A ideia anunciada por Jair Bolsonaro de facilitar a posse de
armas por decreto enfrenta a oposição da maioria absoluta da população
brasileira; de acordo com levantamento feito pelo Datafolha, 61% são contra a
ideia e apenas 37% a defendem; especialistas em segurança pública veem como
"erro grosseiro" a proposta dos bolsonaristas
247
– A ideia anunciada por Jair Bolsonaro de facilitar a posse de
armas por decreto enfrenta a oposição da maioria absoluta da população
brasileira; de acordo com levantamento feito pelo Datafolha, 61% são contra a
ideia e apenas 37% a defendem. "O total de brasileiros que se
declaram contrários à liberação da posse de armas de fogo aumentou desde
outubro, segundo a mais recente pesquisa Datafolha. Em dezembro, 61% dos entrevistados disseram que a posse deve 'ser
proibida, pois representa ameaça à vida de outras pessoas'. No levantamento
anterior, de outubro, 55% concordavam com essa posição", aponta a reportagem de Marina Estarque.
"No mesmo período, a
parcela de pessoas que considera a posse de armas 'um direito do cidadão para
se defender' oscilou negativamente, passou de 41% para 37%, ou seja, no limite
da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para
menos. Outros 2% não souberam responder. Foram
entrevistadas 2.077 pessoas em 130 municípios em todas as regiões do país, nos
dias 18 e 19 de dezembro."
Pesquisa
publicada na Comunidade 247, que reuniu 5 mil votos ao longo do dia 29, apontou
que a maioria acredita que a intenção de Jair Bolsonaro de liberar, via
decreto, o porte de arma de fogo para quem não tem antecedentes criminais vai
ampliar a violência, assim como as tragédias domésticas e o feminicídio. Para
15%, a medida é correta e pode reduzir a violência (saiba mais aqui).
Especialistas
em segurança pública e juristas veem com preocupação o anúncio feito neste
sábado 29 pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, de facilitar o porte de armas
via decreto. Eles destacam, por exemplo,
que a medida acarreta num "aumento exponencial do risco" ao cidadão
armado, que tem 70% mais chances de serem baleadas num assalto caso porte uma
arma de fogo. O dado foi citado por José Vicente da Silva Filho, coronel da
reserva da Polícia Militar de São Paulo e ex-secretário nacional de segurança
pública no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
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