A Justiça da Suíça citou, pela primeira vez, a suspeita de
que uma movimentação de R$ 43,2 milhões bloqueados em contas bancárias no país
europeu tenha sido utilizada para irrigar o financiamento de uma campanha
presidencial do PSDB; nomes dos suspeitos, contudo, não foram divulgados; movimentação
foi registrada entre os anos de 2006 e 2012 e, segundo a procuradoria suíça, o
dinheiro teria sido pago em troca da implementação de um contrato de serviços
rodoviário "para financiar a campanha presidencial do PSDB"; no
período compreendido pela investigação, o ex-governador e ex-ministro José
Serra era o presidenciável tucano
247 - A Justiça da Suíça
citou, pela primeira vez, a suspeita de que uma movimentação de R$ 43,2 milhões
bloqueados em contas bancárias no país europeu tenha sido utilizada para
irrigar o financiamento de uma campanha presidencial do PSDB. Os nomes dos
suspeitos, contudo, não foram divulgados.
Segundo
o jornal O Estado de S. Paulo, a suspeita sobre o
PSDB consta de um documento contendo uma decisão do Tribunal Penal Federal da
Suíça que foi enviado ao Brasil por meio de pedido de cooperação oficial entre
o país europeu e o Brasil. Este é o segundo caso de colaboração entre os dois países.
No
primeiro, as investigações têm como foco a movimentação de mais de R$ 113
milhões em nome do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, apontado como
operador de propinas do PSDB. Segundo a procuradoria suíça, o Ministério
Público Federal (MPF) brasileiro, solicitou em junho deste ano um pedido de
colaboração "em um processo criminal instaurado contra B. e outros por
lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva [a letra B faz referência
genérica a um suspeito cujo nome é mantido . A letra "B" se refere a
um suspeito, cujo nome foi mantido em confidencialidade e não se refere aá
letra inicial do investigado]".
Ainda
conforme o documento, o MPF teria pedido a cooperação da Suíça em relação a
pessoas "suspeitas de terem concordado que o grupo C. deveria pagar, em
troca da implementação de um contrato de empréstimo celebrado por eles com D.
(uma joint venture brasileira ativa no desenvolvimento do serviço rodoviário,
controlada por governo do Estado de São Paulo para a construção, exploração,
manutenção e gestão de autoestradas e nós intermodais), o dinheiro para
financiar a campanha presidencial do PSDB".
No
pedido, também era solicitado o bloqueio de R$ 43,2 milhões depositados em
contas bancárias, correspondendo a mais de 10 milhões de francos suíços,
"valor total pago pelo Grupo C. em uma base de corrupção entre 2006 e
2012". O PSDB disse que não irá se pronunciar sobre o caso por ainda
não ter tido acesso às informações.