sábado, 26 de maio de 2018

‘Posição da esquerda é ser solidária’, diz Gleisi sobre manifestações

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Após o anúncio do Planalto de que faria uso de órgãos federais de segurança e das Forças Armadas para debelar manifestações de caminhoneiros, a presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Hoffman (PR), repudiou a medida, que afirma “agravar o equívoco do governo”. A petista se refere à proposta do governo para um acordo com os grevistas, baseada em isenções tributárias para o diesel e desonerações para o setor de transporte. A legenda lançou uma nota em que defende a política de preços mantida durante os governos Lula e Dilma, quando os ajustes eram feitos apenas anualmente.
Em entrevista ao Brasil de Fato, Hoffman ressaltou que a fórmula do governo não resolve o problema de outros derivados, como a gasolina e o gás de cozinha, e terá efeitos negativos em outras áreas da gestão pública. “O governo, ao propor subsídio e desoneração, não enfrenta o problema principal, que é a política de preços da Petrobras, que é nefasta para o povo brasileiro, considerando mais os grandes grupos financeiros acionistas do que a população, que é a maior acionista, já que se trata de uma empresa estatal. Vai tirar dinheiro de quem precisa, de políticas públicas e programas, para subsidiar o diesel”, diz.
A senadora paranaense não deixou de adentrar a polêmica sobre qual deve ser a posição das organizações de esquerda em relação à mobilização dos caminhoneiros. “O que nós estamos dizendo é que a saída não é a apontada pelo governo, nem por alguns setores do movimento. A postura do governo de empregar as forças federais de segurança é um fator de preocupação e intranquilidade. Agrava uma posição equivocada do governo. Em um caso desses, a posição da esquerda é ser solidária aos movimentos reivindicatórios que tem pautas justas”, afirma.
Alexandre Castilho, diretor do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo, afirma que é preciso compreender tanto os elementos que aproximam, quanto os que afastam as organizações populares e de esquerda da mobilização atual. Para ele, o papel delas é apontar um diagnóstico e uma proposta mais profundos do que as presentes.
“Nós temos uma pauta em comum: a necessidade de baixar os preços dos derivados do petróleo. A única diferença é que queremos atuar na origem do problema. Qual o caminho? Voltar a uma política de preços internos baixos, inviabilizando as importações, porque nosso preço é mais competitivo, aumentando a produção das refinarias. Nós podemos trabalhar com 95% da nossa carga e atender o mercado. Não arrecadar impostos fará com que outras áreas sejam prejudicadas, como a Previdência Social”, afirma, se referindo à proposta do governo de zerar o PIS/Cofins sobre o diesel.
Por conta da mobilização, os petroleiros devem adiantar o processo de articulação de uma greve originalmente prevista para junho, que deve incluir como pauta justamente o aumento da produção das refinarias da Petrobras, que hoje operam, em média, em 70% de sua capacidade. Por Rafael Tatemoto do Brasil de Fato.
Fonte: Sul21

Lula lidera em Minas, diz pesquisa


A Paraná Pesquisas informa que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera em Minas Gerais com 27,8% das intenções de voto.
O levantamento do instituto também indica que haverá segundo turno entre o petista e o deputado Jair Bolsonaro (PSL), que tem 23,4%.
Em terceiro lugar, aponta da sondagem, vem Marina Silva (Rede) com 11,6%, seguida de Ciro Gomes (PDT), com 7,5%.
Geraldo Alckmin (PSDB) tem 6,5% e Alvaro Dias (PODE) ficou no 3,6%.
A Paraná Pesquisas entrevistou 1.850 eleitores em 85 municípios mineiros entre os dias 18 e 23 de maio. A margem de erro é de 2,5% para mais ou para menos. A sondagem foi registrado no TSE sob o número BR-09344/2018.
Fonte: Blog do Esmael

CUT defende caminhoneiros e a queda de Parente


A CUT apoia a paralisação nacional dos caminhoneiros, que estão realizando um movimento legítimo e justo pela redução dos preços do óleo diesel, e exige que o governo mude sua política de preços dos combustíveis que tem provocado aumentos abusivos também no gás de cozinha e na gasolina, aponta nota da entidade comandada por Vagner Freitas
Por Esmael Morais – Em nota divulgada na tarde desta sexta-feira(25), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) reforçou o apoio ao movimento dos caminhoneiros e exige que o governo golpista mude a política de preços da Petrobras que acompanha as cotações internacionais do barril de petróleo. Veja a íntegra da nota.
Nota da CUT
A CUT apoia a paralisação nacional dos caminhoneiros, que estão realizando um movimento legítimo e justo pela redução dos preços do óleo diesel, e exige que o governo mude sua política de preços dos combustíveis que tem provocado aumentos abusivos também no gás de cozinha e na gasolina.
Para a CUT, a política de preços implantada em julho do ano passado pela gestão de Pedro Parente, que acompanha as cotações internacionais do barril de petróleo e do dólar, além do impacto provocado pela redução do processamento de petróleo nas refinarias brasileiras, com o consequente aumento das importações, tem como único objetivo beneficiar os acionistas internacionais que buscam o lucro fácil à custa do sacrifício do povo brasileiro.
O Brasil não precisa importar nada. O país extrai mais petróleo do que necessita e tem refinarias com capacidade para produzir todos os derivados consumidos no país – gás de cozinha, gasolina, diesel etc -, mas essas unidades estão operando muito abaixo da capacidade nominal, obrigando o país a importar desnecessariamente grande parte dos combustíveis. E os preços internacionais atendem apenas os altos lucros das companhias estrangeiras.
Por isso, a CUT denuncia e não aceita a retirada dos recursos já limitados do orçamento da União, que deveriam ser destinados para a saúde, educação e segurança pública, entre outras políticas públicas importantes para o povo, para ressarcir a Petrobras e subsidiar essa política de preços que beneficia apenas os acionistas e as companhias estrangeiras.
Para a CUT, é preciso uma redução geral dos preços dos combustíveis, principalmente do gás de cozinha, que obriga o povo brasileiro a pagar caro por essa política irresponsável de preços que provoca reajustes nos alimentos, vestuário, transporte e em todas as despesas cotidianas da vida.
A pauta dos caminhoneiros dialoga com a população brasileira cansada dos desmandos desse governo e também com as pautas da Federação Única dos Petroleiros (FUP-CUT) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), e encampadas pela CUT, que aprovaram em suas assembleias os seguintes eixos:
– redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha,
– manutenção dos empregos e retomada da produção interna de combustíveis,
– fim das importações da gasolina e outros derivados de petróleo,
– contra as privatizações e desmonte do Sistema Petrobras,
– Redução das Tarifas de Energia Elétrica,
– Isenção de Pedágio para eixos suspensos,
– Piso Mínimo Nacional para o Frete.
Para a CUT, juntos, esses eixos apontam uma solução concreta para os problemas que os aumentos abusivos dos combustíveis e do gás de cozinha estão provocando na vida de toda a sociedade brasileira. A paralisação dos caminhoneiros chamou a atenção para um problema real, que vem sendo denunciado pela FUP e pela CNTTL desde que a direção da Petrobras mudou a política de reajuste e os preços dispararam no Brasil. A Petrobrás deve permanecer pública e Estatal.
Esse governo já causou muitos transtornos à população brasileira. Por isso, exigimos que atenda as justas reivindicações dos caminhoneiros, para que a população não sofra ainda mais com o desabastecimento em curso e possa voltar a ter acesso normalizado aos transportes, alimentos e todos recursos necessários da vida cotidiana.
São Paulo, 25 de maio de 2018
Vagner Freitas – presidente da CUT
Paulo João  Estausia – presidente da CNTTL


Caminhoneiro ironiza ameaça de Temer


"O que vão fazer? Levar nossos caminhões? São 40 mil parados somente na Dutra. Onde vão colocar? Não estamos obstruindo. Estamos apenas parados", disse o líder sindical Francisco Wild
247 – Reportagem do Valor Econômico demonstra a ineficácia das ameaças feitas por Michel Temer: O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Volta Redonda e Região Sul Fluminense (Sinditac-VR), Francisco Wild, disse que o presidente Michel Temer (MDB), em seu pronunciamento nesta sexta-feira (25), piorou uma situação que pouco havia avançado, em sua opinião. O Temer disse que vai usar as forças federais de segurança para desbloquear as estradas. No caso das vias federais, deve ser acionada a Polícia Militar (PM). "O que vão fazer? Levar nossos caminhões? São 40 mil parados somente na Dutra. Onde vão colocar? Não estamos obstruindo. Estamos apenas parados", disse o líder sindical, em referência à paralisação dos caminhoneiros que entrou, nesta sexta-feira, em seu quinto dia.

Caos de Parente pode matar 1 bilhão de aves e destruir indústria de alimentos


O tucano Pedro Parente, indicado pelo PSDB para comandar a Petrobras após o golpe de 2016, pode ser o responsável pela morte de 1 bilhão de aves, que estão sem ração no Brasil, e pela destruição da indústria nacional de alimentos; política de preços implantada por Parente na Petrobras provocou a greve dos caminhoneiros, que deixa os animais sem ração e pode levar ao canibalismo entre as aves
247 – O tucano Pedro Parente, indicado pelo PSDB para comandar a Petrobras após o golpe de 2016, pode ser o responsável pela morte de 1 bilhão de aves, que estão sem ração no Brasil, e pela destruição da indústria nacional de alimentos. A política de preços implantada por Parente na Petrobras, que prioriza investidores internacionais em detrimento dos interesses nacionais, provocou a greve dos caminhoneiros, que deixa os animais sem ração e pode levar ao canibalismo entre as aves 
As informações são do jornalista Victor Calcagno. "Um bilhão de aves e 20 milhões de suínos podem morrer nos próximos dias devido à falta de ração em meio à greve dos caminhoneiros, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Bloqueios realizados por caminhoneiros que interrompem o transporte de ração e de animais vivos permanecem nesta sexta-feira, apesar de acordo anunciado pelo governo e a categoria na quinta-feira. Segundo a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o país deixou de exportar, ao longo dos últimos dias de bloqueios nas estradas, 25 mil toneladas de carnes suína e de frango, o correspondente a cerca de US$ 60 milhões de dólares."
Além da destruída do setor de proteína animal, Parente também causa prejuízos gigantescos aos laticínios. "Acostumada a coletar cerca de 130 mil litros de leite todos os dias, a Cooperativa Agropecuária de Barra Mansa está desde quarta-feira sem conseguir alcançar as mais de 500 fazendas de seus cooperados, afim de coletar a produção leiteira. O prejuízo, que envolve produtores em quase todo o Sul do estado do Rio de Janeiro e alguns municípios de São Paulo é calculado pela empresa em cerca de R$ 200 mil diários", informa a reportagem.


Mídia golpista blinda Parente e ataca suas vítimas: os caminhoneiros


Comprometida até o pescoço com o golpe de 2016, a imprensa familiar brasileira, que apoiou o golpe de 2016, destinado a entregar riquezas nacionais, como o pré-sal, a grupos internacionais, tenta salvar Pedro Parente, presidente da Petrobras, mesmo que o preço a se pagar seja a destruição completa do País; ao apontar as causas do caos, o Estado de S. Paulo lista vários motivos – quase todos eles falsos – e omite o principal: a política de preços de Parente na estatal
247 – Comprometida até o pescoço com o golpe de 2016, a imprensa familiar brasileira, que apoiou o golpe de 2016, destinado a entregar riquezas nacionais, como o pré-sal, a grupos internacionais, tenta salvar Pedro Parente, presidente da Petrobras, mesmo que o preço a se pagar seja a destruição completa do País. 
Ao apontar as causas do caos, o Estado de S. Paulo lista vários motivos – quase todos eles falsos – e omite o principal: a política de preços de Parente na estatal. O Estado cita a incompetência de Michel Temer, o que está correto, mas todas as outras causas apontadas – como a chantagem dos caminhoneiros – são equivocadas. Na prática, quem chantageia o Brasil, com uma política de preços irresponsável, é Parente.
Leia o artigo de Mauro Santayanna e entenda por que o inimigo é Parente – e não os caminhoneiros:
Por Mauro Santayanna – Nada de novo na forma como o Brasil atual está tratando e vendo a greve convocada pelos caminhoneiros em protesto contra os sucessivos e absurdos aumentos dos combustíveis, que passam de 50% em alguns meses.
O senso comum imposto ininterruptamente a marretadas por uma mídia irresponsável e ideologicamente comprometida e o discurso oficial, mentiroso, hipócrita e mendaz, continuam se apoiando na tese, ou melhor, no conto do vigário, de que a Petrobras teria quebrado em algum momento de sua história devido à política de preços adotada nos governos Lula e Dilma.
Quando, na verdade, o vaivém dos preços era, pelo contrário, usado inteligentemente para impedir os aumentos, com a empresa guardando dinheiro quando a cotação do dólar e dos combustíveis lhe eram favoráveis, para subsidiar a compra de diesel e gasolina quando os preços estavam mais altos lá fora, evitando sacudir o mercado e o bolso dos consumidores com o desce e sobe (mais sobe do que desce) idiota e terrorista dos dias de hoje, em que um sujeito não pode sequer programar uma viagem de dois dias sem saber quanto vai gastar.
Uma doutrina baseada no "laissez faire" do mercado que só facilita a vida dos especuladores e dos donos de postos de gasolina, que também deveriam ter sido chamados à mesa de negociação.
Caminhoneiros e cidadãos comuns estão fartos de saber que, depois que sobem, em uma espécie de lei de contra–gravidade, que é extremamente grave e prejudicial para o país, os combustíveis, principalmente o diesel e a gasolina – que não dão safras sazonais como o álcool – jamais voltam a cair de preço na ponta dos revólveres das bombas dos postos, a não ser na ordem ridícula dos centavos, em uma espécie de gozação cruel com a cara do consumidor brasileiro.
Em janeiro de 2016, o jornal ligado a uma importante rede de televisão brasileira publicou uma matéria tentando explicar, geopoliticamente, a razão para a queda de 60% da cotação do petróleo em menos de dois anos.
O texto citava, entre outras motivações, o aumento da produção de óleo de xisto nos Estados Unidos para 9 milhões de barris por dia, e a decisão da Arábia Saudita de tentar atrapalhar a indústria de exploração desse recurso nos EUA, aumentando a oferta e vendendo o petróleo da OPEP a 25 dólares o barril, além da volta de outros fornecedores de petróleo ao mercado, como o Irã, após o fim de sanções impostas àquele país pela ONU.
Essas notícias não foram publicadas há 14 anos. Elas saíram, inacreditavelmente, e com grande destaque, há menos de 15 meses.
E é fantástico que, na cobertura da greve dos caminhoneiros, com a grave crise internacional dos preços do petróleo, que ainda continua, elas tenham sido escandalosamente apagadas, como os desafetos de Stalin, da história "oficial".
Como se nunca tivessem ocorrido, omitidas pelo Ministério da Verdade – o Miniver do livro 1984, de George Orwell – em que se transformou a grande mídia neoliberal.
Com dezenas de "analistas" sendo chamados a toda hora, alguns deles figuras carimbadas do desgoverno do senhor Fernando Henrique Cardoso, para repisar a mentira deslavada de que a suposta crise que "obriga" a Petrobras a aumentar o preço dos combustíveis a todo momento é culpa da política de estabilização de preços internos criteriosamente adotada durante anos pelos governos anteriores.
Como se o preço internacional do petróleo bruto não tivesse caído de 115 dólares em agosto de 2013, para 111 dólares em junho de 2014, 50 dólares em março de 2015, e 30 dólares em janeiro de 2016.
Como se isso não tivesse afetado em nada as contas da empresa, que produz quase três milhões de barris de petróleo por dia.
E como se obviamente a política de preços adotada pelos governos de Lula e Dilma no mercado interno não tivesse nada a ver com o que estava acontecendo com o mercado internacional.
Mesmo assim, como mostram exaustivamente dados divulgados pela AEPET, a Associação dos Engenheiros da Petrobras, a empresa nunca esteve quebrada.
Ela teve, apesar da política de estabilização dos preços internos de combustíveis e gás de cozinha adotada pelos governos Lula e Dilma, uma geração operacional de caixa de 33 bilhões de dólares em 2011, de 27 bilhões de dólares em 2012, de 26 bilhões de dólares em 2013, de 26 bilhões de dólares em 2014, de 25 bilhões de dólares em 2015, e de 26 bilhões de dólares em 2016, ano do golpe midiático–parlamentar que derrubou Dilma Roussef e desestabilizou o país levando–o à catastrófica situação jurídica, econômica e política em que se encontra agora.
Situação, aliás, em que prefere–se insistir em apresentar à opinião pública a tese calhorda, apoiada pela mesma velha plêiade de "analistas" e "especialistas" de um lado só, de que a culpa do que está acontecendo com a desastrosa política de preços imposta pela atual diretoria da Petrobras é do PT.
Que, tendo economizado 380 bilhões de dólares apenas em reservas internacionais e deixado mais 800 bilhões (260 bilhões de reais em dinheiro) em ativos no BNDES, fora o pagamento da dívida de 40 bilhões de dólares com o FMI, teria sido responsável por jogar a empresa no buraco e por "quebrar" o Brasil, deixando–o na condição que ainda ocupa de quarto maior credor individual externo dos EUA.
Sem aumentar a dívida pública, que em 2002 ainda era maior do que é agora.
A importância atribuída pelo terrorismo midiático à queda no valor das acões da Petrobras também é ridícula.
As ações de qualquer empresa do mundo flutuam e as da Petrobras se mantêm estáveis no médio prazo.
Elas estavam em 20 reais em maio de 2013, caíram para 5 reais no início de 2016 – quando foram usadas pelos especuladores para fazer rios de dinheiro e ajudar a derrubar Dilma – e estão em 25 reais agora.
Tenho orgulho de ser um modestíssimo acionista da Petrobras.
Os idiotas que, para baixar ainda mais a cotação, venderam a cinco reais, às vésperas do impeachment, influenciados pelo ódio contra o governo e o desprezo pela maior empresa brasileira se deixaram influenciar por uma mídia distorcida e pelo preconceito ideológico.
Com isso, quem ganhou gigantescas fortunas foram os gringos, que apostaram dezenas de bilhões de dólares na empresa, como fez George Soros na época do impeachment, porque sabiam e continuam sabendo que a Petrobras vai continuar sendo um dos maiores negócios do mundo, e se não a destruírem totalmente, uma das mais avançadas organizações na geração de tecnologia para o setor petrolífero, como mostra o fato de ser a mais premiada companhia na OTC, a Offshore Tecnology Conference, o "oscar" global da exploração de petróleo em águas profundas.
O resto é especulação de curto prazo, em que "notícias" e boatos ajudam a fazer fortunas, literalmente da noite para o dia, como mostra a variação de mais de 10% nas ações da Petrobras nas últimas 48 horas.
O que não pode variar, como as ações, ao sabor do preconceito e da ideologia viralatista, pseudo–privatista e entreguista, é a indiscutível importância estratégica da maior empresa brasileira (condição que não se mede pelo seu valor em bolsa).
O que a greve dos caminhoneiros, com suas filas de caminhões nas estradas e ameaça de suspensão de viagens aéreas e de desabastecimento de gêneros essenciais, principalmente alimentícios, mostra, clara e didaticamente, é que uma Petrobras mal administrada, como está ocorrendo agora, pode fazer muito mais mal ao país do que ao bolso de seus acionistas.
Ela pode paralisar o Brasil, e, por isso, tem que ser vista – ao contrário do que afirmou o Sr. Pedro Parente ontem – não como uma empresa privada com objetivo de gerar mais lucro para seus acionistas, mas como uma decisiva conquista – desde a campanha "O Petróleo É Nosso". da qual temos orgulho de ter participado – de todos os brasileiros.
Como um fator de fundamental importância, como mostra a existência de empresas semelhantes, da Arábia Saudita à Noruega, em todo o mundo, do ponto de vista estratégico, para o funcionamento da nação e o desenvolvimento econômico e social do país.
Da Petrobras o povo brasileiro espera poucas coisas.
Que não se entreguem as riquezas que ela descobriu sozinha, no fundo do mar, com tecnologia própria, a preço de banana, aos gringos, é uma delas.
Principalmente quando se considera que o rasteiro discurso privatista vigente está apenas despindo o Estado brasileiro para beneficiar governos estrangeiros, abrindo o pré–sal para estatais norueguesas e chinesas, ou grupos em que o governo é o principal acionista, como a francesa Total.
A outra é que o preço dos combustíveis não mude, principalmente para cima, a cada vez que o Sr. Pedro Parente troca de camisa.
Também seria razoável que não se mentisse sobre a situação real da empresa, agora e no passado, e se provasse a afirmação de que a Petrobras sofreu – sem que sequer um membro de comissão de licitação fosse investigado – um assalto de 6 bilhões de reais, nunca inequivocamente comprovado. Esse mito foi estabelecido com a cumplicidade de uma empresa norte–americana, cuja história está eivada de escândalos e de "barrigadas", lamentavelmente chamada a fazer uma "auditoria" na empresa, por um governo teoricamente nacionalista.
Mas isso já seria demais quando vivemos em um país em que reina a jurisprudência da delação e do punitivismo mais reles e implacável. Em que se extraem as narrativas mais estapafúrdias de empresários constantemente ameaçados de prisão e de definitivo fechamento de suas empresas , se não se submeterem a "delatar" o que querem que delatem
Em que a condução irresponsável de uma guerra jurídica baseada na denúncia e na descarada criminalização da atividade política, da democracia e do presidencialismo de coalizão, levou ao sucateamento de centenas de bilhões de reais em obras e projetos judicialmente interrompidos, a centenas de milhares de demissões e à quebra de um igual número de acionistas, investidores e fornecedores.
Quanto à "negociação" do governo com os caminhoneiros – muitos dos quais devem estar arrependidos de ter bloqueado estradas contra Dilma – a suspensão da cobrança de pedágio a veículos que estejam circulando vazios, com o terceiro eixo levantado, é muito mais efetiva do que a pretendida queda ou suspensão de impostos dos combustíveis oferecida pelo governo aos transportadores e motoristas autônomos, dinheiro que vai acabar, com quase absoluta certeza, no bolso dos donos dos postos de gasolina, que, se não houver controle de preços, dificilmente repassarão essa queda para os consumidores.
Finalmente, a reoneração da folha de pagamento de mais de 20 setores da economia atinge o país em uma região do fígado que é a mais sensível para os mais pobres, depois do deletério efeito sobre o emprego do punitivismo anti–empresarial da Operação Lava–Jato e a irresponsável e inócua – em termos fiscais – esterilização, pelo governo, com sua devolução antecipada e desnecessária ao tesouro nacional, de 260 bilhões de reais que se encontravam nos cofres do BNDES quando Temer assumiu. Esses recursos poderiam ter sido investidos em novos projetos e na retomada de obras de infraestrutura com a geração de milhares de postos de trabalho.
O Sr. Pedro Parente foi claro ontem na televisão. O compromisso do atual governo, com relação à Petrobras, é – o que não está conseguindo fazer a contento – agregar valor para os seus acionistas.
O compromisso dos governos anteriores era controlar a inflação e permitir o abastecimento de combustíveis e a livre circulação de mercadorias, para cumprir o seu papel de garantir condições razoáveis de vida para a população e o funcionamento normal da nação.
Era também o de assegurar, a preços razoáveis, gás de cozinha para milhões de brasileiros – segundo o IBGE já seriam 1,2 milhão de famílias – que, hoje, em mais uma "conquista neoliberal inesquecível", reviram caçambas em todo o país catando lenha para preparar a sua refeição de cada dia.
(este artigo foi originalmente publicado na RBA)


Câmara de Apucarana reabre debate sobre abertura de mercados aos domingos e feriados


Os presidentes da Câmara Municipal de Apucarana, Mauro Bertoli e do Sindicato dos Empregados no Comércio, Anivaldo Rodrigues discutiram regulamentação do horário de abertura. Bertoli adianta que a partir do ano que vem os mercados, supermercados e hipermercados não abrirão na mais na sexta-feira santa. Ele prometeu apresentar proposta neste sentido e conta com apoio dos vereadores.
O presidente do legislativo, vereador Mauro Bertoli recebeu nesta manhã (quinta-feira 24/05), o diretor presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Apucarana (Siecap), Anivaldo Rodrigues da Silva. Durante o encontro, que foi acompanhado pelo Procurador Jurídico da Câmara Municipal, Dr. Petrônio Cardoso, os presidentes discutiram a regulamentação do horário de abertura dos mercados, supermercados e hipermercados aos domingos e feriados.
“Iniciamos uma conversa para regulamentar a abertura dos mercados, supermercados e hipermercados aos domingos e feriados em nossa cidade. Entendemos que existe um acordo e que a abertura atualmente é legal, mas vamos aprofundar o assunto. Adianto, porém, que a partir do próximo ano os mercados, supermercados e hipermercados não abrirão mais na Sexta-feira Santa. Este será um projeto de minha autoria e responsabilidade. Desde já conto com o apoio e a aprovação dos demais vereadores”, declarou o presidente Mauro Bertoli.
REGULAMENTAÇÃO AOS DOMINGOS
Bertoli destacou ainda que outras datas deverão ser incluídas nesse projeto como os feriados de Corpus Christis, Natal, Ano Novo, Dia das Mães, Dia dos Pais e Nossa Senhora de Lourdes (Padroeira da cidade de Apucarana). “Com o Sindicato iremos, também, regulamentar o horário de funcionamento aos domingos”, acrescenta.
Anivaldo Rodrigues explicou que a conversa com Bertoli foi produtiva e que o próximo passo será uma reunião com os demais membros do Sindicato para apresentar as propostas que foram conversadas durante o encontro. “Assim que tivermos uma posição voltamos a conversar com a Câmara, que irá se posicionar. Até agora não fechamos a nossa Convenção Coletiva. O que esperamos é o melhor para os funcionários do setor”, concluiu o presidente do Sindicato.
Ele lembra que além da polêmica da abertura na Sexta-feira Santa, a mesma questão voltou em pauta no domingo do dia 13 de maio, quando foi comemorado o Dia das Mães. “Soltamos uma Nota de Repúdio. Fomos contra a abertura dos mercados, supermercados e hipermercados nesta data. Procuramos as redes de supermercados de Apucarana para que não abrissem seus estabelecimentos nesta data especial, mas por força do Decreto 9.127/2017 assinado pelo Presidente da República, Michel Temer, todas as possibilidades de negociação foram tiradas. As redes não acataram o pedido do Sindicato. Aonde foram parar os valores? Isso é desumano, é uma data tão importante, como a Sexta-feira Santa. É inaceitável, é cruel”, diz Anivaldo.