segunda-feira, 25 de junho de 2018

Banco Central começa a queimar reservas que Lula e Dilma fizeram


Sob o comando de Ilan Goldfajn, o Banco Central começa a queimar as reservas internacionais de US$ 382,5 bilhões que os governos dos presidentes Lula e Dilma acumularam; nesta segunda, o BC anunciou a venda de US$ 3 bilhões, uma espécie de "bolsa-Miami", que visa estabilizar a cotação do dólar; é mais um retrocesso do governo golpista
247 - Sob o comando de Ilan Goldfajn, o Banco Central anunciou nesta segunda-feira (25) que vai começar a usar dinheiro das reservas internacionais do Brasil, atualmente em US$ 382,5 bilhões, e acumuladas durante os governos Lula e Dilma Rousseff, na tentativa de conter a alta do dólar.
O BC vai vender a moeda americana diretamente no mercado, em vez de fazer uma venda futura, como fazia até agora. Primeira venda será de US$ 3 bilhões.
Na prática, o BC quer aumentar a quantidade da moeda norte-americana circulando e, com isso, conter a sua alta. Trata-se da lei da oferta e da procura. Se há mais dólar disponível na economia, o seu preço tende a ser menor.
Nesta segunda-feira, a instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) continuam reduzindo a projeção de crescimento da economia e aumentando a estimativa para a inflação. Projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,88% para 4% neste ano. Projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1,76% para 1,55% na oitava redução seguida. 
Já sobre o dólar, a previsão dos economistas para a cotação passou de R$ 3,63 para R$ 3,65 no fim deste ano, e permanece em R$ 3,60 para o fim de 2019.


Defesa de Lula insiste com Fachin que recurso seja julgado nesta terça


A defesa do ex-presidente Lula pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin que o pedido de liberdade seja julgado na sessão desta terça-feira (26) da Segunda Turma da Corte; os advogados de Lula também pedem que o ministro reconsidere decisão que rejeitou analisar o caso
Por André Richter, repórter da Agência Brasil - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu há pouco ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin que o pedido de liberdade seja julgado na sessão de amanhã (26) da Segunda Turma da Corte. Os advogados de Lula também pedem que o ministro reconsidere decisão que rejeitou analisar o caso.
No novo pedido, a defesa alega que Lula está preso ilegalmente há 80 dias e pede urgência no julgamento. "O dano concreto que se objetiva cessar é dirigido à liberdade do Agravante, custodiado na Superintendência Regional da Polícia Federal em Curitiba há 80 dias, mesmo a liberdade sendo bem jurídico de primeira importância em qualquer Estado Democrático de Direito", sustentam os advogados.
Na sexta-feira (22), Fachin rejeitou o pedido protocolado pela defesa do ex-presidente para aguardar em liberdade o julgamento de mais um recurso contra a condenação na Operação Lava Jato. Com a decisão, Lula continuou preso. A decisão foi tomada após a vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF 4), Maria de Fátima Freitas Labarrère, rejeitar pedido para que a condenação a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex em Guarujá (SP), um dos processos da operação, fosse analisado pela Corte.
Para o ministro, o resultado do julgamento do pedido de admissibilidade do recurso pelo TRF-4 impede o julgamento no STF.


Lula não quer prisão domiciliar, mas a liberdade que tem direito


Recado foi passado pelo pastor Ariovaldo Ramos, que visitou o ex-presidente nesta segunda-feira 25; ele comentou que Lula não se abalou com a manobra jurídica praticada na última sexta-feira pelo ministro Edson Fachin, do STF, e pelo TRF4; "Ele tem certeza da sua inocência, não quer indulto, não quer prisão domiciliar, ele quer a liberdade que tem direito como uma pessoa que foi vitimada pela injustiça", disse o pastor; assista
247 – O pastor Ariovaldo Ramos visitou o ex-presidente Lula na sede da Polícia Federal em Curitiba nesta segunda-feira 25 e disse ter encontrado “um homem forte, resiliente, que sabe que está sofrendo perseguição política, que está absolutamente convicto da sua inocência e que tem na sua força a perspectiva de ver o povo brasileiro a voltar a ter esperança”.
“Conversamos muito sobre a situação do Brasil e entendemos que a única explicação para tudo isso é o ódio que a elite brasileira tem em relação ao pobre, porque ninguém pode dizer que um governo popular não cresceu, não melhorou, não construiu empresa, vida nova...”, continuou o líder religioso, que informou que “os eleitores evangélicos em favor do Lula estão crescendo cada dia mais, conscientes de que há uma perseguição política e não há provas”.
Ariovaldo disse ainda que o ex-presidente “tem certeza da sua inocência, não quer indulto, não quer prisão domiciliar”. “Ele quer a liberdade que tem direito como uma pessoa que foi vitimada pela injustiça”, completou. Nos últimos dias foram divulgados rumores de que o STF já teria maioria para decidir pela prisão domiciliar de Lula, mas o recurso que ocorreria nesta terça foi arquivado pelo ministro Edson Fachin.
A respeito da manobra do ministro do Supremo, juntamente com o TRF4, de Porto Alegre, o pastor avaliou como “mais uma manobra midiática”. “Mas isso não o abalou”, acrescentou, em referência a Lula. “Continua firme no seu propósito, na sua consciência de servidor público, de alguém que serve à nação, aos pobres. Ele não se surpreende de estar ainda sob perseguição política”.


Moro manda para Justiça Eleitoral inquérito contra Richa, mas quer investigar corrupção

Esq:. Pedro de Oliveira-ALEP / Dir:. Marcelo Camargo/ABr

Após ordem do STJ, Sérgio Moro enviou a investigação contra o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) para a Justiça Eleitoral; Moro diz esperar que a Corte Eleitoral "devolva os autos oportunamente para o prosseguimento das investigações por crime de corrupção, lavagem e fraude à licitação"
Paraná 247 - Após ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Sérgio Moro enviou nesta segunda-feira (25) a investigação contra o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) para a Justiça Eleitoral. Moro diz esperar que a Corte Eleitoral ‘devolva os autos oportunamente para o prosseguimento das investigações por crime de corrupção, lavagem e fraude à licitação’.
"Não se trata de ‘mero caixa dois’ de campanha, mas sim, de pelo menos em cognição sumária, pagamento de vantagens financeiras por solicitação de agente público, no caso, o ex-chefe de Gabinete do então governador, em troca da prática ou da omissão de ato de ofício", assinalou Moro. 
Moro citou o departamento de propinas da empreiteira Odebrecht e a campanha de Beto Richa em 2014. "Por outro lado, cumpre agregar que até o momento não há qualquer elemento probatório que permita concluir que os valores supostamente pagos pelo Setor de Operações Estruturadas foram destinados, no caso concreto, ao financiamento de campanhas eleitorais, ausente, portanto, mínima prova do artigo 350 do Código Eleitoral", acrescentou. Os relatos foram publicados no blog do Fausto Macedo.
Em maio, Moro mandou investigar suposto acerto de R$ 4 milhões da Odebrecht para "Richa e associados". O valor teria sido pago "em troca do favorecimento da empreiteira em licitação para duplicação da PR 323, tudo isso durante o ano de 2014".
O STJ informou a Moro que a cópia do inquérito encaminhada a ele deveria ser, "imediatamente", enviada à Justiça Eleitoral de primeiro grau, "a quem caberá avaliar se há competência exclusiva ou concorrente", mas, em sua decisão, ele diz que o STJ "não teve, aparentemente, presente as provas produzidas desde o recebimento de cópia do inquérito".
Em nota, a defesa de Richa disse que a "decisão unânime da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça é juridicamente perfeita e justa ao reconhecer a competência exclusiva da Justiça Eleitoral, onde os fatos serão devidamente esclarecidos, e afastando qualquer hipótese de pagamento de vantagens indevidas".