra (PSDB-SP) e do ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD), que foi indicado pelo governador eleito de São Paulo João Doria (PSDB) para ser o futuro chefe da Casa Civil.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, para evitar uma série de processos judiciais, a CCR teria concordado em pagar uma multa de R$ 81,5 milhões para o Governo do Estado, além de destinar outros$ 17 milhões à construção de uma biblioteca para a Faculdade de Direito da USP.
Ainda segundo o jornal, A CCR teria repassado R$ 5 milhões a Alckmin por intermédio de Adhemar Ribeiro, cunhado do ex-governador. Ribeiro também é citado por delatores da empreiteira Odebrecht como sendo operador de propinas do PSDB.
Já os valores pagos a Serra teriam sido movimentados pelo empresário Marcio Fortes, apontado como operador do senador tucano. Todos os citados já negaram em ocasiões anteriores que tenham recebido valores ilícitos para suas campanhas eleitorais.



Apucarana sedia audiência pública do plano de desenvolvimento regional


O evento acontece no auditório do Senac, no dia 04/12, e apresentará o Plano de Trabalho desenvolvido a partir das oficinas realizadas nos 15 municípios envolvidos
(Foto: Edson Denobi)
A primeira audiência pública do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável da Metrópole Paraná Norte acontecerá em Apucarana, no dia 4 de dezembro, às 18h30, no auditório do Senac. No evento, que é aberto ao público, será apresentado o plano desenvolvido a partir das oficinas realizadas nos 15 municípios envolvidos.
O prefeito de Apucarana, Beto Preto, afirma que a audiência contará com a participação de prefeitos, secretários e técnicos dos municípios. “Quero convocar especialmente a população de Apucarana e a sociedade civil organizada. Vamos discutir o futuro do Norte do Paraná e como os municípios e entidades vão se relacionar enquanto região metropolitana, no eixo Londrina/Apucarana /Maringá. É a segunda chance que estamos tendo para implantar esse planejamento e não podemos perder essa oportunidade”, afirma Beto Preto, referindo-se a estudos anteriores feitos para a criação da Metrópole Linear Norte (Metronor), entre as décadas de 70 e 80.
De acordo com Carlos Mendes, superintendente do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), a partir de janeiro Apucarana também sediará as reuniões com as câmaras técnicas. “Esta fase, chamada de Etapa de Contextualização, será centralizada em Apucarana, na estrutura do Senac, onde os grupos de trabalho de todos os municípios envolvidos iniciarão a elaboração dos projetos”, frisa Mendes.
O Plano de Trabalho a ser apresentado na audiência da semana que vem foi consolidado com as contribuições recebidas durante as oficinas de engajamento, realizadas nos 15 municípios entre julho e agosto deste ano. Na audiência, a comunidade poderá ter acesso às informações principais sobre o estudo, seus objetivos e metas, sendo também mais uma oportunidade de enviar contribuições para o plano.
INTEGRAÇÃO – Para Cláudio Marchand Krüger, coordenador executivo do Plano da Metrópole Paraná Norte, a principal demanda, principalmente dos municípios menores, é ter maior integração com as cidades-polo, vendo no Plano uma oportunidade para aumentar a competitividade econômica e consequentemente a melhoria da qualidade de vida. “Municípios maiores teriam, aparentemente, uma situação mais confortável, inclusive com alguns planos de desenvolvimento já em andamento. Por outro lado, as oficinas mostraram a desigualdade que ocorre entre as cidades-polo e os municípios vizinhos, havendo um grau de isolamento que poderia ser gradualmente superado com uma maior integração social e econômica”, afirmou.
Um dos objetivos principais da próxima etapa do plano, denominada Etapa de Contextualização, é mapear as potencialidades (forças, vocações), deficiências (fraquezas, limitações), oportunidades e ameaças ao desenvolvimento da região. Essas informações estão em fase de coleta e análise pela equipe técnica do plano. “A integração das potencialidades e oportunidades e também a união de forças para fazer frente às deficiências e ameaças são os objetivos principais do Plano e devem ser analisados com mais detalhamento na Fase 3 – Cenários e Visão de Futuro”, completou Krüger.
O Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável da Metrópole Paraná Norte é um projeto do Governo do Estado do Paraná com apoio do Banco Mundial que vai criar um grande corredor de desenvolvimento unificado e sustentável unindo as cidades de Arapongas, Rolândia, Cambé, Londrina, Ibiporã, Jataizinho, Apucarana, Paiçandu, Maringá, Sarandi, Marialva, Mandaguari, Jandaia do Sul, Cambira e Mandaguaçu. Ao todo, os 15 municípios concentram, em uma área de 6.225 km², 1,5 milhão de habitantes e um PIB de R$ 35 bilhões.
Fonte: Paulo Victor Grein Comunicação – Urbtec (com assessoria Prefeitura de Apucarana)

Filho de Bolsonaro diz que seu pai pode ser morto por quem está “muito perto”





“A morte de Jair Bolsonaro não interessa somente aos inimigos declarados, mas também aos que estão muito perto. Principalmente após a sua posse! É fácil mapear uma pessoa transparente e voluntariosa. Sempre fiz minha parte exaustivamente. Pensem e entendam todo o enredo diário", diz o tuíte do vereador
247 – "Um dos filhos do presidente eleito Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, que é vereador no Rio de Janeiro, postou na noite desta quarta-feira um texto no Twitter em tom enigmático sobre um suposto interesse de pessoas próximas na morte de seu pai", aponta reportagem do Valor. “A morte de Jair Bolsonaro não interessa somente aos inimigos declarados, mas também aos que estão muito perto. Principalmente após a sua posse! É fácil mapear uma pessoa transparente e voluntariosa. Sempre fiz minha parte exaustivamente. Pensem e entendam todo o enredo diário!, diz o tuíte do vereador.

Mais Médicos: menos de 10% dos inscritos se apresentaram para trabalhar


Das cerca de 8,5 mil vagas abertas com a saída de Cuba do programa, 8.319 (97,8%) foram preenchidas

Menos de 10% dos aprovados no novo edital do programa Mais Médicos se apresentaram para trabalhar em seus respectivos postos de saúde, segundo dados divulgados nesta quarta (28) pelo ministério da Saúde.
Das cerca de 8,5 mil vagas abertas com a saída de Cuba do programa, 8.319 (97,8%) foram preenchidas. Porém, o ministério informa que apenas 738 profissionais já se apresentaram nos locais que se inscreveram para começar os trabalhos, o equivalente a 8,9%.
A gestão dos municípios é a responsável por estabelecer a data do início das atividades dos médicos. Segundo o edital, a apresentação dos profissionais tem de ser feita até o dia 14 de dezembro.
Fonte: Notícias ao Minuto


Após dizer que seriam 'menos de 20', Bolsonaro admite 22 ministérios


O presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou ontem que poderá criar até 22 ministérios em seu governo, sete a mais do que os 15 previstos inicialmente. A última pasta, segundo ele, poderá ser o Ministério das Mulheres, a partir de um pedido da bancada feminina no Congresso Nacional. Atualmente, o governo tem 29 ministérios. 
“Vai ser decidido (sobre a criação da pasta), houve um apelo por parte da bancada feminina, grande parte presente aqui”, afirmou, pouco antes de deixar o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

De acordo com Onyx Lorezoni, futuro ministro da Casa Civil, a pasta reivindicada pela bancada feminina poderá ser a manutenção do atual Ministério dos Direitos Humanos, que cuida das políticas de igualdade racial, população LGBT e mulheres. “(Queremos) um direitos humanos de verdade, não esse que está aí, que não tem qualquer eco na sociedade brasileira”, disse Bolsonaro.


Governadora do Paraná vai tentar barrar reajuste do pedágio na Justiça Federal

(Foto: AEN)


Josianne Ritz e Ivan Santos
A governadora Cida Borghetti anunciou que o Estado vai solicitar à Justiça Federal que não autorize o reajuste das tarifas de pedágio no Anel de Integração.  “Por todas as situações que acompanhamos, com as ações envolvendo a operação Integração acredito que o reajuste das tarifas vai aumentar ainda mais o prejuízo para a economia do nosso Estado”, afirmou a governadora. 
O reajuste anual é uma cláusula contratual e a aplicação está prevista para o dia 1º de dezembro. As empresas calculam os percentuais baseados em uma fórmula paramétrica composta por índices divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).  De acordo com os contratos, a partir da data do protocolo do pedido de reajuste das concessionárias, há um prazo de cinco dias úteis para conferência dos cálculos pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) e homologação pela Agência Reguladora do Paraná (Agepar).
Cinco das seis concessionárias que operam o pedágio nas estradas do Paraná protocolaram pedido de reajuste das tarifas no Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR). A informação foi confirmada pela assessoria do DER. O contrato prevê que o aumento entre em vigor no próximo sábado. Nem o DER, nem a Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR/PR) quiseram confirmar o índice do reajuste, mas fontes não oficiais apontam que ele seria de 4,5%, o equivalente à inflação dos últimos doze meses. Caso aprovado esse índice de aumento, a tarifa do pedágio na BR-277 entre Curitiba e o Litoral, para carros de passeio, por exemplo, passaria dos atuais R$ 19,40 para R$ 20,27.
Segundo o DER, protocolaram o pedido as concessonárias Ecocataratas, Ecovia, Viapar, Caminhos do Paraná e Rodonorte. A única que não o fez foi a Econorte. Isso porque na semana passada, a Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 1 bilhão de empresas do grupo Triunfo, responsável pela Econorte, que atua no Norte Pioneiro. A liminar foi pedida pelo Ministério Público Federal (MPF) e determina imediata desinstalação da praça de pedágio da Econorte em Jacarezinho. Além desta medida, a decisão impôs à concessionária a redução imediata das tarifas em 26,75% em todas as outras praças da empresa e a retomada do cronograma original das obras da concessão.
As empresas do grupo são suspeitas de corrupção em esquema investigado pelas operações Integração I e II, fases 48 e 55 da Operação Lava Jato, que investiga suspeitas de pagamento de propina e irregularidades em aditivos contratuais, que aumentaram o preço da tarifa.
Com base na investigação, o juiz também determinou a suspensão dos aditivos contratuais assinados entre a Econorte e o governo estadual, que beneficiaram a empresa. 
Em nota, o DER afirmou que o reajuste anual em dezembro é previsto em contrato. "Conforme previsto nos contratos de concessão, o percentual é definido por uma fórmula paramétrica composta por índices divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV)", afirma o órgão. "De acordo com os contratos, a partir da data do protocolo do pedido de reajuste das concessionárias, há um prazo de cinco dias úteis para conferência dos cálculos pelo DER-PR e homologação pela Agência Reguladora do Paraná (Agepar)", aponta a nota. 
Fonte: Bem Paraná