sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Temer vai enfrentar mais cinco investigações ao deixar o cargo


Michel Temer chega ao fim de seu governo-tampão menor do que entrou; depois de praticar o golpe em contra uma presidente que ele próprio diz ser honesta, o vice decorativo se despede com o legado de pior presidente da história da república e com uma lista de investigações contra si; a apuração sobre o decreto dos portos que resultou na denúncia apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal) na quarta (19) encontrou indícios de outros cinco crimes envolvendo o emedebista
247 - Michel Temer chega ao fim de seu governo-tampão menor do que entrou. Depois de praticar o golpe em contra uma presidente que ele próprio diz ser honesta, o vice decorativo se despede com o legado de pior presidente da história da república e com uma lista de investigações contra si. A apuração sobre o decreto dos portos que resultou na denúncia apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal) na quarta (19) encontrou indícios de outros cinco crimes envolvendo o emedebista.
Com isso, depois de deixar o Planalto, o emedebista deverá enfrentar na primeira instância da Justiça quatro investigações em fase avançada e mais cinco novos inquéritos.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, "as cinco novas suspeitas descritas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, referentes a fatos de 2010 a 2015, não integraram a denúncia porque são anteriores ao atual mandato presidencial, iniciado em 2016. Caberá a um procurador que atua na primeira instância analisá-las para eventualmente oferecer novas denúncias."
Das 5 novas apurações, 3 têm a Argeplan Arquitetura e Engenharia como elemento principal. A PGR (Procuradoria-Geral da República) defende que a empresa, que aparece na denúncia por portos como intermediária de propina e que tem como um de seus sócios o coronel João Baptista Lima Filho, pertence a Temer. 
A matéria ainda destaca que "Lima e Temer são amigos desde os anos 80. A Argeplan ganhou impulso naquela década com contratos de consultoria com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. À época, Temer era o titular da pasta. Um dos pedidos de abertura de inquérito envolve um contrato milionário da Eletronuclear para a construção da usina de Angra 3 que foi paralisado devido a suspeitas levantadas pela Lava Jato. O contrato, de R$ 162 milhões, foi firmado pela multinacional AF Consult, que subcontratou a AF Consult do Brasil, que por sua vez tem a Argeplan em seu quadro societário."


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