Com conhecimento nas áreas da Previdência Social e
Agricultura, onde foi ministro, o ex-deputado federal, que também foi
secretário de Administração do Governo Beto Richa, Reinhold Stephanes, será o
coordenador do Plano de Governo do candidato do PSD ao Governo do Estado,
Ratinho Junior. Stephanes vem somar com o também ex-deputado e ex-chefe da Casa
Civil do atual governo, Eduardo Sciarra, para desenhar um Plano de Governo que
atenda às necessidades exigidas por um Estado que se destaca entre os demais do
território nacional. Do jornalista Pedro Ribeiro com informações do Paraná Portal.
terça-feira, 6 de março de 2018
Contra Lula, STJ faz primeiro espetáculo de sua história
A transmissão ao vivo do julgamento do habeas corpus do
ex-presidente Lula, que acontece nesta terça, mostra espetacularização da
perseguição ao petista; pela primeira vez em sua história, o Superior Tribunal
de Justiça vai transmitir um julgamento; um ministro que julga na área penal do
STJ, que falou sob condição de anonimato, disse ser contra a transmissão; para
ele, a exposição é “seletiva”; além disso, analisou que o fato pode atrapalhar
a dinâmica do julgamento; “As vaidades afloram, as altercações se
intensificam”; outro membro da corte cita a resolução do CNJ, mas diz prefere
trabalhar “sem holofotes”
Por Marcelo Galli, na revista
Consultor Jurídico
Pela
primeira vez desde 1989, quando o Superior Tribunal de Justiça começou a
funcionar, a corte fará uma transmissão ao vivo de julgamento. Nessa
terça-feira (6/3), internautas poderão conferir a sessão da 5ª Turma que
apreciará pedido de Habeas Corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
No
recurso, os advogados buscam evitar a eventual prisão do petista após o último
recurso que será julgado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que
condenou o petista a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. A
transmissão será no portal do STJ, com link para o canal do tribunal no
YouTube, a partir das 13h. Segundo o tribunal, também haverá cobertura em tempo
real pelo Twitter da corte.
Geralmente,
os julgamentos são gravados para uso interno, mas não transmitidos em tempo
real. O STJ diz que a divulgação em tempo real segue resolução de 2015, do
Conselho Nacional de Justiça.
Um
ministro que julga na área penal do STJ, que falou à ConJur sob condição de
anonimato, disse ser contra a transmissão do julgamento sobre concessão de HC a
Lula. Para ele, a exposição é “seletiva”. Além disso, analisou que o fato pode
atrapalhar a dinâmica do julgamento. “As vaidades afloram, as altercações se
intensificam”. Outro membro da corte cita a resolução do CNJ, mas diz prefere
trabalhar “sem holofotes”.
Em
entrevista ao Anuário da Justiça Brasil 2017, o vice-presidente da corte,
ministro Humberto Martins, disse ser favorável à transmissão dos julgamentos da
Corte Especial, colegiado de cúpula do STJ, para aproximar o tribunal do
cidadão e garantir mais transparência.
Decisão
não vinculante
A
defesa de Lula tenta evitar a prisão antecipada após condenação em segunda
instância — a execução provisória da pena foi reconhecida em fevereiro de 2016
pelo Supremo Tribunal Federal, por 6 votos a 5.
Os
advogados Cristiano Zanin e Valeska Teixeira Martins baseiam-se na
Constituição, que determina a presunção de inocência até o trânsito em julgado.
A petição ressalta que o entendimento do STF foi definido por apertada maioria
e que não apresenta caráter vinculante.
A
defesa também entra no mérito, reafirmando as teses apresentadas no julgamento
do TRF-4 e declarando que Lula não é dono de um triplex atribuído a ele.
“Não
houve a entrega de qualquer bem ou valor, tornando impossível cogitar-se da
prática do crime de lavagem de dinheiro. A não realização da prova pericial
contraria o artigo 158 do Código de Processo Penal, que no caso de acusação
envolvendo crimes financeiros impõe a demonstração do follow the money. A
pena-base foi elevada com a evidente finalidade de evitar a prescrição da
pretensão punitiva”, disse.
* Texto
atualizado às 20h55 do dia 5/3/2018 para acréscimo de informações.
Ministério Público se manifesta contra recurso e pede prisão de Lula
Procurador Maurício Gerum pede correção em termos do acórdão e se
manifesta
a favor do cumprimento imediato da sentença de Lula. (Fenando Frazão/Agência Brasil)
|
Por
meio da Procuradoria Regional da República da 4ª Região, o Ministério Público
Federal apresentou, nesta segunda-feira (5), manifestação contra recurso
apresentado pela defesa do ex-presidente Lula à condenação
no caso do tríplex do Guarujá, litoral de São Paulo. Sem poder de alteração da
sentença, o petista ajuizou embargos declaratórios, último recurso contra a
condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto
Alegre, após ter pena aumentada para 12 anos e um mês por três desembargadores
do Tribunal.
Na recomendação ao
Judiciário, o procurador Maurício Gerum faz críticas à defesa e pede que o
TRF-4 rejeite o recurso de Lula e determine o início imediato do cumprimento da
pena de prisão. A expectativa é de que o recurso seja julgado até o fim de
abril.
Gerum,
apesar de se manifestar pela prisão imediata de Lula, aceita parcialmente as
alegações da defesa para que alguns termos do acórdão sejam ajustados,
corrigindo apenas algumas palavras.
“Diante
do exposto, opina o Ministério Público Federal [...] pelo provimento parcial
dos embargos de declaração de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, apenas para se
corrigir os erros materiais apontados. Requer, outrossim, exaurida a instância,
seja a decisão encaminhada ao juízo de primeiro grau para o imediato início do
cumprimento das penas, conforme assentado no acórdão embargado”, diz trecho da
peça.
No
parecer, Gerum contesta a quase totalidade dos questionamentos da defesa e
diz estar “devidamente fundamentada a convicção de ocorrência do crime
de corrupção, assim como do ato de ofício que levou ao aumento da
pena”. O procurador anota ainda que, “em relação ao crime de lavagem, o
acórdão [formalização da sentença] deixa clara a posição de Lula como destinatário
e partícipe ativo da ocultação/dissimulação da propriedade do imóvel”.
Barroso quebra o sigilo bancário de Temer
Rejeitado por 96% dos brasileiros e primeiro ocupante da
presidência na história do Brasil denunciado por corrupção e comando de
organização criminosa, Michel Temer teve seu sigilo bancário por determinação
do ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal; a decisão se
estende ao homem da mala Rodrigo Rocha Loures e ao melhor amigo de Temer, José
Yunes, que é seu parceiro em negócios imobiliários, assim como ao coronel João
Baptista Lima, tido como laranja de Temer; com isso, Temer pode estar prestes a
ser denunciado pela terceira vez
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– Rejeitado por 96% dos brasileiros, segundo pesquisa
Ipsos, e primeiro ocupante da presidência na história do Brasil denunciado por
corrupção e comando de organização criminosa, Michel Temer teve seu sigilo bancário
quebrado por determinação do ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal. A decisão se estende ao homem da mala Rodrigo Rocha Loures e ao melhor
amigo de Temer, José Yunes, que é seu parceiro em negócios imobiliários. Com
isso, Temer pode estar prestes a ser denunciado pela terceira vez.
As informações são da jornalista
Ana Clara Costa, que informa que a decisão se deu no
âmbito do inquérito que investiga irregularidades na elaboração da Medida
Provisória 595, conhecida como a MP dos Portos, e que mais tarde deu origem ao decreto 9.048. A quebra
abrange o período de 1º de janeiro de 2013 a 30 de junho de 2017. É a primeira
vez que um ocupante da presidência no exercício do mandato tem os seus dados
financeiros abertos por ordem judicial.
"A
decisão data do dia 27 de fevereiro. O Banco Central já distribuiu ofício em
que comunica a decisão às instituições financeiras e pede providências. O
ministro autorizou ainda o levantamento do sigilo bancário de João
Baptista Lima Filho, o coronel Lima, José Yunes, Rodrigo da Rocha
Loures — todos ex-assessores do presidente —, Antonio Celso
Grecco e Ricardo Mesquita, esses últimos, respectivamente, dono e executivo da
Rodrimar. Temer é investigado pela suspeita de ter agido para favorecer a
empresa no Porto de Santos por meio do texto da MP 595", informa a
jornalista.
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