quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Requião: Roubam trilhões e querem condenar Lula por apartamento que não é dele


O senador Roberto Requião (MDB-PR) também reagiu com indignação ao anúncio do pagamento de R$ 10 bilhões pela Petrobras a investidores americanos, para encerrar uma disputa judicial nos Estados Unidos; "A indenização sem sentido que Temer e Parente estão pagando a acionistas norte americanos da Petrobras é o dobro da lavajato", criticou Requião; "Quem rouba quem, quem rouba o que? E querem condenar Lula por apto que não é e nunca foi dele? Deus meu! Livrai-mos desta gente!", disparou o senador em sua página no Twitter; 
Paraná 247 - O senador Roberto Requião (MDB-PR) também reagiu com indignação ao anúncio do pagamento de R$ 10 bilhões pela Petrobras a investidores americanos, para encerrar uma disputa judicial nos Estados Unidos (leia mais). 
"A indenização sem sentido que Temer e Parente estão pagando a acionistas norte americanos da Petrobras é o dobro da lavajato. Quem rouba quem, quem rouba o que? E querem condenar Lula por apto que não é e nunca foi dele? Deus meu! Livrai-mos desta gente!", disparou Requião em sua página no Twitter
O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, foi um dos primeiros parlamentares a criticar a indenização da Petrobras e classificou a operação Lava Jato como "o maior assalto da história da Humanidade". "Incrível como conseguiram fazer o maior assalto da história da humanidade. Todo suposto dinheiro recuperado pela Lava Jato foi entregue para os americanos. O Brasil não ganhou nada. Isso fecha a Conexão. O assalto foi comandado de lá dos EUA", diz Pimenta (leia mais). 
Para o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, a disposição de Pedro Parente em pagar indenização é "atípica". Ele cobrou investição do Ministério Público sobre o caso. "Embora não tenha examinado o processo, a situação, em princípio, parece atípica e muito preocupante. Um acordo nessa dimensão, supõe que o direito de indenizar da Petrobras seja absolutamente indiscutível, sob todos os aspectos. E isso está configurado com esse padrão de certeza? Este acordo não trará reflexo para outros acionistas?", questiona Cardozo (leia mais).


Aumentam mobilizações do Ocupa Porto Alegre em defesa de Lula e da democracia

Movimentos, parlamentares, mídia progressista e partidos organizam-se para engrossar apoio ao ex-presidente. PCdoB anuncia participação em caravanas e de sua pré-candidata em atos
Perseguição jurídica, política e da mídia contra ex-presidente tem novo capítulo com julgamento no TRF4

Gabinetes parlamentares, movimentos sociais e partidos de oposição avançam na organização da vigília cívica em defesa da democracia e de eleições livres no Brasil, coordenando atos e mobilizações em Porto Alegre, em 24 de janeiro. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) marcou para essa data o julgamento em segunda instância de recursos da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra acusações da força tarefa da Lava Jato acolhidas pelo juiz da primeira instância Sérgio Moro, de Curitiba. A ratificação da condenação pode inviabilizar sua candidatura nas eleições presidenciais de outubro.
Os mandatos dos senadores paranaenses Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) afirmam estar totalmente dedicados à construção do chamado Ocupa POA, assim como o PCdoB, que ontem (2) emitiu nota pública reafirmando total apoio a Lula e denunciando que o ex-presidente é vítima de perseguição, política, jurídica e midiática e assegurando mobilização de militantes para reforçar caravanas e atos programados.
A deputa estadual no Rio Grande Sul Manuela D'Ávila, pré-candidata do PCdoB à presidência, é uma das lideranças que anunciou presença em um ato das mulheres marcado para dia 23 na capital gaúcha – no qual são esperadas também as ex-presidentas de Brasil e Argentina, Dilma Rousseff e Cristina Kirchner.
Pouco antes do fim do ano, o MTST também declarou apoio e participação nas caravanas em defesa de Lula e da democracia. A Frente Brasil Popular faz campanha virtual de arrecadação de recursos para custear a organização dos atos de resistência. Até o início da tarde desta quarta (3), a frente alcançou 13% da meta de levantar R$ 300 mil.
Segundo o gabinete de Requião, o senador e o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães buscam assinaturas de chefes e ex-chefes de Estado e de governo num manifesto redigido para a ocasião. O intelectual Noam Chomsky gravará um vídeo e está sendo planejada uma declaração ao vivo pela internet, dia 23. A rede de televisão multiestatal Telesur cobrirá as atividades da vigília.
A coordenação também abriu um canal – pelo e-mail ocupapoapr@gmail.com. A ideia é que os que vão para Porto Alegre digam o porquê de irem e, os que não vão, expressem seu apoio a Lula, além de sua defesa da democracia, exigindo eleições livres para presidente.
Portais e blogs progressistas e a Fundação Perseu Abramo terão estruturas dedicadas à divulgação dos vídeos.
Incondicional
Ainda ontem, o PCdoB divulgou nota pública orientando toda a sua militância a participar da jornada democrática rumo a Porto Alegre, ao longo do mês de janeiro e até o dia 24, no entorno do prédio do TRF4. "O Partido manifesta sua solidariedade ao ex-presidente Lula; acusa que os processos movidos contra ele desrespeitaram o Estado democrático de direito; e resolutamente defende o direito de o ex-presidente se candidatar", diz o comunicado assinado pela presidenta nacional do partido, a deputada Luciana Santos (PE).
Leia a nota:
O ano de 2018 já começa com uma batalha decisiva em defesa da democracia e do Estado de Direito: trata-se das mobilizações em apoio ao ex-presidente Lula, que tem sido submetido a ações judiciais que violam o devido processo legal, os direitos e garantias individuais e coletivas.
Em resolução da última reunião da Comissão Política Nacional o PCdoB reiterou sua solidariedade a Lula e denunciou a perseguição político-judicial que visa retirá-lo da disputa presidencial de 2018: "o Partido manifesta sua solidariedade ao ex-presidente Lula; acusa que os processos movidos contra ele desrespeitaram o Estado Democrático de Direito; e resolutamente defende o direito de o ex-presidente se candidatar".
O Partido, portanto, será força ativa na jornada democrática que se reunirá em Porto Alegre (RS) nos dias que antecedem o julgamento de Lula, marcado para 24/1, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
Uma série de atividades estão previstas ao longo do mês de janeiro em todo o Brasil e especialmente em Porto Alegre. Neste sentido, orientamos:
1- O PCdoB e sua militância devem se somar aos atos previstos ao longo do mês de janeiro em todo o país em solidariedade a Lula e como forma de denunciar o julgamento de exceção ao qual é submetido. Devemos buscar construir tais atos em parceria com a Frente Brasil Popular e com todas as forças politicas e sociais dispostas a se engajar nessa causa democrática;
2- Os estados de região Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem se empenhar na construção de caravanas a Porto Alegre (RS). As caravanas devem se programar para chegar a Porto Alegre (RS) no dia 22/1. O dia 23/1, véspera do julgamento, deve ser o ponto alto das mobilizações;
Atividades previstas para Porto Alegre (RS):
- 22/1 (segunda): 18h - Ato com participação de juristas brasileiros e estrangeiros em defesa de Lula;
- 23/1 (terça):
9h – Ato das mulheres em solidariedade a Lula, com Dilma, Manuela D’ávila e Cristina Kirchner (a confirmar);
14h – Painel do Fórum Social Mundial;
18h – Ato político-cultural e inicio da vigília;
- 24/1 (quarta): 8h – Ato político e vigília;
Luciana Santos
Presidenta nacional do PCdoB

Fonte: RBA


Manifesto Eleição sem Lula é Fraude tem 115 mil assinaturas e adesão de artistas

Iniciativa do Projeto Brasil Nação recebe apoio de Wagner Moura, Marieta Severo, Kleber Mendonça, Mario Prata e tenta alcançar 150 mil adesões
O manifesto “Eleição sem Lula é Fraude” se aproximou das 115 mil assinaturas às 17h desta quarta-feira (3). O ator Wagner Moura, a atriz Marieta Severo, os diretores de cinema Kleber Mendonça e Sergio Machado, o escritor Mario Prata, o teatrólogo Amir Haddad, a psicanalista e fundadora do Instituto Augusto Boal Cecília Boal aderiram nesta semana ao documento, que denuncia a perseguição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defende eleições livres e a democracia no Brasil.
O manifesto foi lançado no final do ano pelo economista Luiz Carlos Bresser Pereira, o diplomata Celso Amorim, o cantor Chico Buarque, os escritores Raduan Nassar e Milton Hatoum, a socióloga Maria Victoria Benevides, o jurista Fábio Konder Comparato, a jornalista Hildegard Angel e o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Teto (MST) João Pedro Stédile como uma iniciativa do Projeto Brasil Nação.

“A trama de impedir a candidatura do Lula vale tudo: condenação no tribunal de Porto Alegre, instituição do semiparlamentarismo e até adiar as eleições. Nenhuma das ações elencadas está fora de cogitação. Compõem o arsenal de maldades de forças políticas que não prezam a democracia”, diz o texto.

O manifesto ganha adesões de intelectuais e líderes mundiais preocupados com o quadro político no país e a perseguição ao ex-presidente Lula, como a australiana Sharan Biurrow, presidenta da Confederação Internacional de Sindicatos de Trabalhadores (Ituc) – que representa 170 milhões de pessoas em 155 países –, o ex-diretor executivo Abdrew Whitle, da The Elders (do inglês Os Anciãos, organização fundada em 2007 por Nelson Mandela), que reúne líderes globais e ex-chefes de Estado e o professor emérito da Universidade Jawaharlal Nehru de Nova Déli, o indiano Deepak Nayyar, 
Da Europa, aderiram Heidemarie Wieczorek-Zeul, ex-ministra da Cooperação para o Desenvolvimento da Alemanha; Stefan Rinke, professor do Instituto de Estudos da América Latina da Universidade de Berlim; Inês Oliveira, cineasta (Portugal); Maria Luís Rocha Pinto, professora-associada da Universidade de Aveiro (Portugal); Filipe do Carmo, pesquisador, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Portugal); Pedro de Souza, pesquisador e editor (Portugal).

Na França, o manifesto circula nos principais centros de conhecimento, com a adesão de Luc Boltanski, sociólogo, diretor de honorário da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS); Francine Muel-Dreyfus, socióloga, diretora honorária da EHESS; Gisèle Sapiro, socióloga, diretora de estudos da EHESS; Héctor Guillén Romo, professor de economia da Universidade Paris; Jean-Yves Mollier, professor emérito do Centro de História Cultural das Sociedades Contemporâneas da Universidade de Versalhes; Michel Pialoux, sociólogo, professor aposentado e membro do Centro Europeu de Sociologia e Ciência Política (CESSP) na Universidade de Paris; Monique de Saint Martin, socióloga, diretora honorária da EHESS; Paul Pasquali, sociólogo, pesquisador do Centro Nacional da Pesquisa Científicado (CNRS, um espécie de CNPq da França); Rose-Marie Lagrave, socióloga, diretora honorária da EHESS; Pierre Salama, professor emérito da Universidade de Paris; Roger Chartier, diretor de estudos da EHESS e professor do secular tradicional centro universitário Colégio de França.

Na América Latina, estão entre os novos signatários Monika Meirelles, do Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade Nacional do Méxio; Juan Arturo Guillén Romo, professor e pesquisador da Universidade Autônoma Metropolitana (UAM, México); Pablo Edgardo Martínez Sameck, professor titular de sociologia da Universidade de Buenos Aires. 
No Uruguai, aderiu ao manifesto um grupo de artistas reconhecidos da cultura uruguaia, formado pelos atores do Teatro El Galpón Jorge Bolani, Julio Calcagno, Myriam Gleijer, Héctor Guido, Solange Tenreiro, Silvia García, Pierino Zorzini, Dante Alfonzo, Elizabeth Vignoli e Anael Bazterrica, os produtores Laura Pouso e Gustavo Zidan, o escritor Atilio Perez da Cunha, os diretores de teatro Jorge Denevi e Dervy Vilas e os músicos Eduardo Larbanois e Mario Carrero.

Dos Estados Unidos, assinam Robert DuPlessis. professor emérito de História da Faculdade de Swarthmore (Filadélfia); Ronald H. Chilcote, professor de economia política da Universidade da Califórnia; Santiago Barassi, sociólogo da Universidade de Buenos Aires; Sean Mitchell, fundador e presidente da Sociedade Wojtyla; Michael D. Kennedy, professor de Sociologia e Relações Internacionais da Universidade Universidade Brown (Rhode Island); e Cyrus Bina, do periódico acadêmico Estudos Críticos de Mercado e Sociedade.
Repercussão mundial
Lançado em 19 de dezembro, o manifesto ganhou a adesão da ex-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, o historiador inglês Peter Burke, o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, a escritora portuguesa e presidenta da Fundação José Saramago, Pilar del Rio, do linguista e filósofo norte-americano Noam Chomsky, do prêmio Nobel (1980) da Paz Adolfo Pérez Esquivel e do ex-ministro das Finanças da Grécia Yánis Varoufákis.
A carta ganhou a assinatura de figuras reconhecidas no Brasil, com a adesão do teólogo Leonardo Boff, do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, da sambista Beth Carvalho, das atrizes Bete Mendes, Silvia Buarque e Soraya Ravenle, do cartunista Renato Aroeira, dos cineastas Silvio Tendler e Walter Lima Júnior, do artista plástico Ernesto Neto.
Da cena política brasileira aderiram nome como Manoela D´Ávila, deputada estadual do PCdoB-RS; Guilherme Boulos, coordenador do MTST e da Frente Povo Sem Medo; Vagner Freitas, presidente da CUT; João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical; Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical; Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares (CMP) e da Frente Brasil Popular; e Nalu Faria, da Marcha Mundial das Mulheres.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) marcou para o dia 24 de janeiro o julgamento do Lula na Operação Lava Jato no caso do triplex do Guarujá.
Os signatários do manifesto denunciam que “a tentativa de marcar em tempo recorde para o dia 24 de janeiro a data do julgamento em segunda instância do processo de Lula nada tem de legalidade. Trata-se de um puro ato de perseguição da liderança política mais popular do país”.
Para ler (também com versões em inglês, francês, espanhol e árabe) e assinar o manifesto, acesse aqui o link.
Da RBA com informações do Projeto Brasil Nação


Moradores do Marissol vão decidir por reforma ou construção de nova UBS

Em reunião do prefeito com lideranças do bairro, foi definido que decisão será tomada pela própria comunidade, em assembleia que acontecerá na próxima quinta-feira (11/01), às 19 horas. 
(Foto: Edson Denobi)
Colocando em prática a essência do mandato participativo, a Prefeitura de Apucarana deixará nas mãos dos moradores a decisão de reformar ou construir uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS) na região do Jardim Marissol. A comunidade escolherá uma das duas alternativas na próxima quinta-feira (11/01), às 19 horas, em assembleia que acontecerá nas dependências da Escola Municipal Fábio Henrique da Silva.
As possibilidades de solução e a data da assembleia foram definidas nesta quarta-feira (03/01), durante reunião com lideranças do Jardim Marissol e de outros bairros daquela região que são atendidos pela UBS, como o Loteamento Raposa I e II. “Buscamos construir um mandato participativo, no qual delegamos as principais decisões aos moradores, àqueles que vivem no dia a dia a realidade do bairro”, frisa o prefeito de Apucarana, Beto Preto.
A reunião contou ainda com a presença dos secretários municipais de Obras, Herivelto Moreno, e de Governo, Laércio Morais, além do vice-presidente da Autarquia Municipal de Saúde, Emídio Bachiega, e do diretor da Atenção Básica da AMS, Marcelo Viana.
A reforma e ampliação do atual prédio da UBS custará cerca de R$ 160 mil aos cofres municipais. “O terreno tem pouco espaço e permitirá apenas a ampliação de cerca de 70 metros quadrados da atual área”, pontua Beto Preto, lembrando que esta é uma região da cidade que vem crescendo, especialmente com a construção de novos conjuntos habitacionais.
Tendo em vista este cenário de crescimento, a Prefeitura também está oferecendo a possibilidade de edificação de um novo prédio, com cerca de 220 metros quadrados de área construída, orçado em R$ 350 mil. “Entretanto, como o projeto terá dimensões maiores, não poderá ser feito no terreno atual. Por isso, estamos disponibilizando dois terrenos maiores localizados nesta região da cidade e que são de propriedade do município”, esclarece Beto Preto.
No caso de uma nova construção, a ideia será contemplar o atendimento com um olhar de futuro. “É uma região que continuará crescendo e a nova UBS seria uma solução tendo em vista essa realidade”, contextualiza Beto Preto, lembrando que a Prefeitura já levou uma série de melhorias para a região do Jardim Marissol. “Foram duas reformas na escola, uma reforma na creche, uma academia ao ar livre e asfalto em 75% do bairro. Agora, estamos buscando essa adequação para a área de saúde, decisão que será tomada pelos próprios moradores”, reforça o prefeito de Apucarana.

Repórter do ‘Sul21’ é abordado pela Brigada e tem arma apontada para a cabeça nas imediações do TRF4

Tribunal Regional Federal da 4ª Região sediará julgamento em segunda 
instância do ex-presidente Lula dia 24 de janeiro. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

O repórter fotográfico Guilherme Santos, do Sul21, teve uma pistola apontada para a cabeça, na tarde desta terça-feira (2), por um integrante da Brigada Militar, durante uma abordagem realizada nas imediações do prédio do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Guilherme foi abordado por quatro policiais em uma viatura da Brigada Militar, na avenida Augusto de Carvalho, cerca de 10 minutos depois de fazer algumas fotos externas do prédio do TRF4, onde será realizado o julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 24 de janeiro.
Na abordagem, segundo relata o repórter, um dos policiais apontou uma pistola para ele, pela janela da viatura, e ordenou que colocasse as mãos na cabeça. Guilherme Santos, que portava o crachá do Sul21 no momento da abordagem, se identificou como jornalista e explicou que estava trabalhando. Os policiais pediram o documento de identidade do repórter e passaram os seus dados pelo rádio. Após a identificação, ele foi liberado. Questionados sobre o motivo da abordagem, os policiais disseram que receberam um chamado para averiguar o que ele estava fazendo nas proximidades do prédio do tribunal.
“Fiquei muito nervoso e sem reação na hora. Não entendi o que estava acontecendo. Não tinha nenhuma explicação para uma abordagem daquele tipo com arma apontada para a cabeça. Eu estava trabalhando, com a câmera no pescoço e o crachá visível na altura do peito”, relatou Guilherme Santos.
A assessoria de comunicação social do TRF4 disse que a ligação não partiu do tribunal e assegurou que não há nenhuma orientação para esse tipo de abordagem. Segundo Analice Bolzan, coordenadora de Comunicação do tribunal, os profissionais da imprensa poderão acompanhar o julgamento do dia 24 de janeiro segundo regras de credenciamento que deverão ser definidas na próxima semana.
Sul21 entrou em contato com o Cel. Jefferson Jacques, comandante do CPC (Comando de Policiamento da Capital), para entender se existe uma orientação para abordagens deste tipo nas imediações do TRF4 e se já há alguma restrição física ao trabalho de jornalistas na região. Segundo ele, o plano de segurança para o dia do julgamento está sendo montado mas, no momento, não há qualquer restrição para a circulação de pessoas no local. O coronel disse ainda que, para que a BM tenha feito a abordagem, ela precisa ter sido acionada por outra parte. Por Marco Weissheimer do Sul21