domingo, 20 de maio de 2018

Empresa de pedágio delata propina de R$ 5 mi a Alckmin por meio de cunhado


A CCR, maior concessionária de estradas do país, revelou ter doado R$ 5 milhões para o caixa dois da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo paulista em 2010; o dinheiro teria sido entregue ao cunhado de Alckmin, Adhemar Ribeiro; denúncia de propinas também atinge os tucanos José Serra e Aloysio Nunes
247 – O candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, apontado como o "santo" das planilhas da Odebrecht, tem um novo problema para resolver, além da baixa popularidade. A CCR, maior concessionária de estradas do país, revelou ter doado R$ 5 milhões para o caixa dois da sua campanha ao governo paulista em 2010. O dinheiro teria sido entregue ao cunhado de Alckmin, Adhemar Ribeiro e a denúncia de propinas também atinge os tucanos José Serra e Aloysio Nunes.
Quem informa é Mario Cesar Carvalho. "A CCR, maior concessionária de estradas do país e quinta do mundo, deu cerca de R$ 5 milhões para o caixa dois da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) em 2010, segundo relatos feitos por representantes da empresa ao Ministério Público de São Paulo. O dinheiro teria sido entregue ao cunhado de Alckmin, o empresário Adhemar Ribeiro, segundo a narrativa feita à Promotoria, e não consta da prestação de contas. É a segunda vez que o cunhado é associado a arrecadações ilegais de campanha. A Odebrecht relatou em acordo de delação ter entregue R$ 10,7 milhões a ele, também na campanha de 2010", diz ele.
"A CCR não pode fazer doações eleitorais por ser concessionária de serviços públicos, como estradas, metrô e barcas. Já era esse o entendimento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) à época da doação, em 2010. Três anos depois esse veto virou lei na minirreforma política. A empresa tem a concessão de algumas das principais rodovias paulistas, como o complexo Anhanguera-Bandeirantes e trechos da rodovia Castello Branco e da Raposo Tavares", aponta ainda o jornalista.
Em São Paulo, as tarifas de pedágios estão entre as mais caras do mundo. "Nos relatos reunidos pelo promotor José Carlos Blat, a CCR aparece como doadora de R$ 23 milhões para três políticos tucanos de SP entre 2009 e 2012: além de Alckmin, são citados o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e o senador José Serra. Os valores que teriam sido entregues a Serra e Aloysio ainda não foram apurados."


Povos indígenas se solidarizam a Lula


Em uma noite histórica, na sexta-feira povos indígenas, seringueiros e membros da sociedade civil organizada gritaram em praça pública “Boa noite, presidente Lula!”, em homenagem ao maior líder popular brasileiro, informa o Boletim da Resistência
Boletim 85 - Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia
Direto de Curitiba - 19/05/2018 - 19h45
1 - O ex-ministro de Direitos Humanos do governo Lula Paulo Vannuchi e a ex-ministra das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do governo Dilma Nilma Lino Gomes participaram neste sábado do tradicional “Bom Dia, Lula”. Eles falaram sobre a criação de uma delegação de dirigentes da área de Direitos Humanos para denunciar ao mundo o tratamento cruel e a falta de respeito à democracia, aos direitos individuais e à dignidade humana por parte da Operação Lava Jato. O grupo conta também com a participação dos ex-ministros de Direitos Humanos dos governos do PT Nilmário Miranda e Rogério Sotilli, bem como do ex-ministro do governo de Fernando Henrique Cardoso, Paulo Sérgio Pinheiro. Leia mais: http://www.pt.org.br/delegacao-de-direitos-humanos-visita-vigilia-lula-livre/
2 - Em nota, a coordenação da Vigília #LulaLivre informa que, com o objetivo de melhorar as condições dos acampados, disponibilizou um novo ponto, localizado mais próximo da Vigília e mais adequado para proteger as pessoas do inverno e da chuva típica desta época do ano. Contrariando a decisão coletiva das entidades que compõem a coordenação da Vigília, um grupo, por sua conta e risco, se nega a deixar o atual local do acampamento Marisa Letícia, expondo pessoas a condições climáticas desfavoráveis. As caravanas que chegarem devem se dirigir à Vigilía, na Praça Olga Benário.
3 - Em uma noite histórica, na sexta-feira povos indígenas, seringueiros e membros da sociedade civil organizada gritaram em praça pública “Boa noite, presidente Lula!”, em homenagem ao maior líder popular brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que desde o dia 7 de abril encontra-se detido como preso político. O ato foi conduzidos pela presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o governador do Acre, Tião Viana.
4 - Acontece amanhã (20) a Romaria a Aparecida "Por Lula Livre e pela Paz no Brasil". Movimentos sociais, sindicatos, trabalhadoras e trabalhadores caminharão até o Santuário católico de Aparecida do Norte (SP) a fim de realizar o ato em defesa da libertação do ex-presidente da República. A primeira concentração será na cidade de Roseira, em frente ao posto Paineiras, na saída 81 da via Dutra, pista sentido São Paulo, às 9h da manhã. Já a outra sairá de Guaratinguetá, às 11h, atrás da escola Usefaz, na saída 67 da via Dutra, também na pista sentido São Paulo. O evento se soma às inúmeras manifestações ecumênicas que pedem pela liberdade do ex-presidente Lula.
5 - Começou hoje o festival #LulaLivre em Buenos Aires, Argentina. O evento é organizado pelo coletivo brasileiro Mídia Ninja, em parceria com sindicatos, grupos de mídia alternativos e coletivos de artistas da Argentina, Uruguai, Bolívia e Venezuela. A expectativa é que 50 mil pessoas compareçam ao evento.
6 - Campanha do agasalho! Ajude a manter aquecida a luta pela democracia, por Lula Livre e contras as arbitrariedades e manipulações judiciais. Doe agasalhos, luvas, meias e cobertores na Vigília Lula Livre, Praça Olga Benário, em frente à sede Polícia Federal, em Curitiba (PR). Para as doações financeiras, acesse o site www.vigilialulalivre.pt.org.br
Boletim 85 - Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia

Direto de Curitiba - 19/05/2018 - 19h45



Venda de terras para estrangeiros dispara

Reuters/Nacho Doce

O Brasil se tornou um dos cinco países do mundo que mais vende terra para estrangeiros; o preço disparou: 270%. A alta dos alimentos também contribui para o cenário de crescimento das negociações de terras no mundo: foram 42,2 milhões de hectares negociados, parte considerável desse montante no Brasil
247 – O Brasil se tornou um dos cinco países do mundo que mais vende terra para estrangeiros. O preço disparou: 270%. A alta dos alimentos também contribui para o cenário de crescimento das negociações de terras no mundo: foram 42,2 milhões de hectares negociados, parte considerável desse montante no Brasil.
“A aquisição de terras de um país por governos e empresas estrangeiros é um processo que ocorre há vários séculos, porém, podemos detectar fases específicas nas diferentes histórias e geografias destas aquisições. Uma mudança importante teve início em 2006 e foi marcada por um rápido aumento no volume e na expansão geográfica das aquisições estrangeiras.” Assim a socióloga holandesa-americana Saskia Sassen, professora da Universidade de Columbia e da London School of Economics, uma das principais pensadoras sobre o tema, inicia o segundo capítulo do livro Expulsões (Paz e Terra, 2015), intitulado O novo mercado global de terras.
O processo descrito por Saskia parte de levantamentos com diferentes metodologias que detectaram a presença cada vez maior do capital estrangeiro na aquisição de terras, inclusive no Brasil. Dados de 2016 da plataforma Land Matrix, que monitora grandes aquisições de terras, revelam que, de 2000 a 2015, 42,2 milhões de hectares foram negociados em todo o mundo por empresas estrangeiras, sobretudo no Sul global – o número também inclui intenções de compra. Desse total, 26,7 milhões de hectares foram efetivamente comprados em um total de 1.004 transações nos 15 anos cobertos pelo relatório. O Brasil está entre os cinco países com maior área envolvida nessas transações, junto com a Rússia, Indonésia, Ucrânia e Papua-Nova Guiné. Somadas, as áreas negociadas pelos cinco países representam 46% das compras de terra arável levantadas pela Land Matrix. Usando outra metodologia, a ONG Grain contabiliza 28,9 milhões de hectares envolvidos em transações em 79 países desde 2008. O processo de apropriação de grandes parcelas de terras em outros países pelo capital internacional foi batizado internacionalmente de land grabbing (“apropriação de terras”, numa tradução livre).”
Leia mais aqui.


Quem é Figueiredo Basto, o advogado de Curitiba acusado por doleiros de cobrar propina. Por Joaquim de Carvalho


O advogado apontado pelos doleiros de Dario Messer como operador de um esquema para vender proteção no Ministério Público Federal e na Polícia Federal em Curitiba já foi acusado de trabalhar para o PSDB no Paraná.
“O advogado do Alberto Youssef operava para o PSDB, foi indicado pelo (governador) Beto Richa para a coisa de saneamento, tinha vinculação com o partido”, disse o Rodrigo Janot em 2014, quando era procurador-geral da república e a revista Veja publicou a capa com a suposta declaração de Youssef de que Lula e Dilma Rousseff sabia da corrupção na Petrobras.
A suspeita era a de que Figueiredo Basto vazou a informação (distorcida, agora se sabe) para a revista, que a usou numa reportagem de capa de uma edição que foi antecipada e acabou utilizada pela campanha de Aécio Neves.
Figueiredo Basto é conhecido por representar réus que obtiveram a homologação de acordo de colaboração com Sergio Moro e foi, durante mais de um ano, conselheiro da Sanepar, a empresa de Saneamento do Paraná.
Youssef obteve o acordo duas vezes, em 2004, quando foi acusado de envolvimento no caso Banestado, e em 2014, quando foi preso por operar como doleiro em esquemas que envolviam desvio de dinheiro na Petrobras.
O advogado também representou Tony Garcia, ex-deputado estadual, denunciado por comandar um golpe que lesou milhares de pessoas no consórcio Garibaldi, em 2005.
Com o acordo, negociado em nome da Procuradoria por Carlos Fernando dos Santos Lima, Tony Garcia se comprometeu a devolver 12 milhões de reais, mas não saldou essa dívida.
No papel de colaborador, ele aceitou grampear pessoas indicadas por Sergio Moro, entre as quais estava o empresário Ricardo Saboia Khury, filho do ex-presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, Anibal Khury, acusado de lavagem de dinheiro.
“Eles pressionaram tanto o Ricardo Khury que ele entrou em depressão e se suicidou”, diz um empresário de Curitiba que acompanhou o caso.
“Queriam dinheiro para que ele não ficasse sob o chicote de Moro”, acrescenta. Entre os que pressionaram Khury, estaria o advogado Figueiredo Basto, advogado de Tony Garcia, que denunciou Khury.
O jeito agressivo de Basto pode ser conferido num vídeo que está disponível na internet, em que o advogado, durante uma audiência na Vara de Sergio Moro, interroga o delegado da Polícia Federal aposentado Gérson Machado.
Quando chefiava a Polícia Federal em Londrina, o delegado alertou Sergio Moro, em 2006, que Youssef, colocado na rua pelo juiz depois de um acordo celebrado com Figueiredo Basto como advogado, estava delinquindo outra vez.
O alerta não produziu efeitos práticos, já que Youssef continuou operando até o início de 2014, quando foi preso na operação Lava jato. Chamado a depor pela defesa de um dos acusados da Lava Jato, o delegado confirmou o alerta. Porém, Basto parece não ter gostado e pediu para fazer perguntas.
Questionou o delegado por que ele tinha sido aposentado precocemente. “Foi em razão de saúde”, explicou o policial. “Que problema? Mental?”, insistiu o advogado. Moro interveio e disse que ele não poderia seguir naquela linha. Figueiredo Basto parou de fazer perguntas, mas lamentou que não se estava buscando a verdade.
Em 2008, o delegado teve crise de depressão depois que peitou Moro e tentou invalidar o acordo de delação com Youssef. Foi examinado por uma junta médica e aposentado compulsoriamente.
Há um elo que liga Figueiredo Basto diretamente a Moro.
É Joel Malucelli, o empresário milionário que se gaba de ser amigo do juiz. Tão amigo que, há alguns anos, promoveu o encontro entre Moro e o cantor Fagner, em Curitiba, oportunidade em que se divertiram juntos no bar de outro amigo da turma, João Zucoloto, irmão do advogado Carlos Zucolotto Júnior, aquele que foi acusado por Rodrigo Tacla Durán de tentar lhe vender facilidade em acordo de delação.
Malucelli venceu uma licitação na Sanepar, para a contratação de sua empresa de seguro, com homologação de Figueiredo Basto, quando este era conselheiro da empresa estatal, nomeado pelo governador tucano Beto Richa.
Malucelli, agora investigado na Lava Jato, foi o maior doador da campanha de Álvaro Dias a senador, em 2014.
Através de duas empresas, deixou R$ 1,3 milhão (em valores da época) nos cofres da campanha do senador, na época filiado ao PSDB, hoje no Podemos, partido pelo qual pretende disputar a Presidência da República. Malucelli é presidente estadual do Podemos.
É uma panela, e o primeiro a denunciar um grupo restrito de amigos que dá as cartas em alguns setores influentes no estado foi Rodrigo Tacla Durán, advogado que prestou serviços para a Odebrecht.
Agora, o que Tacla Durán disse é confirmado pelos doleiros de Messer que foram presos, enquanto o chefe se encontra foragido, provavelmente em Israel, onde tem cidadania, por ser judeu.
Juca Bala e Cláudio Souza acusam Figueiredo Basto de cobrar propina para serem poupados de investigação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.
Tacla Durán foi a primeiro a dizer que, no time de Deltan Dallgnol, não há nenhum santo. Foi ele quem denunciou ter sido pressionado a contratar alguém da “panela” de Curitiba para ser poupado na Lava Jato.
Há pouco, Tacla Durán postou no Twitter a manchete do Estadão “Advogado de delatores é acusado de cobrar propinas”. E escreveu: “PANELA DE CURITIBA FERVE!!!!
Fonte: DCM

Tite entra na guerra semiótica para fazer Brasil esquecer o golpe


"No vídeo do Itaú, agora as ruas estão vazias. A torcida foi para o estádio. Os rostos agora estão limpos. Sem mais a maquiagem dos cara pintadas que dominava as campanhas de 2014. Mas se as ruas foram pacificadas, agora precisa-se conquistar os corações e mentes com o ideário mérito-empreendedor. Nada melhor do que um misto de personal coaching e pastor motivacional: o técnico da seleção Tite", explica o professor Wilson Ferreira
Por Wilson Ferreira, no Cinegnose– Para quem ainda duvida e acha que guerra híbrida e bombas semióticas não passam de "teoria da conspiração", uma simples comparação entre as peças publicitárias que promoviam a Copa de 2014 e a desse ano, na Rússia, põe fim a qualquer dúvida: enquanto a Copa no Brasil foi dominada por criações publicitárias para lá de polissêmicas (ambiguidade entre festa e agressividade, alegria e raiva, em consonância com a pesada atmosfera das manifestações do "Não Vai Ter Copa!" + Lava Jato), nesse ano a publicidade é bem diferente: uníssona e assertiva - a Nação deve ficar unida, esquecer as diferenças e torcer pela Seleção. Em 2018 a Guerra Semiótica veste as chuteiras cumprindo duas funções: a primeira política, pacificar as ruas com a ideia de união e nação; e no campo ideológico, enfiar goela abaixo da choldra as preleções de Tite, misto de "coaching" e pastor motivacional. Para nos fazer acreditar que desemprego não é crise. É oportunidade para virarmos todos empreendedores. Mas, e se algo sair fora do script? Então teremos um "Plano B" cujos balões de ensaio já estão sendo lançados.
Visto em perspectiva, a intervenção norte-americana no Brasil por meio da estratégia de guerra híbrida (guerra semiótica implementada pelo complexo jurídico-policial-midiático com apoio logístico e de inteligência dos EUA) teve dois propósitos bem definidos: primeiro, o golpe político - o impeachment, nova modalidade de golpe sem mais traumáticas imagens de tanques de guerra cercando o Congresso ou um presidente com quepe estrelado discursando para a TV, e a inviabilização de um candidato de esquerda por meio da pesada artilharia do chamado "lawfare".
E segundo, a conquista dos corações e mentes: fazer a choldra, que olha para tudo até agora bestializada, acreditar na ideologia do mérito-empreendedorismo da nova ordem neoliberal imposta ao País – diante da perda das garantias trabalhistas e sociais e por meio de pitacos ideológico-motivacionais, incutir nas massas a fé de que, daqui em diante, é cada um por si pelo próprio mérito e esforço empreendedor. E o salto de fé de que, um dia, a força de trabalho magicamente se converterá em capital.
Da mesma forma como na Copa do Mundo de futebol de 1970 (em pleno início do golpe militar e dos anos de chumbo de perseguições e tortura), na qual a ordem militar calçou as chuteiras dos "90 milhões em ação, prá frente Brasil!", também o atual golpe político que promove a guerra semiótica também calça suas chuteiras.
Neste momento, a palavra de ordem é mostrar uma nação unida, brasileiros "com muito orgulho e com muito amor", entusiasmo, felicidade e inspiração. E muitos pitacos motivacionais do técnico Tite em vídeos publicitários do banco Itaú.
Para aqueles que ainda duvidam sobre estarmos em plena guerra semiótica ou de que o País continua alvo de uma guerra híbrida cuja logística poderá colocar em xeque as eleições desse ano (se as coisas nãos seguirem o script previsto pela banca), uma prova é fazer um comparativo das campanhas publicitárias de duas copas do mundo de futebol: a de 2014 e a desse ano.
Lá em 2014 vivíamos o auge de uma pesada guerra semiótica que pretendia desestabilizar o governo Dilma Rousseff (o clima do "não vai ter Copa" + Lava Jato).
E agora em 2018, a luta midiática pela estabilização da Nova Ordem - Lula preso, a inviabilização de um candidato de esquerda (só esperam a definição do candidato para a artilharia lawfare ser acionada) e a catequização diária dos valores do mérito-empreendedorismo para a massa de desempregados e aqueles inseguros com o emprego que ainda possuem.
Em 2014, as campanhas publicitárias eram polissêmicas, ambíguas, explorando um duplo sentido: entre o tradicional ufanismo da pátria de chuteiras e a incitação das mobilizações de rua do "Não Vai Ter Copa!" e contra o governo federal.
Bem diferente, hoje vemos um clima publicitário semioticamente unívoco, assertivo, com um único sentido: a necessidade da Nação ficar unida, esquecer as diferenças e torcer pela Seleção. Um incômodo déjà vu que lembra as amargas atmosferas do anos de chumbo das copas de 1970, 1974 e 1978 – cuja Seleção chegou até a contar como um técnico militar, Cláudio Coutinho, capitão que se graduou na Escola de Educação Física do Exército.
Não foi por acaso que, assim como o juiz Sérgio Moro (arma do lawfare da atual guerra híbrida), Coutinho fez cursos nos EUA. A diferença é que foi na área de preparação física com Kenneth Cooper (idealizador do famoso método de avaliação física), chegando a frequentar o Laboratório de Estresse Humano da NASA – afinal, o futebol fez parte do aparato ideológico dos governos militares.
A campanha polissêmica da Copa de 2014
Olhando em conjunto anúncios e vídeos publicitários é nítida a intenção polissêmica das criações que antecederam a Copa do Mundo no Brasil: um misto de festa e agressividade, alegria e raiva. E torcidas que ora parecem as tradicionais torcidas organizadas de futebol, ora manifestantes que saem às ruas para protestar.
E tudo é reforçado com alusões aos icônicos "cara pintadas" das manifestações (cores verde e amarelo pintadas no rosto) pelo impeachment de Collor em 1992.


Milhares na Argentina pedem liberdade de Lula


Os argentinos foram às ruas para prestar solidariedade ao ex-presidente Lula e pedir sua liberdade; em uma noite memorável, milhares se reuniram na histórica Plaza De Mayo e protestaram contra a prisão do maior líder da América Latina e por justiça por Marielle Franco
Do Mídia Ninja - Em uma noite memorável, milhares de pessoas se reuniram na Plaza de Mayo, em Buenos Aires para protestaram pela liberdade de Lula e por justiça por Marielle Franco.
Lula é mantido preso político há 42 dias na sede da polícia federal em Curitiba, após ser vítima de um processo ilegal e sem provas, midiático e comandado por um juiz imoral. Marielle Franco foi executada há 67 dias por lutar pelos direitos das mulheres, da população negra, favelada e LGBT. Os dois são lideranças simbólicas na América Latina e no mundo.
Artistas, intelectuais, pensadores, ativistas e a povo argentina se somaram nesta noite histórica para contar pro mundo sobre a importância de dois líderes vítimas da injustiça.
Seguiremos lutando, do Brasil para a Argentina, da América Latina para o outro lado do mundo, até Lula estar livre.