quinta-feira, 8 de março de 2018

Bancos entregam ao Supremo dados da quebra de sigilo bancário de Aécio


Bancos já entregaram ao ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello dados da quebra de sigilo bancário de Aécio Neves, de sua irmã Andrea, de seu primo Frederico Pacheco, e do assessor do senador Zeze Perrella (PMDB); quebra de sigilo, requerida pela procuradora-geral, Raquel Dodge, investiga propina de R$ 2 milhões da JBS; ao pedir a quebra de sigilo, Raquel mencionou que o presidente da J&F, Joesley Batista, e Ricardo Saud, diretor de Relações Institucionais, ‘descreveram relação espúria entre o grupo empresarial e o senador, reportando-se ao pagamento de propina, no valor de R$ 60 milhões, em 2014, realizada por meio da apresentação de notas fiscais frias a diversas empresas indicadas pelo parlamentar’

Minas 247 - Bancos entregaram informações ao ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello no âmbito da quebra de sigilo sobre o senador Aécio Neves (PSDB), sua irmã Andrea, seu primo Frederico Pacheco, e do assessor do senador Zeze Perrella (PMDB). O STF determinou que as instituições financeiras entregassem dados bancários entre janeiro de 2014 e maio de 2017 referentes aos investigados.
A quebra de sigilo, requerida pela procuradora-geral, Raquel Dodge, se estende a outros investigados na Operação Patmos – suposta propina de R$ 2 milhões da JBS para o senador. São alvos da cautelar a irmã e o primo do tucano, Andrea Neves e Frederico Pacheco, o ex-assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza, e as empresas Tapera e ENM Auditoria e Consultoria.
Ao pedir a quebra de sigilo bancário e fiscal do tucano, Raquel mencionou que o presidente da J&F Investimentos S.A., Joesley Batista, e Ricardo Saud, diretor de Relações Institucionais, ‘descreveram relação espúria entre o grupo empresarial e o senador da República Aécio Neves da Cunha, reportando-se ao pagamento de propina, no valor de R$ 60 milhões, em 2014, realizada por meio da apresentação de notas fiscais frias a diversas empresas indicadas pelo parlamentar’.
De acordo com Saud e Joesley, os valores serviam para a suposta compra de partidos que apoiariam o tucano nas eleições daquele ano.
Raquel ressaltou ainda ‘a utilização, pelo parlamentar, do mandato para atender a interesses do grupo, indicando, como exemplo, a liberação de créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS de pessoas jurídicas da J&F Investimento S.A’.


Huck vendeu mansão para irmãos Batista pelo dobro do preço de mercado



Apresentador e presidenciável Luciano Huck vendeu uma mansão para os irmãos Joesley e Wesley Batista pelo dobro do valor do mercado. A transação aconteceu em 2013 e envolveu a propriedade do apresentador na Ilha das Palmeiras, em Angra dos ; corretores de imóveis especializados no mercado de luxo estimam que a mansão esteja avaliada entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões; Huck vendeu o imóvel cinco anos atrás por R$ 26,5 milhões — ou R$ 33,4 milhões em janeiro de 2018; lucro do apresentador na transação com os irmãos Batista pode ter chegado ao dobro do valor de mercado
Revista Fórum - De acordo com informações do R7, o apresentador e presidenciável Luciano Huck vendeu uma mansão para os irmãos Joesley e Wesley Batista pelo dobro do valor do mercado. A transação aconteceu em 2013 e envolveu a propriedade do apresentador na Ilha das Palmeiras, em Angra dos Reis, em uma região considerada refúgio de milionários e celebridades.
O imóvel foi comprado em 2001, quando o apresentador pagou R$ 550 mil no terreno — valor que, 12 anos mais tarde, no ato da venda para os irmãos Batista, correspondia a cerca de R$ 1,4 milhão. Com a construção da mansão de quase 900 metros quadrados, a propriedade valorizou.
Corretores de imóveis especializados no mercado de luxo consultados pelo R7 sob a condição de anonimato estimam que a mansão esteja avaliada entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões. Huck vendeu o imóvel cinco anos atrás por R$ 26,5 milhões — ou R$ 33,4 milhões em janeiro de 2018. Ou seja, o lucro do apresentador na transação com os irmãos Batista pode ter chegado ao dobro do valor de mercado.
Antes de fechar definitivamente a transação, foi feito um "instrumento particular" sem registro em cartório no qual Huck se comprometeu a vender a mansão de Angra por R$ R$ 26,5 milhões.
Esta espécie de "pré-venda" consta da escritura registrada em cartório, quando a transação foi concluída e o paraíso particular do apresentador passou oficialmente para as mãos dos irmãos Batista.
Escritura mostra também a compradora, ZMF Participações, empresa dos irmãos Batista Foto: Reprodução
Por razões ainda desconhecidas, em março de 2015, Huck e os empresários registraram uma escritura pública apenas para desmentir a existência daquele primeiro documento não registrado em cartório, quando combinaram a transação da Ilha das Palmeiras.
Seis dias depois de finalizar a compra da mansão, os novos donos compraram o terreno vizinho de 44.600 metros quadrados por cerca de R$ 2,8 milhões de reais.
Outro lado
A assessoria de Wesley Batista e Joesley Batista disse que eles não iriam comentar o assunto. A assessoria de Luciano Huck não se manifestou até o momento.
A matéria completa pode ser lida no R7


Mulheres protestam no parque gráfico da Globo no Rio


Em ato do 8 de março, movimentos populares denunciam golpe e reivindicam eleições livres

Mulheres de diversos movimentos sociais ocupam parque gráfico do O Globo 
na baixada Fluminense / Levante Popular da Juventude


Cerca de 800 mulheres de diversos movimentos populares realizaram, na manhã desta quinta-feira (8), um protesto no parque gráfico das organizações Globo no Rio de Janeiro (RJ). Elas denunciam o papel da imprensa no golpe de Estado instaurado em 2016 e reivindicam a garantia de eleições livres e democráticas.
Por volta das 5h30, as mulheres chegaram em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde estenderam uma enorme faixa com os dizeres: “A Globo promove intervenção para dar golpe na eleição”.
O protesto foi organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Levante Popular da Juventude, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).
Para Ana Carolina Silva, integrante do Levante Popular da Juventude, as empresas de comunicação — ao contrário dos sistemas político e judiciário, que também tiveram participação direta no golpe — não estão sendo associadas a este processo.
“Para nós, a mídia, principalmente na figura da Rede Globo, representa um inimigo que sai extremamente ileso, inclusive porque controla a informação, faz a disputa ideológica e que hoje é um partido político na condução do golpe”, explicou a militante.

Tentativa de barrar candidatura Lula e patrocínio da intervenção federal no Rio 
estão entre as muitas ações contra a democracia cometidas pela Globo
 Eleições democráticas
A ação, que ocorre dois dias após o Supremo Tribunal de Justiça rejeitar o pedido de habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também denuncia a tentativa de fraude nas eleições deste ano.
A avaliação dos movimentos populares é que o conglomerado de comunicação tem contribuído com o esforço de impedir a candidatura do petista, como afirma Maria Gomes de Oliveira, da coordenação nacional do MST.

“As mulheres são contra a intervenção militar que está acontecendo aqui no Rio, são contra todas reformas colocadas pelo governo, assumimos o protagonismo das outras nesse 8 de março para denunciar toda essa sujeira. A ilegalidade do julgamento do Lula, a globo também está construindo esse discurso para impedir que aconteçam as eleições”, disse.
Além de pendurarem faixas em uma das passarelas da Rodovia Washington Luís, as mulheres também picharam “Globo golpista” na fachada do edifício.
O parque gráfico do grupo Globo é o maior da América Latina, mas opera com menos de 50% da sua capacidade produtiva. A construção no valor de R$ 217 milhões foi financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Jornada de Lutas
A ação desta quinta faz parte das manifestações que marcam o Dia Internacional de Luta das Mulheres e também integra a Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra.
Desde 2006, quando foi realizada uma intervenção na empresa Aracruz, no Rio Grande do Sul, o movimento de mulheres do MST protagoniza ações de enfrentamento na semana do 8 de março.
Na manhã desta quarta-feira (7), o MST ocupou a Fazenda Esmeralda, entre Lucianópolis e Duartina em São Paulo, cuja posse é relacionada ao presidente golpista Michel Temer (MDB) em delações do inquérito que investiga MP dos Portos.
No ano passado, as sem-terra ocuparam, em Minas Gerais, terras de Eike Batista — o Acampamento Maria da Conceição completa um ano com produção agroecológica — e paralisaram o complexo industrial da empresa Vale Fertilizantes, em Cubatão (SP), para denunciar a dívida da mineradora com a Previdência.
Fonte: Brasil de Fato