sábado, 13 de outubro de 2018

TSE lança página para esclarecer eleitores sobre notícias falsas


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou uma página na internet para ajudar a esclarecer o eleitorado brasileiro sobre as notícias falsas – ou fake news, no termo em inglês - que vêm sendo disseminadas pelas redes sociais. Para a Justiça Eleitoral, a divulgação de informações corretas, apuradas com rigor e seriedade, é a melhor maneira de enfrentar e combater a desinformação.
Na página Esclarecimentos sobre informações falsas, lançada na quinta-feira (11), qualquer pessoa poderá ter acesso a informações que esclarecem boatos ou notícias que buscam confundir os eleitores.
“Diante das inúmeras afirmações que tentam macular a higidez do processo eleitoral  nacional, nessa página o TSE apresenta links para esclarecimentos oriundos de agências de checagem de conteúdo, alertando para os riscos da desinformação e clamando pelo compartilhamento consciente e responsável de mensagens nas redes sociais”, acrescentou o tribunal.
Além de campanhas para alertar os cidadãos, a Justiça Eleitoral informou que tem encaminhado os relatos de irregularidades que chegam ao seu conhecimento para investigação do Ministério Público Eleitoral e da Polícia Federal. O objetivo é apurar eventuais crimes e responsabilizar quem difunde conteúdo inverídico.
De acordo com o TSE, até o momento, nenhuma ocorrência de violação à segurança do processo de votação ou de apuração, realizado durante as eleições de 2018, foi confirmada ou comprovada. “A Justiça Eleitoral desempenha relevante papel na consolidação da democracia em nosso país e trabalha incansavelmente para oferecer à sociedade um processo de votação seguro, transparente e ágil, garantindo efetividade à manifestação popular exercida por meio do voto”.
Após um primeiro turno marcado por diversas notícias falsas, o conselho consultivo criado pelo TSE para discutir medidas de combate a esse tipo de conteúdo se reuniu ontem e manifestou preocupação com a disseminação de conteúdos enganosos no Whatsapp. O grupo, entretanto, não apresentou medidas concretas a serem adotadas para este segundo turno.
Agência Brasil

Haddad diz que Bolsonaro é “casamento do neoliberalismo desalmado com fundamentalismo charlatão”

Jair Bolsonaro e Fernando Haddad (Nelson Almeida/AFP – Ulisses Dumas/Divulgação)

Reportagem de Catia Seabra na Folha de S.Paulo informa que o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, chamou o adversário, Jair Bolsonaro, de produto do “casamento do neoliberalismo desalmado representado pelo de Paulo Guedes, com o fundamentalismo charlatão do Edir Macedo”. “Sabe o que está atrás desta aliança? O que no latim de chama de Auri Sacra Fames. Fome de dinheiro”, disse.
De acordo com a publicação, questionado sobre declarações de Bolsonaro, de que seria criador do Kit gay, Haddad chamou o capitão reformado de “grandíssimo mentiroso”. “Por que ele não me pergunta no debate? Porque não tem projeto”, reagiu. O petista relatou a perseguição que sofreu na véspera por bolsonaristas, que, segundo ele, atacaram a igreja católica.
O candidato disse ser “preocupante que depois de atacar mulheres, negros, LGBTS, eles passem a atacar católicos”. “Bolsonaro é isso. Bolsonaro é violência, Bolsonaro é bala. É desrespeito. Uma representação de tudo que há de pior em termos de violência no país”, afirmou. Ele disse que muitos apoiadores de Bolsonaro exibem a suástica. E lembrou que o próprio adversário já declarou que se alistaria ao Exército alemão na década de 30.
“A cultura da violência, do estupro, da tortura, do nazismo quem abraça com as próprias palavras é ele [Bolsonaro]”, completa a Folha.
Fonte: DCM

Professor da USP faz saudação a Hitler no Facebook em discussão em que defendia Bolsonaro. Por Lucas Antonio e Vinícius Segalla

Professor escreve saudação nazista a Adolf Hitler no Facebook. Foto: Reprodução/Facebook

Um professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP em Ribeirão Preto (FEA-RP) que defendia Jair Bolsonaro em uma discussão com colegas em uma rede social enviou uma saudação nazista (Heil, Hitler!) àqueles que discordavam de seu argumento. A reação de seus colegas foi de pronta indignação, e a mensagem foi rapidamente apagada, mas os próprios participantes do debate trataram de fazer uma cópia.
O docente em questão é Ricardo Luis Chaves Feijó, autor de dois livros que abordam o período histórico em que a Alemanha esteve sob o domínio do Partido Nacional Socialista, nas décadas de 1930 e 1940, como ele mesmo explica ao justificar sua mensagem. Ao DCM, ele afirmou que sua frase estava “ironizando a paranóia de pensar que todos os que votam em Bolsonaro são nazistas. Paranóia alimentada pelo Ciro Gomes, que chamou o capitão de nazista filho da puta.”
“Eu não acreditei. Estamos em 2018, não era para alguém ter falado um negócio desses” constata um aluno da faculdade, que não quis se identificar. “Fiquei extremamente abalado. É algo que ficaria chocado se estivesse falando sério e também se ele estivesse brincando. Não se brinca com nazismo, foi algo que causou o sofrimento de milhões de pessoas e é deprimente ouvir isso de um professor”.
Já o professor Feijó disse que seu comentário não foi nada mais do que “um tolo deslize”. “Jamais apoiaria nada relacionado ao nazismo. Sou muito amigo dos judeus e detesto totalitarismo e nazismo. Tenho até um livro de mil páginas sobre a salvação dos judeus do nazismo, ‘A Salvação Pela Máquina do Tempo’”, afirmou ele, referindo-se a seu romance de viagem temporal em que uma pessoa do presente volta ao período nazista na Alemanha para impedir o holocausto. O professor ressaltou também que, no campo da economia, é um antagonista pleno do nazismo, que ele considera uma ideologia de esquerda. Ainda de acordo com o docente, sua trajetória como “pensador liberal e libertário, autor de vários livros” serve para mostrar que não tem nem nunca teve qualquer simpatia pelo nacional socialismo alemão.
Procurada pela reportagem, a FEA-RP afirmou, em nota, que não apresentaria um parecer sobre o ocorrido antes de uma apuração de fatos dentro da própria instituição, ressaltando a possibilidade de um possível novo contato assim que o caso for discutido com a diretoria da faculdade.
Fonte: DCM

Bolsonaro pede para retirar do ar peça de campanha com ataque ao STF

 O ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou ontem (12) a retirada do ar em 24h de um vídeo supostamente produzido por apoiadores do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, que inclui ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como alvos de crítica.


Da Agência Brasil – O ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou ontem (12) a retirada do ar em 24h de um vídeo suposgtamente produzido por apoiadores do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, que inclui ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como alvos de crítica. 
A retirada foi determinada pela própria direção da campanha de Bolsonaro, que alegou que “o vídeo em questão prejudica a imagem do candidato representante, na medida em que o coloca em linha de colisão com a atuação do Poder Judiciário brasileiro”.
No vídeo, com o refrão da música “Meus pais”, de Zezé di Camargo e Luciano, ao fundo, aparecem os ministros do STF Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Alexandre de Moraes. “Feito um mal que não tem cura, estão levando à loucura o Brasil que a gente ama”, diz a canção, enquanto se sucedem as imagens, nas quais aparecem também políticos do PT e do MDB.
Os advogados de Bolsonaro alegaram ao TSE que o vídeo deveria ser retirado do ar por induzir ao internauta que, caso eleito, o candidato não respeitaria as decisões emanadas do Poder Judiciário, “o que não é verdade”, afirmaram na representação. A defesa destacou que, apesar de trazer a identidade visual da candidatura, o material audiovisual não foi produzido pela campanha.
Ao acolher os argumentos e ordenar a retirada do vídeo hospedado no YouTube, o ministro Carlos Horbach escreveu que o material “tem evidente potencial lesivo para os representantes, que involuntariamente são vinculados a ideias que não corroboram, cuja repercussão negativa no eleitorado lhes prejudica”.