Classificado por Jair Bolsonaro como "o maior fake news
do Brasil", o jornal Folha de S.Paulo da família Frias mandou seu primeiro
aviso de guerra ao presidente eleito com a manchete desta sexta-feira:
"Relatório do Coaf envolve ex-assessor de Flávio Bolsonaro"; os Frias
implementaram durante a campanha eleitoral uma política editorial de simpatia a
Bolsonaro e de continuidade de sua hostilidade histórica ao PT; a relação ficou
abalada com as reportagens da jornalista Patrícia Campos Mello e agora azedaram
de vez
247 - Classificado por Jair Bolsonaro como "o maior fake news
do Brasil", o jornal Folha de S.Paulo da família Frias mandou seu primeiro
aviso de guerra ao presidente eleito com a manchete desta sexta-feira:
"Relatório do Coaf envolve ex-assessor de Flávio Bolsonaro". Os Frias
implementaram durante a campanha eleitoral uma política editorial de simpatia a
Bolsonaro e de continuidade de sua hostilidade histórica ao PT.
A boa relação com o
candidato de extrema-direita foi interrompida apenas pelas reportagens da jornalista Patrícia
Campos Mello revelando a fraude eleitoral com o financiamento ilegal de uma
milionária campanha de Whastapp patrocinada por empresas. O antipetismo
visceral do jornal e o acolhimento da "alternativa Bolsonaro" chegou
a ponto de os Frias proibirem seus jornalistas de grafarem que Bolsonaro é de
extrema-direita. Mas o caldo entornou com as reportagens de Mello, o que abriu
uma crise na relação entre Bolsonaro e o jornal, a ponto do então candidato
fazer um ataque público agressivo ao jornal no último comício de sua campanha (aqui), reafirmado em uma entrevista ao
Jornal Nacional logo depois de sua vitória (aqui).
Agora vem o
troco dos Frias que avisam: pode haver guerra. A reportagem desta sexta (aqui) é um resumo daquela publicada na
véspera pelo jornalista Fausto Macedo em O Estado de S.Paulo e ampliada numa
sequência de reportagens e artigos no 247 (aqui).
O texto da
Folha de S.Paulo reproduz a reportagem do Estado de S.Paulo:
"Um
relatório produzido pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras)
em desdobramento da Operação Lava Jato no Rio indica movimentação financeira
atípica de um ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), que é
filho de Jair Bolsonaro e senador eleito.
A informação
foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira (6).
O
ex-assessor parlamentar e policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz
movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, de acordo com
o relatório do órgão.
A reportagem
do jornal afirma que uma das transações de Queiroz citadas no relatório do Coaf
é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama, Michelle
Bolsonaro".
Ao final, a
reportagem registra a posição de Flávio Bolsonaro e a falta de resposta do PM
Queiroz:
"Procurado,
Flávio Bolsonaro, por meio de seus assessores, defendeu o ex-auxiliar.
'Fabricio de Queiroz trabalha há mais de dez anos como segurança e motorista do
deputado Flávio Bolsonaro, com quem construiu uma relação de amizade e
confiança. O deputado não possui informação de qualquer fato que desabone sua
conduta. No dia 16 de outubro de 2018, a pedido, ele foi exonerado do gabinete
para tratar de sua passagem para a inatividade.'
Procurado
nas redes sociais, Fabricio ainda não retornou contato. O chefe de gabinete de
Flavio Bolsonaro disse à reportagem que não tem o número de telefone do
ex-assessor desde sua exoneração, em outubro."
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