Mais cedo, vice do presidente eleito afirmou que futuro ministro terá de deixar o governo se for provado que ele cometeu ato ilícito
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, sugeriu que poderá
demitir o futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, se houver denúncia
robusta contra ele.
"Olha só, havendo
qualquer comprovação obviamente ou uma denúncia robusta contra quem quer que
seja do meu governo que esteja ao alcance da minha caneta bic, ela será
usada", afirmou.
A
declaração é uma resposta a questionamento feito sobre uma fala de seu vice,
general Hamilton Mourão. Em Belo Horizonte, Mourão disse que Onyx terá de
deixar o governo se for provado que ele cometeu ato ilícito.
O
futuro chefe da Casa Civil se tornou alvo de uma investigação aberta no STF
(Supremo Tribunal Federal) a pedido da Procuradoria-Geral da República, na
terça-feira (4) por suspeita de caixa dois.
Ele foi apontado em
acordos de delação da JBS como beneficiário de dois repasses na Onyx não
declarados como doações de campanha. Um deles de R$ 100 mil em 2014, e outro de
R$ 100 mil em 2012.
Onyx
já admitiu em entrevista ter recebido R$ 100 mil da JBS em 2014 e pediu
desculpas. Ele, contudo, nega a segunda acusação, revelada pela Folha de
S.Paulo em novembro.
Na
reta final da formação de sua equipe de governo, Bolsonaro afirmou nesta quarta
que ainda não escolheu o futuro ministro de Direitos Humanos. Ele diz que
Damares Alves, advogada e assessora do senador Magno Malta (PR-ES), é apenas um
nome, mas que não há definição.
O
presidente eleito negou que haja qualquer animosidade com o fato de Malta não
ter sido escolhido para ocupar nenhum de seus ministérios. Logo depois do
segundo turno, o senador se apresentava como nome que seria escalado para
compor o primeiro escalão do próximo governo.
"As
portas estão abertas para ele. A questão de possível ministério, não achamos
adequado no momento. Ele pode estar ao meu lado e as portas nunca foram
fechadas para ele. Se para todos amigos de campanha eu fosse dar ministério
seria difícil da minha parte. Eu ofereci ser meu vice e ele achou melhor
concorrer ao Senado e não se elegeu. Eu sou grato a ele. As portas da transição
estão abertas para ele", afirmou. Com informações da Folhapress.
Fonte:
Notícias ao Minuto
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