Resolução divulgada pelo partido nesta quinta-feira 25, um
dia após a decisão do TRF4, ressalta que a condenação de Lula "é uma farsa
judicial que envergonha o Brasil perante o mundo"; após reunião, a Comissão
Executiva Nacional do PT reafirma que Lula será o candidato da sigla à
presidência e que irá "lutar para retomar o processo de desenvolvimento
com inclusão social que retirou mais de 32 milhões da pobreza", "pela
recuperação da democracia" e "para fechar a página do golpe";
leia a íntegra
247 - O PT
divulgou uma resolução nesta quinta-feira 25, após sessão pública da Comissão
Executiva Nacional, com a presença de governadores, senadores, deputados,
dirigentes nacionais e estaduais, e de representantes dos movimentos sociais,
um dia após a condenação do ex-presidente Lula em segunda instância pelo TRF4,
em Porto Alegre.
O texto
aponta que a condenação de Lula "é uma farsa judicial que envergonha o
Brasil perante o mundo", ressalta que Lula será o candidato do partido à
presidência nas eleições deste ano e que a sigla irá "lutar para retomar o
processo de desenvolvimento com inclusão social que retirou mais de 32 milhões
da pobreza", "pela recuperação da democracia" e "para fechar
a página do golpe".
Leia a íntegra:
COM LULA E COM O POVO ATÉ A VITÓRIA EM OUTUBRO!
Uma
onda de indignação percorre o Brasil, na hora mais difícil do país desde que
reconquistamos a democracia, há quase 30 anos.
Quase
dois anos depois do golpe que rasgou a Constituição, vem rasgando os direitos
dos trabalhadores e destruindo a soberania nacional, o ex-presidente Lula é
alvo de uma violência judicial.
Em
defesa de Lula e da democracia, multidões se mobilizaram em caravanas, atos
públicos, nas escolas, nas ruas, nas redes sociais, em manifestos e canções.
Tantas
vezes caluniado pelos inimigos da nossa gente, da democracia e do nosso país,
Lula resiste com a força do povo, que nele vê refletida sua própria imagem,
seus mais caros sonhos e as mais fortes esperanças.
Lula
não cometeu nenhum crime. Seus acusadores sabem disso. Sua condenação é uma a
farsa judicial que envergonha o Brasil perante o mundo.
Os
procedimentos no Caso Lula fogem à normalidade da lei, como foi afirmado pelos
maiores juristas brasileiros e de outros países.
Para
condenar Lula, sem provas e sem crime, o Tribunal Regional Federal da 4a.
Região decretou que juízes e promotores da Lava Jato não precisavam seguir as
normas da lei observadas nos "casos comuns". Decretado o estado de
exceção, os direitos de Lula e sua família foram violentados ao longo do
processo. Agora, a indecente combinação de votos dos três desembargadores da
8a. turma do TRF-4, no julgamento do recurso da defesa, escancarou o caráter do
juízo político.
Lula
foi perseguido, acusado, julgado e condenado num processo de exceção que é a
continuidade do golpe do impeachment de 2016 contra presidenta Dilma Rousseff.
Os
cordões que moveram a Lava Jato e o tribunal de Porto Alegre num processo
viciado para condenar Lula, sem provas e sem crime, são manipulados pelos
mesmos setores que rasgaram a Constituição e os votos de 54 milhões de
eleitores para instalar uma quadrilha no Palácio do Planalto.
Lutamos
e lutaremos para retomar o processo de desenvolvimento com inclusão social que
retirou mais de 32 milhões da pobreza, criou mais de 20 milhões empregos, abriu
as portas da universidade para os negros, os indígenas e os filhos dos
trabalhadores, que acabou com a fome neste país.
Lutamos
e lutaremos pela recuperação da democracia. E que seja a democracia plena, o
que implica em democratizar o acesso aos meios de comunicação, rompendo o
monopólio e garantindo a todos o direito à informação correta.
Lutamos
para fechar a página do golpe, pela convocação de uma Assembleia Constituinte
soberana, que adote reformas populares e revogue as medidas que prejudicaram o
povo e o país, como a chamada PEC da morte, inclusive por meio de plebiscitos e
referendos revogatórios.
Por
todas essas razões - e às vésperas de comemorar nosso 38o. aniversário -, nesta
hora tão decisiva para o futuro do país, a Comissão Executiva Nacional do
PARTIDO DOS TRABALHADORES, reunida em sessão pública com a presença de nossos
governadores, senadores, deputados, dirigentes nacionais e estaduais, e de
representantes dos mais expressivos movimentos sociais, adota a seguinte
Resolução:
1.
Reafirmar a decisão do Diretório Nacional do PT de que o companheiro Luiz
Inácio Lula da Silva será candidato à Presidência da República nas eleições de
outubro de 2018;
2.
Denunciar ao país e ao mundo a farsa judicial contra Lula com a cumplicidade da
mídia, liderada pela Rede Globo: as ações ilegais dos policiais e procuradores
da Lava Jato, a sentença injusta e ilegal de Sérgio Moro, e o voto
indecentemente combinado dos desembargadores do TRF-4;
3.
Saudar e agradecer os partidos políticos, movimentos sociais, organizações e
personalidades que, no Brasil e em todo o mundo, condenaram a perseguição e
proclamaram o sentido democrático da participação de Lula no processo político
e eleitoral;
4.
Aprofundar o diálogo e manter a unidade com os partidos e forças sociais,
buscando formar ampla e sólida aliança, com todos que se coloquem de acordo com
o programa de governo que estamos construindo e apresentaremos ao país;
5.
Criar cada vez mais Comitês Populares em Defesa da Democracia e do Direito de
Lula ser Candidato, envolvendo companheiros e companheiras de diversos
horizontes políticos, para dialogar com o povo sobre a perseguição a Lula.
6.
Orientar os Comitês Populares a se fazer presentes com nossa mensagem nos
festejos do carnaval; a participar do apoio à greve das centrais sindicais
contra a reforma da Previdência, no dia 19 de fevereiro; participar ativamente
das atividades do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, e participar do
Fórum Social Mundial, em Salvador, em março.
Com
Lula e com o povo, até a vitória em outubro!
São
Paulo, 25 de janeiro de 2018
Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores