quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Miriam Leitão cobra de Moro e dos Bolsonaro explicação convincente sobre caso Queiroz


A jornalista Miriam Leitão cobra do futuro ministro da Justiça, o juiz Sérgio Moro, e do presidente eleito, Jair Bolsonaro, uma explicação sobe os esquemas ilícitos de Fabrício Galvão, ex-assessor parlamentar do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que chegou a movimentar R$ 1,2 milhões de reais em sua conta pessoal; "Sérgio Moro primeiro escolheu o silêncio, depois admitiu que era preciso explicar, apesar de ter se convencido de que houve um empréstimo", aponta Miriam; a jornalista ainda lamenta que o juiz "não tenha respostas claras" sobre os atos escusos do clã Bolsonaro 
247 - Em artigo , a jornalista Miriam Leitão cobra do futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, e do presidente eleito, Jair Bolsonaro uma explicação sobe os esquemas ilícitos de Fabrício Galvão, assessor parlamentar do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que chegou a movimentar R$ 1,2 milhões de reais em sua conta pessoal.
Para Miriam, "a família do presidente eleito dão respostas vagas para o caso do ex-assessor do deputado estadual, e senador eleito, Flávio Bolsonaro. Os depósitos e saques sequenciais em sua conta lembram um padrão que ficou conhecido durante a Lava-Jato". 
A jornalista aponta evidências de atos ilícitos envolvendo o clã Bolsonaro. "Fabrício de Queiroz é chamado de ex-assessor porque se exonerou em outubro, mas circula próximo à família Bolsonaro há muito tempo. Tem antigas e sólidas relações. O valor que movimentou em um ano, R$ 1,2 milhão, está acima de suas posses. A maneira como os depósitos e saques foram feitos parece seguir um padrão que sempre foi entendido pelos investigadores da Lava-Jato como indício de lavagem de dinheiro. Por isso é tão importante que se mostre a origem dos recursos. A coincidência de depósitos de servidores na conta de Queiroz nos dias do pagamento na Assembleia Legislativa, onde o deputado, agora senador eleito, tinha seu gabinete, lembra muito os pagamentos de pedágios feitos por funcionários dos políticos. Os saques em quantias picadas, em agências diferentes do mesmo banco, no mesmo dia, também remetem a esquemas em que o dinheiro passava por contas para ser lavado e usado para o pagamento de despesas. Pode ser pura coincidência, mas, tantas investigações depois, é mais difícil acreditar no acaso". 

"As idas e vindas das reações ao caso no novo governo também não favorecem o esclarecimento. O futuro ministro da Justiça Sérgio Moro primeiro escolheu o silêncio, depois admitiu que era preciso explicar, apesar de ter se convencido de que houve um empréstimo. “O senhor presidente eleito já esclareceu a parte que lhe cabe do episódio”. Para Moro, outros devem explicações, principalmente “o senhor Queiroz”. O futuro ministro da Casa Civil, Oxyx Lorenzoni, irritou-se com a imprensa — “não tem a menor relevância sua pergunta”— depois quis saber o salário do jornalista, acusou o Coaf de não ter tido o mesmo comportamento em outros casos, o que não é verdade. Dias depois, mais calmo, admitiu que tudo precisa de investigação", observa a jornalista. 

Ela conclui o artigo dizendo que "o país aprendeu nos últimos anos, em sentenças memoráveis como as do juiz Sérgio Moro, a preferir explicações claras. E elas ainda estão fazendo falta neste caso". 


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