De acordo com dirigentes do MST, a ocupação na Fazenda
Caraim, na cidade de Macarani, sudoeste da Bahia, faz parte de estratégia de
ocupação de propriedade de pessoas envolvidas em corrupção; o MST disse
que 150 famílias estão na propriedade desde domingo e, de acordo com lideranças
do movimento, não há previsão para deixar o local; a família de Geddel vai
pedir reintegração de posse nesta quarta-feira
Bahia 247 - Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra) ocuparam uma fazenda da família do ex-ministro Geddel Vieira Lima.
De acordo com dirigentes do movimento, a ocupação faz parte de estratégia de
ocupação de propriedade de pessoas envolvidas em corrupção.
Trata-se da
Fazenda Caraim, na cidade de Macarani, sudoeste da Bahia. O MST disse que 150
famílias estão na propriedade desde a manhã de domingo (29) e, de acordo com
lideranças do movimento, não há previsão para deixar o local.
A
fazenda possui cerca de 3.200 animais, a maioria gado bovino, e está registrada
em nome de Afrísio Vieira Lima, pai de Geddel, que faleceu em 2016.
Família de Geddel vai pedir reintegração de posse nesta
quarta-feira
"As
ocupações de terra são protesto contra a paralisação do Incra (Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária), e fazem parte de uma mobilização
maior em todo o País. O Incra não está mais fazendo estudos técnicos para a
reforma agrária. Essas propriedades são latifúndios improdutivos que não estão
cumprindo sua função social e devem ser desapropriadas", afirmou Evanildo
Costa, da direção nacional do MST na Bahia.
A
família de Geddel deve entrar nesta quarta-feira, 2, com pedido judicial de
reintegração de posse. O MST mantém 15 invasões ativas no Estado.
Geddel
foi denunciado pela PGR no início do mês por lavagem de dinheiro e associação
criminosa. O irmão de Geddel, deputado federal Lúcio Vieira Lima, a mãe
deles, Marluce Vieira Lima, o ex-assessor Job Ribeiro que trabalhava com Lúcio
Vieira Lima, o ex-diretor da Defesa Civil de Salvador Gustavo Ferraz e o sócio
da empresa Cosbat Luiz Fernando Costa Filho também foram acusados formalmente
pela PGR. Quem decidirá se os denunciados vão virar réus é o ministro Edson
Fachin, relator do caro no STF.