segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Datafolha: 61% são contra plano de Bolsonaro para facilitar posse de armas


A ideia anunciada por Jair Bolsonaro de facilitar a posse de armas por decreto enfrenta a oposição da maioria absoluta da população brasileira; de acordo com levantamento feito pelo Datafolha, 61% são contra a ideia e apenas 37% a defendem; especialistas em segurança pública veem como "erro grosseiro" a proposta dos bolsonaristas
247 – A ideia anunciada por Jair Bolsonaro de facilitar a posse de armas por decreto enfrenta a oposição da maioria absoluta da população brasileira; de acordo com levantamento feito pelo Datafolha, 61% são contra a ideia e apenas 37% a defendem.  "O total de brasileiros que se declaram contrários à liberação da posse de armas de fogo aumentou desde outubro, segundo a mais recente pesquisa Datafolha. Em dezembro, 61% dos entrevistados disseram que a posse deve 'ser proibida, pois representa ameaça à vida de outras pessoas'. No levantamento anterior, de outubro, 55% concordavam com essa posição", aponta a reportagem de Marina Estarque.
"No mesmo período, a parcela de pessoas que considera a posse de armas 'um direito do cidadão para se defender' oscilou negativamente, passou de 41% para 37%, ou seja, no limite da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Outros 2% não souberam responder. Foram entrevistadas 2.077 pessoas em 130 municípios em todas as regiões do país, nos dias 18 e 19 de dezembro."
Pesquisa publicada na Comunidade 247, que reuniu 5 mil votos ao longo do dia 29, apontou que a maioria acredita que a intenção de Jair Bolsonaro de liberar, via decreto, o porte de arma de fogo para quem não tem antecedentes criminais vai ampliar a violência, assim como as tragédias domésticas e o feminicídio. Para 15%, a medida é correta e pode reduzir a violência (saiba mais aqui). 
Especialistas em segurança pública e juristas veem com preocupação o anúncio feito neste sábado 29 pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, de facilitar o porte de armas via decreto. Eles destacam, por exemplo, que a medida acarreta num "aumento exponencial do risco" ao cidadão armado, que tem 70% mais chances de serem baleadas num assalto caso porte uma arma de fogo. O dado foi citado por José Vicente da Silva Filho, coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo e ex-secretário nacional de segurança pública no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).



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