sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Raquel Dodge pede mais 60 dias para investigação sobre Aécio


De acordo com o Uol, "a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prorrogação do inquérito que investiga o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por suposto recebimento em 2014 de valores indevidos pela Construtora Norberto Odebrecht, do grupo Odebrecht, para a sua campanha eleitoral
247 - De acordo com o Uol, "a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prorrogação do inquérito que investiga o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por suposto recebimento em 2014 de valores indevidos pela Construtora Norberto Odebrecht, do grupo Odebrecht, para a sua campanha eleitoral. Datado de 12 de novembro, o parecer de Raquel Dodge pede mais 60 dias para a conclusão do inquérito".
Os pagamentos teriam sido feitos através de contratos fictícios com a empresa PVR Propaganda e Marketing Ltda, segundo relataram os delatores ouvidos no caso.
"A perícia deverá analisar os dados referente a data de criação/modificação dos arquivos (metadados), entre outras informações que possam comprovar que o contrato foi elaborado em data posterior apenas para 'cobrir' pagamento de propina ao senador Aécio Neves", escreveu Raquel Dodge, que também manifestou-se contrária aos pedidos de arquivamento e de declínio de competência feitos pela defesa de Aécio Neves.


Principal cabo eleitoral de Bolsonaro, Moro é exonerado do cargo de juiz


O juiz federal Sergio Moro pediu exoneração de seu cargo nesta sexta-feira (16) e a solicitação foi aceita pelo presidente do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região); principal cabo eleitoral de Bolsonaro, Moro influenciou o processo eleitoral ao perseguir e manter Lula sob cárcere e sua indicação ao ministério da Justiça é considerado por muitos analistas como "a cereja do bolo que faltava", uma espécie de condecoração pelos serviços prestados para a ascensão da extrema-direita no País
247 - O juiz federal Sergio Moro pediu exoneração de seu cargo nesta sexta-feira (16) e a solicitação foi aceita pelo presidente do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). Segundo o Tribunal, o ato de exoneração de Moro terá vigência a partir de segunda-feira (19), quando ele deixará de ser juiz de fato. O magistrado abriu mão do cargo para ser ministro da Justiça do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro. 
Com pressa, Moro diz ter pedido a exoneração para que possa "assumir de imediato um cargo executivo na equipe de transição da Presidência da República e sucessivamente ao cargo de Ministro da Justiça e da Segurança Pública". 
Principal cabo eleitoral de Bolsonaro, Moro influenciou o processo eleitoral ao perseguir e manter Lula sob cárcere. Sua indicação ao ministério da Justiça é considerado por muitos analistas como "a cereja do bolo que faltava", uma espécie de condecoração pelos serviços prestados para a ascensão da extrema-direita no País. 
Cronologia dos fatos: Moro condenou Lula sem provas  
Como bem relembrou a jornalista Tereza Cruvinel em artigo, "É preciso recordar que, para garantir sua condenação, a Lava Jato buscou caprichosamente a delação de Leo Pinheiro, numa sequência de fatos já esquecidos que não deixam dúvidas sobre o objetivo: sem provas, só a delação permitiria a condenação de Lula, e por decorrência, sua inelegibilidade".
O escândalo do Habeas Corpus 
O juiz federal Sérgio Moro admitiu que estava fora de sua competência como magistrado quando atuou para manter o ex-presidente Lula preso, atropelando uma ordem judicial de soltura emitida pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TR4), Rogério Favreto, em julho.
A admissão se dá em um trecho da defesa apresentada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que abriu um procedimento para investigar suposta má conduta de Moro no episódio. O juiz de Curitiba afirma que tomou a decisão de despachar contra a soltura de Lula, mesmo de férias, como "autoridade apontada, ainda que erroneamente".
"Entendi que estava diante de situação urgente e que cabia a mim, como juiz natural da ação penal e como autoridade apontada, ainda que erroneamente, como coatora, proferir a decisão acima transcrita a fim de informar e consultar o relator natural da ação penal e do habeas corpus acerca do que fazer diante do aludido dilema, tendo, sucessivamente, prevalecido o entendimento de que a prisão não poderia ser revogada, como foi, por autoridade judicial absolutamente incompetente", escreveu.
A bomba da delação de Palocci 
Durante as eleições presidenciais, Moro quebrou o sigilo de parte do acordo de colaboração de Antonio Palocci com a Polícia Federal, numa clara tentativa de prejudicar o PT no processo eleitoral. 
Por essas e outras, Mouro foi condecorado como ministro da Justiça e hoje pede exoneração de seu cargo. Uma bela demonstração de fidelidade ao fascismo. 

Propinas a Aécio e Perrela foram entregues em caixas de sabão em pó


O empresário Waldir Rocha Pena, proprietário de um supermercado utilizado pelo grupo JBS para repassar propinas a políticos, revelou ter entregue dinheiro vivo a Frederico Pacheco, primo do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e a Mendherson Souza, ex-assessor do senador Zezé Perrela (MDB-MG); segundo Pena, o dinheiro foi entregue dentro de caixas de sabão em pó; subornos, que chegariam a R$ 6 milhões conforme os investigadores, teriam sido pagos em 2014, ano eleitoral
247 - O empresário Waldir Rocha Pena, proprietário de um supermercado utilizado pelo grupo JBS para repassar propinas a políticos, revelou ter entregue dinheiro vivo a Frederico Pacheco, primo do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e a Mendherson Souza, ex-assessor do senador Zezé Perrela (MDB-MG). Segundo Pena, o dinheiro foi entregue dentro de caixas de sabão em pó.
Segundo o jornal O Globo, o relato do empresário ratifica a delação premiada feita por executivos da JBS quanto ao pagamento de propinas para os políticos mineiros. O depoimento prestado à Receita Federal foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que tem competência para investigar a denúncia me função do foro privilegiado dos parlamentares.
O teor do depoimento também foi empregado pela Polícia Federal de Minas Gerais no âmbito da Operação Capitu, que apura corrupção e desvios no Ministério da Agricultura, e que resultou em um novo pedido de prisão temporária para um dos donos da JBS, o empresário Joesley Batista.
Em sua delação premiada, o o ex-diretor da JBS Ricardo Saud, afirmou que o pagamento de suborno para Aécio, totalizando cerca de R$ 4 milhões, foi operacionalizado por meio de um supermercado em Belo Horizonte. As informações foram confirmadas por Pena. Segundo as investigações, porém, os repasses foram maiores que os citados nas delações, chegando a R$ 6 milhões, conforme documentos contábeis apreendidos pelos agentes. As propinas teriam sido pagas em 2014, que foi ano eleitoral.
A assessoria de Aécio Neves informou que "todas as doações recebidas pela campanha nacional do PSDB em 2014 foram legais e estão devidamente declaradas junto à Justiça Eleitoral. As acusações formuladas pelos executivos da JBS já se mostraram mentirosas, o que levou inclusive a PGR a solicitar a rescisão de seus acordos de colaboração".
Já a assessoria de Zezé Perrella destacou que não existem elementos que liguem o pagamento de propinas ao senador. A defesa de Mendherson disse que o depoimento de Pena não passa de uma "mentira estúpida".


Reinaldo: Bolsonaro só acerta quando recua


O colunista Reinaldo Azevedo afirma que o presidente eleito Jair Bolsonaro acerta quando recua de suas trapalhadas e diz que a mais recente é a escolha do chanceler trumpista Ernesto Araújo. "Se Bolsonaro mudar de ideia, aplaudo outra vez. Ele acerta quando recua e erra quando avança", afirma
247 – O colunista Reinaldo Azevedo afirma que o presidente eleito Jair Bolsonaro acerta quando recua de suas trapalhadas e diz que a mais recente é a escolha do chanceler trumpista Ernesto Araújo. "Se Bolsonaro mudar de ideia, aplaudo outra vez. Ele acerta quando recua e erra quando avança", afirma, em artigo publicado nesta sexta-feira, na Folha.
"Caso exemplar desses dias é a resposta que o presidente eleito deu ao que considera um Itamaraty ineficiente. Prometeu para a pasta um chanceler que daria prioridade aos negócios, não à ideologia. O escolhido é Ernesto Araújo", diz ele. 
"Um dos momentos marcantes desse resgate, segundo o futuro ministro, que acredita na existência de um 'Deus de Trump', é um discurso que o presidente americano fez numa Polônia cujo establishment se identifica com a extrema direita nacionalista. Parece-me que o samba do Ernesto dá prioridade à ideologia, não aos negócios. Clóvis Rossi foi ao ponto: é o Cabo Daciolo com alguns livros a mais."