quarta-feira, 4 de julho de 2018

Começa chantagem dos bancos contra a democracia


Bancos retomam estratégia de 2002, quando anunciaram o caos diante da vitória de Lula e reiniciam chantagem contra a democracia; para Bank of America, maior gestor de fortunas do mundo, há possibilidade de se concretizar "o pior dos cenários", com a eleição de um candidato progressista; se isso acontecer, ameaça: "o País voltaria para recessão em 2019 e a Selic passaria para dois dígitos"
247 - Da mesma maneira que em 2002, quando diante da quase certeza da eleição de Lula os bancos causaram uma tempestade na economia brasileira, eles retomam a chantagem contra o país, diante da inviabilidade dos candidatos do golpe e a adesão popular à nova candidatura de Lula. A ameaça parte agora do Bank of America (BofA), o segundo maior dos EUA e, não à toa, o maior gestor de fortunas de milionários do mundo. Para o banco americano, há possibilidade de se concretizar "o pior dos cenários", a eleição de um candidato progressista, e com isso, ameaça, "o País voltaria para recessão em 2019 e a Selic passaria para dois dígitos", informa o repórter Rodrigo Tolotti Umpieres do site InfoMoney, um porta-voz não oficial do mercado financeiro. Como em 2002, quando a economia do país estava arruinada pela gestão de FHC, a política econômica do golpe arrastou o país para o buraco.
No título do artigo, o tamanho da ameaça: "Dólar pode ir a R$ 5,50 se o 'pior dos cenários' se concretizar, aponta Bank of America". O banco comprou em 2004 o grupo do BankBoston. Henrique Meirelles fez uma carreira de 28 anos no BankBoston, entre 1974 e 2002 e presidiu a subsidiária brasileira da instituição por 12 anos. Com a aquisição de 2004, a situação hoje beira o escândalo: o banco que abre a temporada de chantagens do sistema financeiro contra a democracia no país é quem paga a aposentadoria dourada do ex-ministro da Fazenda e pré-candidato do MDB: mais de $ 250 mil reais por mês.
Em números, o BofA projeta, no cenário de vitória de Lula ou de outro candidato progressista um crescimento da economia de 0,8% este ano, sendo que para 2019 o País voltaria para uma recessão, com o PIB (Produto Interno Bruto) caindo 1%. Enquanto isso, a Selic iria voltar para o nível dos dois dígitos e a inflação chegaria a 7%, levando assim o dólar para o temido R$ 5,50. 
"O ruído político associado ao ciclo eleitoral deve se intensificar nos próximos meses, adicionando riscos ao processo de retomada econômica", afirmam os analistas do banco no relatório. 
Leia a íntegra aqui.


Caminhão enrosca em suporte de semáforo e bloqueia avenida no centro de Apucarana


Caminhão enrosca em suporte de semáforo e bloqueia avenida no centro de Apucarana - Foto: Reprodução/Whatsapp
O fluxo de trânsito ficou lento na manhã desta quarta-feira (4) depois que um caminhão baú enroscou em estrutura metálica de suporte a semáforo na confluência da Avenida Curitiba com a Rua Miguel Simeão, próximo à Praça Interventor Manoel Ribas (Redondo) no centro de Apucarana.
O caminhão enroscou ao fazer uma conversão a direita. A Guarda Municipal (GM) esteve no local para providenciar o retorno do tráfego à normalidade sem maiores problemas. 
Fonte: TN Online

Robôs: Alvaro denuncia "fake news" da Folha


O senador Alvaro Dias, presidenciável do Podemos, foi atrás do estudo publicado pela Folha de S. Paulo que aponta que 64% de seus seguidores no Twitter são robôs.
Segundo ele, trata-se de um “fake news”, uma vez que “o relatório do instituto responsável pelo levantamento contraria a matéria do jornal”.
No perfil no Facebook do senador paranaense sua assessoria diz que a Folha “forçou a barra”, “mentiu”
-- Conforme suspeitamos, o estudo não analisou os 409 mil seguidores. A pesquisa se limitou a uma amostra de 5,5%. Ou seja, pouco mais de 20 mil seguidores do presidenciável. Este é o universo pesquisado pelo instituto que serviu de base para a reportagem, afirma.
Mais adiante a assessoria de Alvaro afirma que “maldosamente, a Folha insinua haver indícios de compra de seguidores para o candidato com o objetivo de inflar artificialmente sua reputação na rede. O relatório, porém, é categórico ao concluir que não há indicação de houve qualquer tipo de aquisição de seguidores por eles (presidenciáveis) ou pelas empresas de marketing que os auxiliam”.
Para quem quiser conhecer a íntegra do estudo, segundo a assessoria do senador, é só acessar https://bit.ly/2Kr6OqB
Fonte: Roseli Abrão


DataPoder360: Bolsonaro perde para o “não voto”


Se as eleições presidenciais fossem hoje, o deputado Jair Bolsonaro teria 21% dos votos, mas sua votação seria superada pelos votos brancos, nulos e indecisos (de 40% a 42%, a depender do cenário testado).
Este é o resultado da mais nova pesquisa DataPoder360, publicada hoje no portal Poder360.
Atrás de Bolsonaro, cinco candidatos estão embolados em 2º lugar, com leve vantagem para Ciro Gomes.
O DataPoder360 realizou 5.500 entrevistas por meio de telefones fixos e celulares de 25 a 29 de junho. Foram atingidas 229 cidades em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Perde força
Comparada à pesquisa realizada em maio, Bolsonaro perdeu eleitores. Aparecia com 25%, agora tem 21%. Em segundo lugar, Ciro Gomes que tinha 12% e hoje tem 13%. Geraldo Alckmin pulou de 7% para 8% e Marina Silva, que tinha 6% agora tem 7%.
Fernando Haddad, que é apontado como substituto de Lula na disputa, perdeu pontos. Tinha 8% em maio, agora tem 6%. O paranaense Alvaro Dias caiu de 6% para 5%.
Os votos brancos e nulos eram 28% em maio, agora são 31%; e os indecisos, que eram 8% agora são 9%.
Lula
A pesquisa sondou os eleitores sobre a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que provou ter um eleitorado fiel e regular.
Se o petista puder concorrer a presidente, 24% dizem que votariam nele com certeza. Outros 11% afirmam que poderiam votar. Trata-se, segundo o Poder360, de um potencial de voto de 35%.
Fonte: Roseli Abrão

STF X Moro na gestão Toffoli. Por Helena Chagas


Publicado originalmente no site Os Divergentes
POR HELENA CHAGAS

Sérgio Moro e Dias Toffoli. Foto: Fotos Públicas/STF

Nesses quatro anos de Lava Jato, foram poucas as ocasiões em que o STF peitou o juiz Sergio Moro. A maioria esmagadora das decisões de Curitiba vem sendo aceita pela Corte Suprema do país, sobretudo pelo relator da Lava Jato, Edson Fachin, e pela chamada maioria lavajatista no plenário, ainda que exígua. Mas esta situação pode estar prestes a mudar.
A decisão de ontem à noite do ministro Dias Toffoli de mandar suspender a ordem de Moro para que o ex-ministro José Dirceu, solto na semana passada pela Segunda Turma, usasse tornozeleira, é exemplo disso. Mais do que uma questão de importância, foi uma forma de Tofffoli, que assume a presidência do STF em setembro, avisar aos navegantes de Curitiba que as coisas vão mudar por lá.
O futuro presidente do STF forma ao lados da turma dos garantistas, concentrados na Segunda Turma: Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. Junto com Marco Aurélio, que é da primeira, somam cinco votos no plenário, que às vezes tem, e às vezes não tem, o apoio de Rosa Weber, uma espécie de fiel da balança.
As maiorias apertadas dificilmente vão mudar com a troca de presidentes no Supremo, mas o poder de pauta – enorme – muda de mãos. Muita gente já prevê para setembro mesmo o julgamento ds ADINS sobre a prisão após condenação em segunda instância.
Há ainda outras razões que levam a crer que o STF começará a enfrentar Moro de forma mais incisiva. Até porque o incômodo com a desenvoltura do juiz de primeira instância no Supremo tem ido além dos garantistas.
Além disso, a altíssima popularidade do juiz perdeu fôlego  depois da prisão de Lula e dos noticiários sobre auxilio moradia e outros privilégios dos juízes. Sua aprovação ainda é alta, mas o juiz de Curitiba vem perdendo aquela aura de intocabilidade dos primeiros tempos de Lava Jato.
Teremos uma temporada animada no STF depois do recesso.
Fonte: DCM


Milhares irão a Brasília para registrar no TSE candidatura de Lula


Movimentos sociais, partidos de esquerda, centrais sindicais, artistas e intelectuais preparam uma grande manifestação no dia 15 de agosto em Brasília, dia em que a candidatura do ex-presidente Lula a presidente será registrada no TSE; "É muito importante a movimentação que estamos fazendo aqui fora pela afirmação da candidatura de Lula. Queremos reunir milhares de pessoas no dia e, junto com o povo, confirmá-lo na disputa", diz a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT; apoiadores de Lula farão uma marcha que deve sair da cidade de Luziânia três dias antes e terminar com grande ato na capital federal que deve reunir milhares de pessoas
247 - Movimentos sociais, partidos de esquerda, centrais sindicais, artistas e intelectuais preparam uma grande manifestação no dia 15 de agosto em Brasília, dia em que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a presidente será registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os apoiadores de Lula farão uma marcha que deve sair da cidade de Luziânia três dias antes e terminar com grande ato na capital federal que deve reunir milhares de pessoas. 
A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, defendeu a mobilização para registrar a candidatura de Lula. "É muito importante a movimentação que estamos fazendo aqui fora pela afirmação da candidatura de Lula. Queremos reunir milhares de pessoas no dia e, junto com o povo, confirmá-lo na disputa", conta Gleisi.
Sobre o encontro recente que teve com Lula em Curitiba, Gleisi tratou de animar a militância. "Ele está com a cabeça ótima, com a saúde de um garoto de 25 anos. Mais do que indignado pela atuação do Judiciário ele está preocupado com a situação do Brasil. Das crianças brasileiras, com a falta de autonomia do governo, a soberania do país, com a falta de respeito perante o mundo, com a economia. O povo tem que voltar a ter confiança. É isso que ele quer. O povo sabe porque nós já fizemos isso", acrescenta.
Um dos organizadores do ato, Alexandre Conceição, que pertence à coordenação Nacional do MST, explica a importância da manifestação em defesa de Lula candidato. "Queremos convocar todos aqueles que acreditam na inocência do Lula e que estão na luta contra o golpe e os ataques à democracia. A marcha é um recado de paz para o Brasil", explica , um dos 
Para a vice-presidenta Nacional da CUT, Carmen Foro, além do peso simbólico de sair às ruas em defesa de um candidato que lidera todas as pesquisas mesmo mantido como preso político, o ato também é estratégico. "Não há como fazer justiça sem ouvir o que o povo quer. E as propostas de Lula estão em sintonia com o desejo da maioria. No ato, vamos estar todos juntos nas ruas de Brasília em sua defesa", espera.


Militantes preparam greve de fome por Lula Livre


O recrudescimento da violência judicial escancarada que acelera e intensifica o cerco aos direitos básicos e fundamentais do ex-presidente Lula atingiu um ponto extremo: 11 militantes de movimentos sociais darão início a uma greve de fome em apelo à libertação de Lula; o processo será deflagrado este mês e tem o respaldo da direção do PT; a mobilização dar-se-á em Brasília, às margens do STF; possibilidade de o próprio Lula fazer greve de fome não está descartada
247 – O recrudescimento da violência judicial escancarada que acelera e intensifica o cerco aos direitos básicos e fundamentais do ex-presidente Lula atingiu um ponto extremo: 11 militantes de movimentos sociais darão início a uma greve de fome em apelo à libertação de Lula. O processo será deflagrado este mês e tem o respaldo da direção do PT. A mobilização dar-se-á em Brasília, às margens do STF (Supremo Tribunal Federal). Possibilidade de o próprio Lula fazer greve de fome não está descartada.
A memória política do país não nega: em sua prisão arbitrária e violenta dos anos 80, o ex-presidente Lula foi obrigado a fazer uma greve de fome em forma de protesto para chamar a atenção da sociedade e da justiça, à época alinhada ao golpe militar e às violências de estado.
Após a carta de Lula publicada ontem, muito mais emocional que as anteriores, e a cada dia que passa diante da clareza de um Supremo Tribunal seletivo, dividido, pressionado e acovardado, o processo político brasileiro vai afunilando de maneira dramática e irreversível.
O fracasso retumbante do golpe e dos candidatos do golpe ornam com a situação paradigmática de horror que Michel Temer, Sergio Moro e PSDB produziram no país após a derrota de Aécio Neves. De um lado, o governo acelera a devastação institucional e logística da governança (que deverá sofrer um processo de recuperação inédito após a saída do governo golpista e tomado por toda a sorte de incompetências gerenciais).
Esse cenário em seu conjunto precipita uma aceleração do drama político-social brasileiro, com ações extremadas como a greve de fome da militância progressista. A sequência disso pode não ser a retomada da democracia, mas o seu exato contrário.
“Após as seguidas derrotas no STF e os sinais de que a presidente da corte, Cármen Lúcia, não pautará ações que pedem a revisão da prisão após segunda instância até setembro, 11 militantes de movimentos sociais ligados ao PT começarão uma greve de fome em apelo à libertação do ex-presidente Lula. O protesto será deflagrado no fim deste mês e tem o respaldo da direção do partido. Os manifestantes prometem acampar em Brasília até que a situação do petista seja reavaliada.
A ação extremada faz parte de uma série de movimentos que o PT vai promover para tentar reverter a prisão de Lula. O partido quer entregar um abaixo-assinado a tribunais superiores em 15 de agosto, quando haverá ato para o registro da candidatura do petista.”


Garzón: perseguição judicial a Lula, Correa e Kirchner é “traição à democracia e à sociedade”


Para o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, conhecido mundialmente por pedir a extradição do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, as instituições judiciais da América Latina estão sendo usadas "como armas para tomar parte em relação a determinados grupos ou indivíduos", diz em referência à perseguição contra os ex-presidentes Rafael Correa, do Equador, Cristina Kirchner, da Argentina, e Lula, no Brasil; "O caso de Lula é paradigmático. O de Cristina e Correa, iguais", ressaltou
Sputnik - Na terça-feira (3), a Justiça do Equador autorizou a prisão preventiva do ex-presidente Rafael Correa. O ex-juiz espanhol Baltasar Garzón compartilhou com a Sputnik sua opinião sobre o atual estado da Justiça na América Latina e seu papel na perseguição política.
Acusado pela tentativa de sequestro do ex-deputado opositor Fernando Balda em 2012, Correa está repetindo o destino de Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner.
Para Baltasar Garzón, ex-juiz mundialmente conhecido por pedir a extradição do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, os casos mencionados até podem ser considerados "uma traição à democracia e à sociedade".
"Não se deve utilizar as instituições — e muito menos a Justiça — como armas para tomar parte em relação a determinados grupos ou indivíduos", afirmou o juiz iminente à Sputnik Mundo.
Garzón acha muito triste o fato de haver "esta submissão à oportunidade política de mudar", especialmente por meio de "investigações conjunturais, sem elementos".
O ex-juiz espanhol acredita que as pessoas devem ter a confiança que quaisquer que seja sua visão política, sejam tratadas pela Justiça de modo igualitário, mas por enquanto isso acontece ao contrário.
"Pensávamos que na América Latina isso já havia sido superado, mas se torna preocupante novamente. O caso de Lula é paradigmático. O de Cristina e Correa, iguais", ressaltou.
O interlocutor da Sputnik acha que os processos que estão acontecendo na Justiça da América Latina são pouco confiáveis e estão, sem dúvida, contaminados e "há certas estruturas transnacionais que veem em risco seu poder perante ao fato de poderem voltar a governar pessoas que apoiam os mais vulneráveis", opinou.
Segundo Garzón, agora na América do Sul tentam responsabilizar as pessoas sem manchas na reputação por todos os males.
"Não acuso ninguém em particular, mas o que eu digo é que temos que fazer uma profunda reflexão para poder recuperar o lugar que corresponde ao Poder Judiciário".

FUP: suspensão de venda de refinarias é batalha vencida, mas guerra continua


O anúncio pela Petrobras de que suspendeu as privatizações de importantes refinarias foi comemorado pelos petroleiros como importante vitória contra a venda de ativos da estatal; "Foi vencida uma batalha, mas a guerra continua", afirma o diretor de Assuntos Jurídicos e Institucionais da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar; segundo ele, a mobilização da categoria deve continuar
Por Eduardo Maretti, Rede Brasil Atual - O anúncio pela Petrobras de que suspendeu as privatizações de importantes refinarias foi comemorado pelos petroleiros como importante vitória contra a venda de ativos da gigante brasileira, parte fundamental de política do governo Michel Temer. A decisão foi tomada em consequência de decisão cautelar do Ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que na semana passada vetou a venda de empresas públicas sem autorização do Legislativo.
A companhia informou que a "formação de parcerias em refino, divulgadas em abril deste ano, compreendem a alienação de 60% das refinarias Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, e Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, no Nordeste, além das refinarias Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, e Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná". A oferta, explicou a estatal, engloba ainda ativos de transporte e logística integrados a estas unidades.
"Foi vencida uma batalha, mas a guerra continua", afirma o diretor de Assuntos Jurídicos e Institucionais da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar. Segundo ele, a vitória representada pela decisão do ministro Lewandowski e o recuo da Petrobras nas privatizações trazem otimismo, mas a mobilização deve continuar. A liminar foi obtida a partir da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.624, ajuizada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
"Entendemos que a pressão do movimento sindical, da classe trabalhadora e da sociedade brasileira ajudaram Lewandowski a tomar a decisão. Quando ele fala em soberania nacional e defende esse principio constitucional na liminar, isso vai ao encontro do que estamos denunciando praticamente desde 2015, quando houve uma mudança brusca no plano de negócios e gestão da Petrobras", lembra o dirigente.
Porém, do ponto de vista jurídico, a luta "precisa continuar" tendo em mente o próprio STF. "A ministra Cármen Lúcia pode colocar em votação (a liminar de Lewandowski) no pleno do Supremo a qualquer momento. Esperamos que não ocorra pelo menos antes da eleição e que essa decisão em liminar seja mantida", diz Bacelar.
O ministro Lewandowski convocou, na sexta-feira (29), audiência pública para debater a privatização de empresas estatais de capital aberto no país. As inscrições para participantes vão até o dia 31.
Fundos abutres

Outro anúncio feito pela Petrobras nesta terça-feira foi de que ela fez, um dia antes, o depósito da segunda parcela relativa ao "acordo" para pôr fim à ação coletiva (class action) movida nos Estados Unidos por investidores da empresa, decorrente, segundo eles, de perdas provocadas pelo suposto envolvimento da companhia em corrupção, conforme a Operação Lava Jato. O valor da parcela é de US$ 983 milhões.

"A class action movida por investidores norte-americanos da estatal traz prejuízo enorme para o povo brasileiro. Estamos falando de R$ 10 bilhões que a empresa, infelizmente, reconhece e paga sem nenhum julgamento", diz Deyvid Bacelar. "É um absurdo que a Petrobras pague a fundos abutres um valor como esse, por um crime e ilicitudes que não cometeu."
A avaliação do dirigente é a de que a estatal é que foi vítima em todo o processo, principalmente pelo "ataque do Judiciário brasileiro à Petrobras". "Tiveram apoio dos Estados Unidos, que está recebendo agora o pagamento por esse apoio à Lava Jato. O WikiLeaks e Edward Snowden revelaram treinamento de policiais federais e membros do Ministério Público por agentes da CIA, e do próprio juiz Sérgio Moro, que fez treinamento com eles."
Mobilização

A FUP e entidades integrantes do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas definiram a próxima quinta-feira (5) como o "Dia Nacional em Defesa das Empresas Públicas e da Soberania Nacional".

Segundo as entidades, não só a liminar obtida pela Fenae e pela Contraf-CUT no STF contra privatizações sem a autorização do Legislativo, mas também a suspensão do leilão da Lotex e das distribuidoras da Eletrobras "são fruto da organização coletiva e da união de forças das entidades, foi a avaliação do grupo".


Imprensa estrangeira repercute 'jeitão' de Tite em entrevistas


Estilo 'encantador de serpentes' do treinador brasileiro agora está na vitrine internacional

Marko Djurica/Reuters
No Brasil, o modo paciente, direto e muitas vezes pregador do técnico Tite durante as entrevistas ganhou até apelido: Titebilidade. Com a Copa do Mundo, o treinador da seleção brasileira passa a estar na vitrine também da imprensa internacional, que o acompanha nas coletivas concedidas após treinos e jogos da equipe nacional. As percepções dos jornalistas estrangeiros variam, mas a maior parte é positiva ao comandante.
"Já ouvi um jornalista inglês dizer que Tite tem a imprensa brasileira na palma da mão. Não sei se é tanto assim. Mas não acho que isso seja por acidente. Ele tem um charme", disse ao Extra o irlandês Joe Callaghan, do canadense Toronto Star.
A famosa ironia britânica foi utilizada pelo jornalista Barney Ronay em matéria para o jornal The Guardian: "Tite fala por tanto tempo e de forma tão apaixonada, que depois de alguns instantes você começa a se perguntar sobre o fechamento do metrô ou do crescente perigo de desidratação".
Da emissora italiana Mediaset, a jornalista Francesa Benvenuti se rendeu. "Ele é um personagem fascinante, sua dialética encanta e eu realmente gosto da relação direta e confidencial que ele tem com a maioria dos jornalistas. Eu também gosto muito de sua característica emocional: na minha opinião, no futebol moderno, um técnico deve, acima de tudo, saber administrar as relações humanas, entender seus jogadores, saber como se relacionar com a mídia. Tite faz tudo isso."
Notícias ao Minuto

Reforma trabalhista: desemprego mais alto, salários mais baixos e direitos exterminados


A reforma trabalhista prometeu e foi aprovada sob o discurso de que, sem os encargos dos empresários, os salários iriam subir e o trabalhador iria ter um incremento em seus proventos; pois o que houve foi exatamente o contrário: em um ano de reforma, o salário do trabalhador brasileiro já caiu 14 reais em média
247 - A reforma trabalhista De Temer e Meirelles prometeu e foi aprovada sob o discurso de que, sem os encargos dos empresários, os salários iriam subir e o trabalhador iria ter um incremento em seus proventos. Pois o que houve foi exatamente o contrário: em um ano de reforma, o salário do trabalhador brasileiro já caiu 14 reais.
“Pode parecer pouco para a classe média, mas é muito significativo para quem ganha um salário mínimo”, afirmou. Ele fez as declarações ao participar de seminário, na Câmara dos Deputados, com o tema “Impactos da Aplicação da Nova Legislação Trabalhista no Brasil”. O analista afirmou que tanto o poder Executivo quanto o Legislativo “têm culpa no cartório” ao, respectivamente, propor e aprovar uma reforma trabalhista que surtiu efeito “inverso” ao prometido. Santos disse que não houve crescimento de emprego no período de janeiro a março deste ano, quando a nova lei já estava em vigor. “Se o objetivo era dinamizar a economia e modernizar as relações de trabalho para se encarar novos desafios, isso ainda não teve o efeito necessário.”
Na avaliação do Diap, a reforma trabalhista resultou na precarização das relações de trabalho. “Os contratos intermitentes, por exemplo, devem ocorrer apenas para áreas em que é realmente necessário, mas, da forma como está posto na lei, é muito abrangente e vale para todos - a ponto de os empregadores, de forma irracional, quererem demitir trabalhadores fixos e contratá-los como temporários”, disse (Leia mais aqui).
O cenário de perda de renda, desemprego e, ainda, do baixíssimo nível de crédito foi reconhecido pelo próprio Banco Central, conforme reportagem do 247 veiculada nesta terça (3). Relata a reportagem (a íntegra aqui):

Num estudo inserido no relatório de inflação de junho, o Banco Central estudou o comportamento de diferentes componentes da demanda privada nos últimos ciclos de retração e recuperação do Brasil. O estudo comparou os ciclos de 1999, 2001, 2003, 2009 e o atual. Em cada um deles, foi identificado o momento no qual a economia começou a sair do buraco e onde ela estava cinco trimestres após, segundo diferentes indicadores.
O estudo (veja o quadro abaixo) mostra que a suposta retomada atual é irrisória diante dos outros ciclos. Os números de geração de emprego são os piores de todos os ciclos, com um agravante: o estudo não leva em conta a qualidade dos (poucos) empregos criados após a reforma trabalhista, com remunerações e condições contratuais muito inferiores às até então existentes. No caso do crédito, só o cenário de 2001 foi pior que o de agora.