A Defensoria
Pública do Estado de São Paulo entrou com uma representação no último dia 4,
pedindo que a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado abra um
processo contra o apresentador Ratinho por declarações consideradas
homofóbicas. A informação é da coluna de Monica Bergamo, da Folha
de São Paulo.
Na
semana passada, o apresentador de TV e pai do pré-candidato ao governo do
Paraná, deputado estadual Ratinho Júnior (PSD), publicou vídeo nas redes sociais
comentando as novelas da Rede Globo. “Eu tava vendo a novela da Globo agora,
negócio de cangaceiro, a gente tem que olhar o que está concorrendo com a
gente. Mas poxa, a Globo colocou veado até em filme de cangaceiro, naquele
tempo não tinha veado, não. Vocês acham que tinham veado naquele tempo? É muito
veado. É veado 6 horas da tarde, 8 da noite, 9 da noite, veado 10 da noite. É
muito veado. Eu não sei o que tá acontecendo, não tem tanto veado assim. Ou
tem? Será?”, comentou ele.
Segundo a colunista da Folha de SP, a
Defensoria considerou que o termo foi utilizado pejorativamente. Por isso, o
órgão pediu que a secretaria aplique multa por discriminação homofóbica.
O apresentador tentou voltar atrás,
afirmando que “não quis ofender nenhum gay”, e que tudo não passaria de “uma
brincadeira”.
Para o defensor público Rodrigo Leal da
Silva, a retratação “não exclui o caráter homofóbico da fala”.