sábado, 2 de junho de 2018

Engenheiros da Petrobras condenam gestão de Pedro Parente: saiu sem explicar gestão entreguista

 (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)

A Associação dos Engenheiros da Petrobras divulgou nota em que cobra explicações de Pedro Parente sobre sua gestão, na visão da entidade lesiva aos interessa da Petrobras e à sociedade brasileira. Segue a íntegra da nota:
PEDRO PARENTE saiu sem explicar porque a PETROBRÁS, sob seu comando, vinha praticando preços internacionais para os combustíveis, não obstante produzir e refinar petróleo no Brasil.
PEDRO PARENTE não explica porque tentou privatizar a PETROBRÁS DISTRIBUIDORA segunda maior empresa do BRASIL. Também não esclareceu a operação de venda da LIQUIGÁS, do setor GLP, vetada pelo CADE e a venda de mais de 2.000 km de gasodutos, com comprovados prejuízos para a companhia.
Construiu a ignorância sobre a PETROBRÁS e a deixa sem responder:
Por que manter preços no mercado interno acima dos internacionais, viabilizando a importação por concorrentes, enquanto a estatal perde participação no mercado e suas refinarias ficam ociosas?
Por que vender ativos valiosos, sem concorrência, em negociatas diretas, ao arrepio da lei, ao mesmo tempo em que a empresa mantém em caixa somas astronômicas, sempre superiores a US$ 20 bilhões?
Por que atender pleitos de fundos abutres americanos adiantando R$ 10 bilhões antes da conclusão do processo, ao mesmo tempo em que nega responsabilidade no déficit da Petros?
Por que atuou sempre no sentido de dar apoio aos que denegriam o nome da companhia divulgando falácias de que ela teria passado por problemas financeiros e nunca realçando a importância do pré-sal para a PETROBRÁS e o Brasil?
O demissionário mostra desprezo pela verdade ao afirmar na carta ao PRESIDENTE TEMER que “A empresa passava por graves dificuldades sem aporte de capital do tesouro, que na ocasião se mencionava ser indispensável e da ordem de dezenas de bilhões de reais”. Ao receber o comando como presidente encontrou caixa de R$ 100 bilhões, cerca de US$ 28 bilhões na época. O índice de liquidez corrente – acima de 1,50 – e a geração operacional de caixa superior aos US$ 25 bilhões por ano demonstram que a companhia tinha plenas condições de cumprir com seus compromissos.
O Sr. PARENTE derrete-se em elogios ao Conselho de Administração esquecendo-se que a contribuição mais expressiva e definitiva é a dos milhares de empregados.
“A PETROBRÁS é hoje uma empresa com reputação recuperada”, afirmação carregada de vaidade, jactância. A reputação da PETROBRÁS jamais foi abalada por práticas. CONDENAVEIS, REPULSIVAS DE POLÍTICOS CORRUPTOS, EMPRESÁRIOS DESONESTOS E BANDIDOS QUE NÃO SOUBERAM HONRAR A CAMISA DA PETROBRÁS.
PEDRO PARENTE finge desconhecer os graves equívocos no plano de negócios e gestão/planejamento estratégico, elaborado por sua orientação, vendendo gasodutos e termelétricas, ativos que monetizam e agregam valor ao gás natural, sabidamente combustível de transição para uma economia mais limpa. Retirando a companhia da Petroquímica, renunciando à produção de Biocombustíveis, etanol e biodiesel, abandonando empreendimentos do Refino e da produção de Fertilizantes. Decisões que já resultam em prejuízo na geração operacional de caixa e comprometem a segurança energética e alimentar do País.
Quanto à afirmação de que “me parece assim, que as bases de uma trajetória virtuosa para a PETROBRÁS estão lançadas”, nada mais falso. Em apenas dois anos PEDRO PARENTE vendeu, em processo tortuoso, marcado por muitos questionamentos na justiça, dezenas de bilhões, em ativos rentáveis, estratégicos, desintegrando a companhia.
Ao afirmar que “a política de preços da PETROBRÁS, sob intenso questionamento”, mais uma vez sofisma, tergiversa. A PETROBRÁS jamais praticou esta política. PARENTE deveria classificá-la como política da gestão PARENTE. Perversa, desastrada, entreguista. Ela só beneficia aos refinadores estrangeiros, “traders” multinacionais e importadores concorrentes da PETROBRÁS. Acarreta gastos desnecessários, de bilhões de dólares, impactando o balanço de pagamentos. Mantém ociosas nossas refinarias. Traz de volta o carvão e a lenha, formas rudimentares de energia, devido aos escorchantes preços do GLP. Arranha a imagem da PETROBRÁS. Política de PARENTE e não da PETROBRÁS.
O missivista é um arrivista na indústria do petróleo. Parte. Não deixa saudades para os PETROLEIROS. Talvez para os grupos estrangeiros, especuladores e oportunistas, ávidos pelo controle dos ativos da PETROBRÁS, vendidos a preços de fim de feira.
A mensagem de PARENTE, alinhada com a histeria de certos segmentos do “MERCADO” é uma condenação absurda e maliciosa da política. A PETROBRÁS é uma ESTATAL, sociedade de economia mista, pertence ao povo brasileiro. Tem uma missão que não se esgota no pagamento de dividendos. O MERCADO DE AÇÕES pode ser importante para os especuladores. Muito mais importante para a nossa PETROBRÁS é a SOBERANIA NACIONAL. São as contribuições da PETROBRÁS para o desenvolvimento econômico, social e tecnológico do BRASIL. Sua segurança energética. É preciso adotar a boa Política. Ela ainda é praticada por alguns. Estes podem ajudar a PETROBRÁS a cumprir sua nobre missão. Dos politiqueiros, dos que alugam os mandatos, dos que conquistam o poder por usurpação, e ou fraudes, os PETROLEIROS com os BRASILEIROS querem distância.
Queremos livrar a PETROBRÁS da herança deixada por PEDRO PARENTE, sua POLÍTICA DE PREÇOS antinacional e seu PLANO DE NEGÓCIOS entreguista e privatista.
ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS DA PETROBRÁS (AEPET), 01/06/2018
AEPET, junho de 2018


Temer demite indicados do PTB presos em operação da PF


Dois parentes do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) estão na lista de demitidos

Paulo Whitaker / Reuters
O presidente Michel Temer exonerou nesta sexta (1º) três dos alvos da operação Registro Espúrio, da Polícia federal, que apura fraudes no Ministério do Trabalho. Dois parentes do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) estão na lista de demitidos: Leonardo Arantes, que era secretário-executivo da pasta, e Rogério Papalardo Arantes, que era diretor do Incra.
Ambos tiveram a prisão decretada pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal). As exonerações dos parentes do parlamentar foram registradas como "a pedido".
Daniel Vesely, que era diretor na Embratur e foi preso pela PF, também perdeu o posto. As demissões foram publicadas em edição extra do Diário Oficial. Com informações da Folhapress.
Notícias ao Minuto

Veja ataca senador Alvaro Dias com falsas notícias


O site "Justiça em Foco" obteve com exclusividade acesso a uma certidão fornecida pela SISCART/RJ que contraria todas as informações publicadas em 15 de março pela revista Veja, que acusou o senador Alvaro Dias de ter cobrado R$ 5 milhões do empresário Samir Assad
247 - O senador e pré-candidato à Presidência da República, Alvaro Dias (Podemos), foi alvo de notícias falsas da Revista Veja, segundo informou o site "Justiça em Foco". Uma reportagem da revista afirmou que Alvaro cobrou R$ 5 milhões do empresário Samir Assad para abafar a chamada “CPI do Cachoeira”.  
O site "Justiça em Foco" obteve com exclusividade acesso a uma certidão fornecida pela SISCART/RJ (Sistema Cartorário da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro/RJ) ao processo nº 186/2016, que contraria todas as informações publicadas em 15 de março pela Veja.     

  
A reportagem do site Justiça em Foco afirma que a certidão deixa clara a seguinte informação: “constatamos a existência de (03) inquéritos Policiais, em distintas delegacias especializadas, registrados sob o nº 186/2016, sendo que nenhum deles envolve o senador Álvaro Dias”.



Eleições deste ano terão mais de 100 candidatos abertamente LGBT+


Há concorrentes para a Congresso, câmaras estaduais e uma pré-candidata a governo estadual

Daniel Becerril/Reuters
As eleições deste ano terão 106 concorrentes que se declaram gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais, segundo levantamento da Aliança LGBTI. As informações foram publicadas nesta sexta-feira (1º) na coluna Expresso, do site da revista Época.
A lista de cinco pessoas que tentarão uma vaga no Senado, 36 na Câmara dos Deputados, 57 em assembleias estaduais e sete na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Única pessoa da lista a concorrer a uma vaga de governo estadual, Sara Azevedo (PSOL) é pré-candidata em Minas Gerais.
Notícias ao Minuto

Petrobras anuncia aumento de 2,25% no preço da gasolina nas refinarias


Alteração de preço vale a partir deste sábado (2)

REUTERS/Sergio Moraes
A Petrobras eleva em 2,25% o preço da gasolina nas refinarias a partir deste sábado (2). Com a alta, o litro do combustível passará de R$ 1,9671 para R$ 2,0113. Segundo informações do G1, esta é a segunda alta seguida após uma sequência de cinco quedas.
Na última quarta-feira (30), a petroleira anunciou aumento de 0,74% na gasolina. No dia anterior, os preços tinham sido reduzidos em 2,84%. O preço do combustível teve 14 altas e seis quedas desde o início do mês.
Diesel
Já o diesel permanece com preço fixo de R$ 2,1016 o litro nas refinarias até 7 de junho, seguindo o programa de subvenção ao combustível anunciado pelo governo, que prevê redução de R$ 0,46 no preço do combustível por 60 dias.
Notícias ao Minuto

53 empresas financiaram o golpe de 64


Comissão Nacional da Verdade (CNV) identificou civis e empresas que colaboraram com o regime militar; documento enumera 53 empresas, tanto estrangeiras quanto nacionais e de portes variados, que contribuíram de alguma forma com a concretização do golpe de 1964. Entre elas estão: Volkswagen, Johnson & Johnson, Esso, Pirelli, Texaco, Pfizer e Souza Cruz
247 - A Comissão Nacional da Verdade (CNV) identificou civis e empresas que colaboraram com o regime militar, informa H. Mendonça, em El Pais.
"O documento enumera 53 empresas, tanto estrangeiras quanto nacionais e de portes variados, que contribuíram de alguma forma com a concretização do golpe de 1964. Entre elas estão: Volkswagen, Johnson & Johnson, Esso, Pirelli, Texaco, Pfizer e Souza Cruz. Já durante o período militar, a CNV destaca, entre as ações mais nocivas à luta dos trabalhadores por seus direitos, o poderoso sistema de controle e vigilância em fábricas e empresas, que repassavam 'listas negras', com nome de trabalhadores, diretamente a órgãos de repressão. Segundo testemunhos, o operário que entrasse, por exemplo, com um jornal considerado 'estranho' debaixo do braço era imediatamente posto sob vigilância. De acordo com a Comissão, recursos de autoridades civis também ajudaram na montagem do Departamento de Ordem Político e Social (DOPS) paulista".


Pedro Breier: políticas do PT para a Petrobras estavam certas


"As políticas do PT para a Petrobras estavam certas, vejam vocês", escreve Pedro Breier, n'O Cafezinho; "A realidade se encarregou de evidenciar que a política de conteúdo nacional e a forte presença do Estado no gerenciamento e na exploração dos campos de petróleo, assim como na definição do preço dos combustíveis, são essenciais para que a empresa cumpra seu papel primordial de servir à população do Brasil"
247 - "As políticas do PT para a Petrobras estavam certas, vejam vocês", escreve Pedro Breier, n'O Cafezinho. "A realidade se encarregou de evidenciar que a política de conteúdo nacional e a forte presença do Estado no gerenciamento e na exploração dos campos de petróleo, assim como na definição do preço dos combustíveis, são essenciais para que a empresa cumpra seu papel primordial de servir à população do Brasil. O governo colocado no poder pela Lava Jato e pela mídia demonstrou espetacularmente o potencial destrutivo do liberalismo econômico para o país. O descontrole nos preços, a desnacionalização da produção de derivados de petróleo e a privatização aos pedaços da Petrobras geraram simplesmente o caos".

No caos de Parente, “Era Lula” obtém maior índice de positividade, diz pesquisa


Levantamento IP Brasil Opinião, da consultoria .Map sobre o sentimento de positividade em relação ao Brasil, mostra que os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguem bem avaliados pela população brasileira; de acordo com o IP Brasil Opinião, realizado durante a greve dos caminhoneiros, era Lula foi o que obteve o maior Índice de Positividade, com 74%, seguido por "candidatos" com IP de 67% e intervenção militar, 35% de positividade; sentimento de positividade em relação ao País ficou apenas 8%
247 - Levantamento IP Brasil Opinião, da consultoria Map sobre o sentimento de positividade em relação ao Brasil, mostra que os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguem bem avaliados pela população brasileira. 
De acordo com o IP Brasil Opinião, realizado durante a greve dos caminhoneiros, candidatos, intervenção militar, imprensa e era Lula foram outros quatro temas da atualidade abordados. De todos eles, a era Lula foi o que obteve o maior Índice de Positividade, com 74%, seguido por "candidatos" com IP de 67% e intervenção militar, 35% de positividade.
A greve dos caminhoneiros derrubou o sentimento de positividade em relação ao país para inéditos 8% ou visto de outro ângulo, elevou a percepção negativa do Brasil a 92%.
O IP Brasil vai de 0% a 100%. Quanto mais próximo de 100%, mais positiva a avaliação da opinião pública e de formadores de opinião sobre o tema em discussão.
As informações são do jornal Valor Econômico


Moro manda soltar operador do MDB e réu confesso da Lava Jato


Sérgio Moro mandou soltar Mário Miranda, apontado como operador de propinas do MDB e réu confesso da Lava Jato; Miranda foi o alvo principal da Operação Dejà Vu, 51ª fase da Lava Jato, e confessou crimes e colocou à disposição da Justiça o equivalente a US$ 7,2 milhões em valores repatriados que estavam depositados em bancos na Suíça
247 - O juiz federal Sérgio Moro mandou soltar Mário Miranda, apontado como operador de propinas do MDB e réu confesso da Lava Jato. Miranda foi o alvo principal da Operação Dejà Vu, 51ª fase da Lava Jato e confessou crimes e colocou à disposição da Justiça o equivalente a US$ 7,2 milhões em valores repatriados que estavam depositados em bancos na Suíça.
Miranda confessou em seu depoimento, que a origem dos recursos foi originária de "práticas ilícitas em contratos da Petrobrás". Segundo os investigadores, o contrato investigado – de US$ 825 milhões – teria rendido propinas de US$ 40 milhões ao MDB.
"Considerando que R$ 6.129.355,34 já foram depositados na conta judicial, expeça-se o alvará de soltura em relação a Mario Ildeu de Miranda, bem como o termo de compromisso com as cautelares. Deverá subscrever no prazo de cinco dias os formulários necessários para a renúncia dos valores bloqueados no exterior e repatriação dos mesmos junto ao Ministério Público Federal", destacou Moro na sentença.


Sem Parente, mídia faz lobby por privatização


Frustrada com a queda de Pedro Parente, que deixou um rastro de destruição no Brasil, com prejuízos de R$ 75 bilhões em vários setores da economia, a mídia associada ao golpe de 2016, que foi movido a petróleo, agora tem uma proposta ainda pior: a venda total da Petrobras; é o que sugere a revista Veja que circula neste fim de semana; entreguismo também defendido pela Folha, que destaca artigo pela venda não só da Petrobras, mas de todas as estatais do País
247 - Frustrada com a queda de Pedro Parente, que deixou um rastro de destruição no Brasil, com prejuízos de R$ 75 bilhões em vários setores da economia, a mídia associada ao golpe de 2016, que foi movido a petróleo, agora tem uma proposta ainda pior: a venda total da Petrobras. 
Neste fim de semana, a revista Veja traz em sua capa reportagem que diz que a Petrobras "não pode ser instrumento politico de governos", e destaca que dois presidenciáveis, Geraldo Alckmin e João Amoedo, defendem a privatização da estatal.
Já a Folha de S. Paulo traz em destaque artigo do diretor do Centro de Estudos em Crescimento da FGV, Roberto Castello Branco, com uma defesa veemente da entrega da Petrobras para o mercado. 
Num argumento catastrofista, Castello Branco defende não apenas a privatização da Petrobras, mas de todas as estatais do País, coisa que País como a Noruega jamais fariam. 
"É inaceitável manter centenas de bilhões de dólares alocados a empresas estatais em atividades que podem ser desempenhadas pela iniciativa privada, enquanto o Estado não tem dinheiro para cumprir obrigações básicas, como saúde, educação e segurança pública, que até mesmo tiveram recursos cortados para financiar o subsídio ao diesel", diz ele.


A aula de Dilma sobre a dolarização do petróleo e golpe na Petrobras


"Inventaram que a Petrobras estava quebrada para de fato reduzir a produção das refinarias, e reduziram. Hoje as refinarias do Brasil trabalham com capacidade ociosa. Antes tinha um grau de produção que beirava os 70%, às vezes chegava a 75%, oscilava. Por que isso? Com petróleo brasileiro, encontrado com capacidade tecnológica brasileira, não podemos aceitar que dolarizem o petróleo brasileiro", disse a presidente deposta; vídeo 
Do portal Vermelho  Dilma Rousseff esteve com Lula, em Curitiba, na quinta-feira (31) e, na saída da visita ao ex-presidente, deu uma aula sobre o que está acontecendo na Petrobras desde o (e em função do) golpe parlamentar de 2016.
Em suma, Dilma indicou que "inventaram que a Petrobras está quebrada" para promover o desmonte de uma série de políticas que fariam com que a estatal garantisse ao mercado brasileiro a autossuficiência em petróleo. O Brasil tem potencial para deixar de exportar petróleo bruto e importar derivados, fazendo um movimento no sentido contrário quanto ao produto refinado. 


Mas o governo Temer está caminhando para esvaziar a capacidade das refinarias do Brasil e, com isso, abrir caminho para que o petróleo internacional chegue ao mercado interno com preço absurdos.

Confira os principais pontos e declarações diretas abaixo:

Os governos do PT projetaram que a Petrobras, a partir da descoberta do pré-sal, teria condições de garantir ao País a autossuficiência no abastecimento. Isso significa não permitir que o Brasil estivesse sujeito à chamada "maldição do petróleo", que é exportar petróleo bruto a um gasto menor do que a importação dos demais bens derivados do petróleo.

Para impedir essa "maldição", Lula e Dilma lançaram mão de algumas políticas, com destaque para a expansão de refinarias e modernização das existentes.

A autossuficiência consiste na capacidade de, em vez de exportar óleo bruto, exportar sobretudo derivados de petróleo, ou seja, petróleo processado. Lula achou que o pré-sal tiraria esse projeto do papel. Outra ação dos antigos governos foi investir em "de conteúdo local mínimo": produzir no Brasil os equipamentos demandados pelas refinarias que poderia ser produzidos domesticamente. 

O governo Temer acabou com a política de conteúdo local e transformou o Brasil num paraíso para grandes empresas produtoras de petróleo e que fornecem derivados.

"Inventaram que a Petrobras estava quebrada para de fato reduzir a produção das refinarias, e reduziram. Hoje as refinarias do Brasil trabalham com capacidade ociosa. Antes tinha um grau de produção que beirava os 70%, às vezes chegava a 75%, oscilava."

"Por que isso? Com petróleo brasileiro, encontrado com capacidade tecnológica brasileira, não podemos aceitar que dolarizem o petróleo brasileiro." 

"Vocês nunca se perguntaram por que o petróleo brasileiro, com custos nacionais, produzido em real, tem que estar dolarizado ou ligado ao preço internacional do petróleo? Baseado em que? Diziam que a gente segurava os preços relacionados ao petróleo? Segurávamos em relação ao quê? Vamos discutir como se forma o preço do petróleo internacionalmente? É o livre mercado? É a oferta e demanda absolutamente límpida? Não. O mercado de petróleo é aquele que está eivado de pressões derivadas de guerra, jogo geopolítico."

"O mercado do petróleo é um mercado que, se você deixar que ele controle você, você deixa que interferências de outros países, de agentes que você não controla, definam o preço."

"Eles fazem isso porque é uma reivindicação dos acionistas minoritários. Quem são os acionistas majoritários? Somos nós, todos os brasileiros.