sábado, 19 de maio de 2018

Ministra Cármen Lúcia, como ficará sua consciência quando for provado que inocentes foram presos? Por Afrânio Silva Jardim



PUBLICADO ORIGINALMENTE NO FACEBOOK DO AUTOR
1 – Mais cedo ou mais tarde, o Supremo Tribunal Federal terá de dizer que o artigo 283 do Código de Processo Penal é constitucional. Sendo assim, tem de ser aplicado.
“Artigo 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória TRANSITADA EM JULGADO ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).”
2 – Mais cedo ou mais tarde, o Supremo Tribunal Federal terá de dizer que o artigo 105 da Lei de Execução Penal é constitucional. Sendo assim, tem de ser aplicado:
“Artigo. 105. TRANSITANDO EM JULGADO a sentença que aplicar pena privativa de liberdade, se o réu estiver ou vier a ser preso, o Juiz ordenará a expedição de guia de recolhimento para a execução”.
Nesta oportunidade, os Ministros do S.T.F. e a sociedade em geral ficarão sabendo a quantidade de pessoas que hoje estão presas ilegalmente, prisões automáticas, prisões como efeito de acórdãos que não transitaram em julgado.
Ademais, se não foram decretadas as prisões preventivas destas pessoas, nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal, é sinal claro de que tais prisões não eram necessárias (periculum libertatis).
Nesta oportunidade, como ficará sua consciência, Ministra Carmen Lúcia? E se, neste meio tempo, alguns destes presos ilegais vier a morrer na cadeia?
De qualquer forma, quem vai reparar estes meses ou anos de prisão ilegal?
O que a senhora diria para as crianças, filhos ou netos, destes presos ilegais?
Impedir que o Tribunal faça justiça tem algum sentido em uma sociedade que se pretende democrática?
Estas questões não justificam “pautar” as ação diretas de constitucionalidade que permitiriam que o Plenário do S.T.F. dissesse qual é o seu atual entendimento sobre a constitucionalidade dessas regras processuais?
Por que impedir isso?
.X.X.X.X.
Afranio Silva Jardim, professor associado de Direito Processual Penal da Uerj. Mestre e Livre-Docente em Direito Processual Penal pela Uerj.


Líder do PT pede CPI para investigar suspeita de propinas na lava jato


O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) defendeu neste sábado (19), pelas redes sociais, a investigação de suspeitas de cobrança de propinas no âmbito da operação lava jato.
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“O que mais falta para que os crimes da Lava Jato sejam investigados ?? A mesma denúncia de @TaclaDuran agora apresentada por outras pessoas !!”, escreveu no Twitter o parlamentar gaúcho.
Para Pimenta, a denúncia de que advogado especialista em delação premiada teria cobrado propina para blindar (taxa de proteção) acusados da lava jato no Ministério Público Federal e Polícia Federal corrobora o que dissera Rodrigo Tacla Duran, em novembro de 2017, na CPI da JBS.
No Congresso Nacional, Tacla Duran acusou um compadre do juiz Sérgio Moro de oferecer “facilidades” junto ao MPF e ao Poder Judiciário, por meio do pagamento de propina.
Blog do Esmael

Juiz que retirou assessores de Lula criticou ex-presidente e o PT em cartas a jornal


O juiz Haroldo Nader, de Campinas (SP), que retirou a equipe de oito pessoas que assessorava o ex-presidente Lula (PT), um direito constitucional, a pedido do MBL, é um crítico contumaz do PT e de Lula; magistrado enviou diversas mensagens com críticas a Lula, à ex-presidente Dilma Rousseff e ao PT entre 2015 e 2017, nas páginas do jornal O Estado de S. Paulo; "Lula não aguenta mais falar do sítio e do tríplex. E nós não aguentamos mais esperar que ele fale", escreveu Nader na edição do dia 17 de fevereiro de 2017
247 - O juiz Haroldo Nader, de Campinas (SP), que retirou a equipe de oito pessoas que assessorava o ex-presidente Lula (PT), um direito constitucional, a pedido do MBL, é um crítico contumaz do PT e de Lula.
O magistrado enviou diversas mensagens com críticas a Lula, à ex-presidente Dilma Rousseff e ao PT entre 2015 e 2017, nas páginas do jornal O Estado de S. Paulo.
"Lula não aguenta mais falar do sítio e do tríplex. E nós não aguentamos mais esperar que ele fale", escreveu Nader na edição do dia 17 de fevereiro de 2017. 
"Não sabia que Lula era bancário…", escreveu Nader em 30 de janeiro de 2016, ao comentar uma reportagem que mostrava o envolvimento de uma antiga cooperativa de bancários, a Bancoop, no caso do tríplex. O ex-presidente Lula diz que nunca foi dono do tríplex e nega ter recebido propina por meio do imóvel.
A leitura das cartas de Nader deixa claro que ele tem uma opinião desfavorável à Lula e do partido fundado por ele. "É óbvio que a manifestação desta quinta-feira tenha ocorrido em dia útil, com vale-transporte e alimentação. Seus manifestantes estão lá a serviço", escreveu ele sobre uma manifestação de rua do PT, em 21 de agosto de 2015. "Entendido. É o governo 'podrão' Fifa", comentou ele sobre a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, em 31 de maio de 2015, referindo-se ao mundial de futebol disputado em 2014.
As informações são da BBC Brasil.


Associação de engenheiros da Petrobras desmente gestão Parente


Associação de Engenheiros da Petrobras (AEPET)  publicou nota onde desmonta a narrativa da “salvação” da Petrobras pela gestão Michel Temer-Pedro Parente, informa o editor do Blog Tijolaço, Fernando Brito; a associação diz que apesar de todos os desvios graves que possam ter acontecido, a empresa estava não apenas muito longe de quebrar, mas produzia ganhos semelhantes aos que produz hoje, mesmo sem a política suicida de preços e desinvestimento que está praticando
247 - A Associação de Engenheiros da Petrobras (AEPET)  publicou nota onde desmonta a narrativa da “salvação” da Petrobras pela gestão Michel Temer-Pedro Parente, informa o editor do Blog Tijolaço, Fernando Brito. A associação diz que apesar de todos os desvios graves que possam ter acontecido, a empresa estava não apenas muito longe de quebrar, mas produzia ganhos semelhantes aos que produz hoje, mesmo sem a política suicida de preços e desinvestimento que está praticando.
“Do ponto de vista prático, os milhões roubados por Paulo Roberto Costa e sua turma são incomensuravelmente menores que aqueles que viraram prejuízo para a empresa, com a venda, num momento de baixa do preço do petróleo, de campos exploratórios, produtivos e de ativos de distribuição, cujo valor se equipara ao valor do produto com que lidam?”
Leia trecho da nota da AEPET:
“Em primeiro lugar queremos deixar bem claro que o que pretendemos é discutir quais os melhores planos para a Petrobrás, como empresa estatal que é, para o atendimento das necessidades da população brasileira e o desenvolvimento da Nação. O resultado de uma empresa estatal não se mede apenas pelo lucro ou prejuízo registrado no seu balanço, mas sim pelo desenvolvimento que ela promove para o país e a forma como contribui para distribuir a renda petroleira em favor dos seus verdadeiros donos: os brasileiros.
Infelizmente hoje a discussão se limita a comparar resultados contábeis entre um período e outro, verificar o desempenho das ações na bolsa de valores, informar quais os ativos vão ser entregues para terceiros para antecipar a redução de uma dívida que já foi chamada de “impagável”, redução da força de trabalho e dos benefícios dos empregados e imposição de pesados e injustos encargos aos participantes do plano de aposentadoria, ao mesmo tempo em que são aprovadas regras para antecipar dividendos aos acionistas e pagar indenização bilionária aos especuladores estrangeiros.
O que a AEPET sempre fez, em toda a sua história, foi defender a reputação e a imagem da Petrobrás. Quem criou a imagem de que a empresa estava quebrada? Quem inventou que a dívida era impagável? Quem gasta páginas do relatório anual para falar em Lava Jato, mas não dispende uma linha para falar das riquezas do pré-sal descoberto? Quem disse que endeusaram o pré-sal, em tom de menosprezo?”

Bandidos ferem motorista a tiro, trancam vítimas em bagageiro e roubam R$ 24,5 mil em assalto a ônibus de turismo




Ônibus foi atingido por tiros disparados pelos "piratas do asfalto" 
 Foto: Divulgação/PRE

Uma pessoa foi ferida a tiros e 15 acabaram trancadas em bagageiro durante assalto a ônibus de turismo que ia de Assis (SP) para Foz do Iguaçu, na Tríplice Fronteira, por volta da 1 hora da madrugada deste sábado (19), no km 21 da PR-444 (Rodovia Hermínio Pennacchi), na região da Caixa de São Pedro, no município de Apucarana (norte do Paraná).
De acordo com o patrulheiros Vanderlei Belonci, do posto da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) em Rolândia, pelos menos quatro bandidos ocupando um Fiat Siena de cor prata e portando armas de cano longo calibre 12 e pistolas abordaram o coletivo a tiros.
Um dos dois motoristas que se revezavam no volante do ônibus acabou baleado na perna. Ele foi socorrido e levado ao Hospital da Providência, em Apucarana.
Foto: Divulgação/PRE
Trancados no bagageiro
Já os passageiros e o segundo motorista acabaram trancados no bagageiro pelos criminosos que, segundo o patrulheiro Belonci, roubaram 13 telefones celulares e R$ 24.540 em dinheiro e em seguida fugiram  com o Fiat Siena.
Após conseguirem sair do bagageiro, as vítimas dos assaltantes voltaram inicialmente até o posto da PRE em Rolândia para pedir socorro. A Polícia Civil vai instaurar inquérito para apurar a autoria do roubo.
Fonte: TN Online

Após Lula, TRF-4 não tem mais pressa na Lava Jato


Após a prisão de Lula, o ritmo das ações no escopo da operação Lava Jato teve um redução drástica; a oitava turma do tribunal, que chegou a julgar quatro processos da operação em novembro, só concluiu decisão sobre um caso desde que aumentou a pena de Lula para 12 anos e um mês de prisão; o juiz federal Victor Luiz dos Santos Laus fez três pedidos de vista e as decisões praticamente paralisaram; esse ritmo lento comparado à velocidade das tramitações contra Lula chama ainda mais atenção para o contraste dos procedimentos
247 – Após a prisão de Lula, o ritmo das ações no escopo da operação Lava Jato teve ume redução drástica. A oitava turma do tribunal, que chegou a julgar quatro processos da operação em novembro, só concluiu decisão sobre um caso desde que aumentou a pena de Lula para 12 anos e um mês de prisão. O juiz federal Victor Luiz dos Santos Laus fez três pedidos de vista e as decisões praticamente paralisaram. Esse ritmo lento comparado à velocidade das tramitações contra Lula chama ainda mais atenção para o contraste dos procedimentos.
Os outros dois membros da turma, o relator da Lava Jato João Pedro Gebran Neto e o revisor Leandro Paulsen deram os seus votos, mas Laus pediu mais tempo para analisar melhor os casos. Não há data para que os processos sejam devolvidos. Desde que saiu da primeira instância, o processo contra Lula tramitou com uma velocidade acima da média no TRF-4, o que provocou reclamações da defesa e de apoiadores.
Depois dele, foi concluído apenas o julgamento de recurso do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, acusado pelo Ministério Público de lavagem de R$ 6 milhões. A defesa nega que ele tenha cometido irregularidades. Delúbio teve a pena aumentada de cinco para seis anos de prisão. Outros réus no processo também foram julgados. O primeiro pedido de vista aconteceu no mesmo dia, 27 de março, no processo que envolve o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.
Leia mais aqui.


André Singer diz que Moro não esconde mais sua simpatia pelo PSDB


"A foto de Moro com João Doria (PSDB), pré-candidato ao governo paulista, em Nova York, um ano e meio depois de ser retratado com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), indica que a liderança mais visível do PJ [Partido da Justiça] não se esforça por esconder para que lado pendem as suas simpatias", escreve o colunista André Singer; segundo ele, torna-se evidente a seletividade e a parcialidade política do Poder Judiciário no Brasil
247 – O colunista André Singer avalia que o Poder Judiciário assumiu sua parcialidade política, no artigo "A Justiça ficou sem balança", publicado neste sábado. O ex-presidente do PT José Dirceu foi preso pela terceira vez. Da primeira prisão, em 2012, aproveitou-se o ministro aposentado do Supremo Joaquim Barbosa. A segunda, em agosto de 2015, fez a glória do juiz Sergio Moro. A desta sexta-feira (18) será explorada na campanha eleitoral a partir de agosto. Enquanto isso, os pessedebistas acusados na Lava Jato continuam a gozar de imunidade. Não só o ex-presidente nacional do partido tucano escapa há anos das garras da Justiça, agora o principal pivô de supostos desvios em favor do PSDB no estado de São Paulo foi posto em liberdade antes de fazer delação premiada", escreve Singer, referindo-se a Paulo Preto, que já movimentou mais de R$ 130 milhões na Suíça.
"Aliás, a foto e Moro com João Doria (PSDB), pré-candidato ao governo paulista, em Nova York, um ano e meio depois de ser retratado com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), indica que a liderança mais visível do PJ não se esforça por esconder para que lado pendem as suas simpatias", pontua ainda Singer, referindo-se ao juiz da Lava Jato.    


Dirceu: quem delata perde sua condição humana


O ex-ministro José Dirceu mantém sua posição de jamais aderir a um acordo de delação, apesar da perspectiva de talvez nunca mais sair da prisão, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo; José Dirceu se entregou ontem à Polícia Federal para cumprir mais de 30 anos de prisão, pena considerada excessiva pela maioria dos especialistas; ele diz: “eu fui formado numa geração em que a delação é a perda da condição humana”
247 - O ex-ministro José Dirceu mantém sua posição de jamais aderir a um acordo de delação, apesar da perspectiva de talvez nunca mais sair da prisão, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo. José Dirceu se entregou ontem à Polícia Federal para cumprir mais de 30 anos de prisão, pena considerada excessiva pela maioria dos especialistas. Ele diz: “eu fui formado numa geração em que a delação é a perda da condição humana”.
Figura central do PT, ele diz que “nem em música” considerou algum dia a hipótese de fazer colaboração premiada. “Nem em samba-canção”, afirma. “No Exército Vermelho [da antiga União Soviética] tinha um ditado: para ser covarde, é preciso ter coragem. Porque os traidores eram sumariamente eliminados pelo comissário político na frente de batalha.”
 “Eu fui formado numa geração em que a delação é a perda da condição humana. A maioria [das pessoas presas na ditadura] não delatou nem mesmo sob torturas que as destruíam psicologicamente, fisicamente. Muitas ficaram com sequelas e carregam até hoje aqueles tormentos, como é o caso da própria [ex] presidente Dilma”, segue ele. Antes de ser preso, o ex-ministro terminou de escrever uma biografia, que será lançada pela Geração Editorial.