sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Patrícia Campos Mello é citada pela Time como uma das personalidades do ano


A revista americana Time escolheu a jornalista brasileira Patrícia Campos Mello como uma das personalidades do ano; no texto em que a revista americana apresenta os jornalistas guardiões na busca pela verdade, Mello é citada pelo seu trabalho e pela perseguição e ameaças que sofreu de pessoas ligadas ao bolsonarismo no Brasil; o texto diz: "no Brasil, a repórter Patrícia Campos Mello foi alvo de ameaças após relatar que apoiadores do presidente eleito, Jair Bolsonaro, financiaram uma campanha para disseminar notícias falsas no WhatsApp"
247 - A revista americana Time escolheu a jornalista brasileira Patrícia Campos Mello como uma das personalidades do ano. No texto em que a revista americana apresenta os jornalistas guardiões na busca pela verdade, Mello é citada pelo seu trabalho e pela perseguição e ameaças que sofreu de pessoas ligadas ao bolsonarismo no Brasil. O texto diz: "no Brasil, a repórter Patrícia Campos Mello foi alvo de ameaças após relatar que apoiadores do presidente eleito, Jair Bolsonaro, financiaram uma campanha para disseminar notícias falsas no WhatsApp".
A matéria do jornal Folha de S. Paulo relembra o trabalho da jornalista: "reportagem da Folha publicada em outubro mostrou que empresários impulsionaram disparos por WhatsApp contra o PT. Nos cinco dias seguintes à publicação da reportagem, um dos números de WhatsApp mantidos pela Folha recebeu mais de 220 mil mensagens de cerca de 50 mil contas do aplicativo. Campos Mello recebeu ligações telefônicas com ameaça, e o diretor-executivo do Datafolha, mensagens com o mesmo teor."
E relata que recorreu à justiça para investigar o caso: "o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, determinou à Polícia Federal a abertura de um inquérito para apurar os relatos. A investigação está em andamento."
Sem esquecer que advogados de Bolsonaro também entraram na justiça contra o jornale contra seus adversários eleitorais: "os advogados da candidatura de Bolsonaro protocolaram em 27 de outubro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma ação contra o candidato do PT, Fernando Haddad, sua vice, Manuela D'Ávila (PC do B), o presidente do Grupo Folha, Luiz Frias, a diretora Editorial e de Redação da Folha, Maria Cristina Frias, e a repórter Patrícia Campos Mello."
Cristina Zahar, secretaria executiva da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) afirmou que "esses são novos tempos, realmente novos tempos (...) E os jornalistas precisam encontrar maneiras de lidar com isso (...) Com a polarização, a crença na sua própria verdade se fortaleceu, e não importa se o que outros dizem é uma mentira."


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