O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro
(PSL-RJ) foi chamado para prestar esclarecimentos ao Ministério Público sobre
movimentação financeira atípica de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, que não
compareceu nesta sexta-feira pela segunda vez a depoimento marcado pelo MPRJ,
informou o órgão; MPRJ sugeriu que a oitiva de Flávio Bolsonaro seja realizada
em 10 de janeiro de 2019, quando seu pai já terá tomado posse como presidente
da República; Queiroz movimentou R$ 1,28 milhão em sua conta e recolheu
salários de funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O deputado
estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito
Jair Bolsonaro, foi chamado para prestar esclarecimentos ao Ministério Público
do Rio de Janeiro sobre movimentação financeira atípica de seu ex-assessor
Fabrício Queiroz, que não compareceu nesta sexta-feira pela segunda vez a
depoimento marcado pelo MPRJ, informou o órgão.
O MPRJ sugeriu que
a oitiva de Flávio Bolsonaro seja realizada em 10 de janeiro de 2019, quando
seu pai já terá tomado posse como presidente da República, mas informou que o
parlamentar tem a prerrogativa de escolher a melhor data para comparecer.
"O
MPRJ esclarece que dando prosseguimento às investigações será enviado oficio ao
presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj)
sugerindo o comparecimento do deputado estadual Flávio Nantes Bolsonaro, no dia
10/01, para que preste esclarecimentos acerca dos fatos", disse o Ministério
Público em nota.
A
decisão de chamar o filho do futuro presidente para prestar esclarecimentos
ocorreu após Queiroz ter alegado problemas de saúde pela segunda vez para não
comparecer a depoimento para explicar movimentação atípica de mais de 1,2
milhão de reais entre 2016 e 2017 identificada pelo Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf).
O
depoimento do ex-motorista de Flávio Bolsonaro estava marcado originalmente
para quarta-feira, quando ele não compareceu pela primeira vez. De acordo com o
MPRJ, o advogado de Queiroz compareceu à sede do MPRJ nesta sexta-feira para
informar que seu cliente "precisou ser internado, na data de hoje, para
realização de um procedimento invasivo com anestesia, o que será devidamente
comprovado, posteriormente, através dos respectivos laudos médicos".
O
Ministério Público também informou que decidiu chamar parentes de Queiroz para
prestar esclarecimentos no âmbito da investigação.
De
acordo com o relatório do Coaf, entre a movimentação suspeita de Queiroz de 1,2
milhão de reais estão depósitos à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O
presidente eleito já justificou os depósitos afirmando que eram pagamentos de
um empréstimo que havia feito a Queiroz, e disse que se tiver errado por não
ter registrado a operação na declaração do Imposto de Renda irá reparar o erro.
Na
terça-feira, ao ser questionado por jornalistas, Flávio Bolsonaro disse ter
conversado recentemente com Queiroz e ouvido do ex-assessor como justificativa
para a movimentação financeira que ele tinha gerido recursos da família no
período apontado pelo Coaf.
Assessores
do parlamentar não estavam disponíveis de imediato nesta sexta-feira para
comentar a decisão do MPRJ.
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