sábado, 28 de abril de 2018

Perícia da polícia encontrou cápsulas de 9 mm no local do atentado contra acampamento


Pistola de alto poder letal foi utilizada contra manifestantes; vítima atingida no está na UTI
Polícia está investigando quem são os autores do atentada contra o 
acampamento Marisa Letícia / Gilbran Mendes


De acordo com a SSP-PR (Secretaria de Segurança Pública do Paraná, os disparos de arma de fogo contra o acampamento Marisa Letícia, na vigília Lula Livre, em Curitiba, na madrugada deste sábado (28), foram feitos com uma pistola 9mm. Arma de alto poder letal.
Os peritos encontraram cápsulas de pistola 9mm no local. Um manifestante foi atingido no pescoço e está em estado grave na UTI. Outros disparos atingiram um banheiro químico dentro do acampamento.
“Essa violência é mais uma iniciativa da elite golpista, conservadora e branca, curitibana e brasileira, que é responsável pelo período de violência e de crise social e política, que eles produziram com o golpe. Isso é parte do caos que eles produziram na política e na economia. Mantemos nossa capacidade enquanto luta popular, de manter resistência, de fazer vigília e ser solidário ao Lula até sua liberdade”, disse Roberto Baggio, coordenação nacional do MST e do MST PR.
Os trabalhadores que estavam no acampamento foram para o local da vigília, em frente à sede da Polícia Federal, onde acontece um ato de repúdio contra o atentado.
Leia a nota da secretaria
A Secretaria da Segurança Pública do Paraná informa que na madrugada deste sábado (28), segundo as primeiras informações, um indivíduo a pé efetuou disparos de arma de fogo contra o acampamento de manifestantes simpatizantes ao ex-presidente Lula.
Uma pessoa foi ferida e levada para o hospital. Um tiro acertou um banheiro químico e os estilhaços feriram, sem gravidade, uma mulher no ombro.
Peritos da Polícia Cientifica do Paraná, policiais militares e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, estiveram no local. Foram recolhidas cápsulas de pistola 9 mm. Foi aberto um inquérito para apurar o caso. A av. Mascarenha de Morais, no bairro Santa Candida, foi fechada por manifestantes, mas já foi liberada.
Fonte: Brasil de Fato


“Atiradores gritaram Bolsonaro 2018”, diz testemunha de atentado a acampamento pró-Lula


Integrantes do acampamento Marisa Letícia, que fazem a vigília Lula Livre, em Curitiba, dizem que gravaram imagens de atiradores gritando “Bolsonaro 2018” antes do atentado desta madrugada (28).
Edson, que administra a página “Nova Militância Brasil”, testemunha que resolveu fazer as imagens diante das ameaças durante do dia de ontem.
“Durante toda a noite fomos atacados verbalmente por seguidores de Bolsonaro, sendo um que chegou a sacar a arma e afirmou que “vou voltar, matar esses vagabundos”. Passavam gritando “Bolsonaro 2018″ acompanhado de outras ofensas”, relata a página.
O acervo já foi disponibilizado para investigadores da Polícia Civil.


Modelo procura a polícia após ter fotos íntimas divulgadas: "Não podia acreditar que isso estava acontecendo comigo"

Sharmila conta que antes do vazamento, viveu meses
sob medo e chantagem.. Foto: Sérgio Rodrigo

“Podia ser com você, com sua filha, com sua irmã, com sua amiga. Dessa vez foi comigo”. Com essa reflexão e esse alerta que a atriz e modelo Sharmila Chambó, 26 anos, de Apucarana, se manifestou em uma espécie de carta aberta enviada a amigos e durante a entrevista exclusiva que concedeu nesta sexta-feira (27) para Tribuna. Desde o último domingo, quando fotos e um vídeo íntimo começaram a circular nas redes sociais, a vida da modelo virou de cabeça para baixo.
Sharmila foi vítima de uma modalidade de violência contra mulher que se tornou tão comum que foi necessário criar uma lei para tipificar o comportamento de vingança virtual. Quem vazou as imagens foi um homem com quem ela iniciou um relacionamento. A relação, entretanto, rapidamente se tornou abusiva e marcada por chantagens. A modelo, que atualmente mora no Rio de Janeiro, ficou sabendo do vazamento na madrugada do último domingo, após receber a ligação de uma amiga. As imagens foram encaminhadas inicialmente para um grupo de WhatsApp de trabalho da modelo, chegando a vários dos seus clientes.
Com acesso às redes sociais particulares da atriz, o antigo relacionamento chegou a divulgar as imagens em sua página. “Minha primeira reação foi excluir as imagens. Contudo, fiquei com medo de que ele não parasse e voltasse a publicá-las, por isso, num primeiro momento, tirei todas as minhas redes sociais do ar”, explica.
Sharmila conta que antes do vazamento, viveu meses sob medo e chantagem. O vídeo gravado sem a sua autorização, virou trunfo nas mãos do antigo relacionamento. “Para que ele não divulgasse tais imagens, me submeti a tudo que ele pedia. Estou arrependida”, conta.
No primeiro momento, sob o choque da repercussão da exposição de sua intimidade, a apucaranense diz que teve dificuldade em reagir. “Quis desaparecer, não podia acreditar que isso estava acontecendo comigo, até porque me submeti há meses de chantagem para evitar que tais imagens viessem à tona. Me senti invadida, violada, exposta, insegura e tudo mais que possam imaginar”, explica.
Após conversar com seus advogados, Sharmila resolveu levar o caso para Justiça e compareceu à Delegacia da Mulher para registrar um Boletim de Ocorrência contra o autor dos fatos. “Ele responderá por diversos crimes enquadrado na Lei Carolina Dieckmann  e na Lei Maria da Penha, as quais estão aí para proteger pessoas que são vítimas desses tipos de crimes e relacionamentos abusivos, assim como eu”, explica a modelo, que está sendo orientada pela Zanoni, Teixeira & Franco Advogados.
Antes da divulgação das imagens, Sharmila conta que conversou com o autor dos fatos. “Conversei, não só durante toda a madrugada em que ocorreu a divulgação não autorizada das imagens como também na sequência. Na madrugada do dia 21 para 22 de abril eu estava em contato direto com ele pelo celular, tentando evitar que ele as divulgasse. Na verdade, como disse, tento evitar isso desde final de janeiro, período que começaram as chantagens”, reforça.
Após a divulgação das imagens, o antigo relacionamento entrou em contato com a apucaranense e com os pais dela, e chegou a pedir perdão. “O que motivou de fato, apenas ele pode responder. Porém, não vejo outra razão que não seja o fato de não aceitar que eu não queria mais me relacionar com ele. Penso que não só homens, mas qualquer pessoa que expõe um ser humano dessa forma, com o simples fim de humilhar, deve responder judicialmente por suas atitudes”, ressalta.
Segundo a apucaranense, ainda é difícil analisar quais os reflexos do que está vivendo agora vai acarretar na sua profissão. “No primeiro momento minha preocupação está sendo minha família. Mas sem dúvidas, não sei se algum dia conseguirei desvincular minha imagem profissional das imagens divulgadas e isso, além de causar um mal-estar, poderá acarretar na perda de vários contratos”, lamenta.
Fonte: TN Online

Outra de Richa: R$ 5 milhões para alterar zoneamento


Do inesperado, eis que Beto Richa envolvido em maracutaia que não se tinha notícia. O ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), enviou à Promotoria de Campina Grande do Sul uma sindicância que apura se o ex-governador Beto Richa (PSDB) teria assinado um decreto para valorizar um terreno na região. Em troca, o tucano teria recebido em torno de R$ 5 milhões em dinheiro para a campanha de reeleição dele em 2014 e na forma de sociedade em negócios imobiliários. Ele nega a acusação. A informação foi divulgada pelo Paraná TV 2ª edição, da RPC TV, e confirmada pela Gazeta do Povo.
Segundo a Gazeta, a investigação, que apura os crimes de corrupção ativa e passiva, foi remetida ao Paraná em virtude de Richa ter renunciado ao cargo de governador e perdido o chamado “foro privilegiado”. A sindicância apura negócios com um terreno que fica na Área de Proteção Ambiental (APA) do Iraí, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. Em 2010, o então prefeito do município, Loreno Tolardo (ex-PSD), e o irmão dele, Luís Tolardo – ambos donos da Transportadora Gralha Azul (TGA) –, compraram um terreno na região da APA por R$ 2 o metro quadrado, num negócio total de R$ 1.461.500.
O baixo valor estaria relacionado à limitação de uso do imóvel, por estar localizado dentro de uma Área de Proteção Ambiental. Essa limitação foi alterada por meio de um decreto assinado pelo então governador Beto Richa em julho de 2014, sob o número 11.660, que mudou parte do zoneamento da APA. O texto permitiu o que antes era proibido, como exploração de atividades de serviços num terreno que fica ao lado do Contorno Leste. Atualmente, a montadora Renault – que não é investigada – aluga o local para abrigar um pátio de automóveis.
De acordo com as investigações, três meses antes da edição do decreto, a área em questão havia sido vendida pelos irmãos Tolardo por aproximadamente R$ 25 milhões, em torno de R$ 100 o metro quadrado. Diante dos valores muito superiores aos da aquisição do terreno, o ministro Jorge Mussi deduziu que “essa valorização expressiva possivelmente tenha decorrido da perspectiva de alteração do zoneamento”.
Segundo depoimento de Paulo Victor Junqueira da Cunha, corretor de imóveis que intermediou a venda do terreno, Richa teria recebido cerca de R$ 5 milhões “para tornar a área comercialmente interessante”. Parte do pagamento teria ocorrido por meio de doação da empresa TGA à campanha do tucano em 2014, e o restante em participação ou sociedade em negócios imobiliários.
Conforme prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a transportadora e suas subsidiárias doaram a Richa R$ 200 mil em 8 de agosto; R$ 300 mil em 14 de agosto; e mais R$ 300 mil em 28 de outubro. “[Aponta] o Ministério Público Federal que há inequívocos indícios de que pelo menos os valores doados à campanha constituíram retribuição ilícita pela alteração do zoneamento da APA do Iraí”, diz a sindicância do STJ.
Fonte: Cícero Cattani

Gleisi: Mais de 20 tiros foram disparados contra o acampamento


"Muito grave o atentado nesta madrugada ao acampamento da vigília democrática de solidariedade ao Lula. Companheiro Jeferson, de São Paulo, baleado no pescoço, corre risco de morte. Esperamos providência rigorosa por parte das autoridades de segurança", denuncia a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT; em vídeo, ela detalha que "mais de 20 tiros foram disparados contra o acampamento" Marisa Letícia, e diz que a violência "é resultado desse processo construído de perseguição contra o presidente Lula, o PT e os movimentos de esquerda. A Lava Jato tem responsabilidade nisso, assim como a Globo"; assista
Paraná 247 - "Muito grave o atentado nesta madrugada ao acampamento da vigília democrática de solidariedade ao Lula. Companheiro Jeferson, de São Paulo, baleado no pescoço, corre risco de morte. Esperamos providência rigorosa por parte das autoridades de segurança", denunciou a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, no Twitter. Em um vídeo postado nas redes, ela detalha como foi o ataque.
"Nossa solidariedade ao Jeferson, familiares, amigos e todos os manifestantes que, dia após dia estão na vigília pela liberdade de Lula. A intolerância e covardia dos q apostam na violência não nos tirarão da luta por Lula, pela democracia e pelo povo brasileiro", diz a presidente do PT. Durante a caravana de Lula ao Sul, um dos ônibus havia sido alvejado. Inquérito não apurou quem atirou.
No vídeo, ela conta que "mais de 20 tiros foram disparados contra o acampamento" Marisa Letícia nesta madrugada. "A situação de violência e intolerância no País está muito grave. Nós não podemos aceitar isso. Isso vem num rastro de violência que movimentos sociais, movimentos de esquerda estão sendo vítimas desde o golpe", diz Gleisi, citando mortes de indígenas, líderes de terras e a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
Gleisi diz ainda que a violência "é resultado desse processo construído de perseguição contra o presidente Lula, o PT e os movimentos de esquerda". Para ela, "a Lava Jato tem responsabilidade nisso, assim como a Globo". "Nós não podemos silenciar diante disso", afirma.



Duas pessoas são feridas em ataque a tiros contra acampamento Marisa Letícia


Na madrugada deste sábado 28, o acampamento Marisa Letícia, localizado na rua Padre João Wislinski, 260, no bairro Santa Cândida, Curitiba, onde dormem integrantes da vigília Lula Livre, foi atacado a tiros por volta das quatro horas. Duas pessoas foram feridas, uma delas está hospitalizada. Havia movimentação de pessoas passando em frente ao local e gritando palavras de ordem a Jair Bolsonaro
Paraná 247 – Na madrugada de hoje (28), o acampamento Marisa Letícia, localizado na rua Padre João Wislinski, 260, no bairro Santa Cândida, Curitiba, onde dormem integrantes da vigília Lula Livre, foi atacado a tiros por volta das quatro horas da madrugada.
Duas pessoas foram feridas, uma delas está hospitalizada. Jeferson Lima de Menezes, de São Paulo, foi prontamente encaminhado ao hospital com um tiro no pescoço. A autoria do ataque a tiros não foi identificada até o momento. A polícia está fazendo os registros necessários.
A informação de pessoas que estavam no acampamento aponta que havia movimentação de pessoas passando em frente ao local e gritando palavras de ordem a Jair Bolsonaro.