A revista americana Time escolheu a jornalista brasileira
Patrícia Campos Mello como uma das personalidades do ano; no texto em que a
revista americana apresenta os jornalistas guardiões na busca pela verdade,
Mello é citada pelo seu trabalho e pela perseguição e ameaças que sofreu de
pessoas ligadas ao bolsonarismo no Brasil; o texto diz: "no Brasil, a
repórter Patrícia Campos Mello foi alvo de ameaças após relatar que apoiadores
do presidente eleito, Jair Bolsonaro, financiaram uma campanha para disseminar
notícias falsas no WhatsApp"
247 - A
revista americana Time escolheu a jornalista brasileira Patrícia Campos Mello
como uma das personalidades do ano. No texto em que a revista americana
apresenta os jornalistas guardiões na busca pela verdade, Mello é citada pelo
seu trabalho e pela perseguição e ameaças que sofreu de pessoas ligadas ao
bolsonarismo no Brasil. O texto diz: "no Brasil, a repórter Patrícia
Campos Mello foi alvo de ameaças após relatar que apoiadores do presidente
eleito, Jair Bolsonaro, financiaram uma campanha para disseminar notícias
falsas no WhatsApp".
A matéria do jornal Folha de S.
Paulo relembra o trabalho da jornalista: "reportagem da
Folha publicada em outubro mostrou que empresários impulsionaram disparos por
WhatsApp contra o PT. Nos cinco dias seguintes à publicação da reportagem, um dos números de
WhatsApp mantidos pela Folha recebeu mais de 220 mil mensagens de cerca de 50
mil contas do aplicativo. Campos Mello recebeu ligações telefônicas com ameaça,
e o diretor-executivo do Datafolha, mensagens com o mesmo teor."
E relata que recorreu à justiça
para investigar o caso: "o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann,
determinou à Polícia Federal a abertura de um inquérito para apurar os relatos.
A investigação está em andamento."
Sem
esquecer que advogados de Bolsonaro também entraram na justiça contra o jornale
contra seus adversários eleitorais: "os advogados da candidatura de
Bolsonaro protocolaram em 27 de outubro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
uma ação contra o candidato do PT, Fernando Haddad, sua vice, Manuela D'Ávila
(PC do B), o presidente do Grupo Folha, Luiz Frias, a diretora Editorial e de
Redação da Folha, Maria Cristina Frias, e a repórter Patrícia Campos Mello."
Cristina
Zahar, secretaria executiva da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo
Investigativo) afirmou que "esses são
novos tempos, realmente novos tempos (...) E os jornalistas precisam encontrar
maneiras de lidar com isso (...) Com a polarização, a crença na sua própria
verdade se fortaleceu, e não importa se o que outros dizem é uma mentira."
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