Presidente eleito afirmou nesse sábado que a causa do
mal-estar sentido na véspera foi uma confusão nos medicamentos que está
tomando; Bolsonaro está no olho do furacão após vir à tona o escândalo do Bolsogate;
nesta sexta, o vice Mourão deu uma declaração de sentido dúbio em entrevista à
jornalista Miriam Leitão: "Estou aqui para substituir o presidente"
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O
presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesse sábado que a causa do mal-estar
sentido na véspera foi uma confusão nos medicamentos que está tomando e
declarou que talvez adie a cirurgia programada inicialmente para janeiro de
2019.
"Me confundi com
uma série de medicamentos...e aí dormi, mas estou bem. Tomei uma dose além do
normal, foi como tomar um sonífero", disse a jornalistas após participar
de mais um evento militar no Rio. "Talvez adie a cirugia, mas estou bem;
vamos esperar. O Brasil precisa de todos para tirar o país dessa
situação", acrescentou.
Ele afirmou
que deve voltar a São Paulo na próxima semana para fazer novos exames e disse
que, por ele, se estiver bem, opera "logo, agora".
"Se o
doutor Macedo achar na quinta-feira que estou em condições, posso baixar logo.
Eu gostaria de não ficar uma semana baixado depois, em janeiro", disse ao
citar ainda a possível ida ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, como um dos
motivos também para mudar data da cirurgia.
Coaf
Sobre a
movimentação de 1,2 milhão de reais do assessor do filho Flávio Bolsonaro,
detectada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o
presidente eleito disse que conhece Fabrício Queiroz desde 1984 e tem uma
amizade próxima.
"Eu já
o socorri financeiramente em outras oportunidades. Nessa última agora houve um
acúmulo de dívida e ele resolveu me pagar... em 10 cheques de 4 mil reais. Eu
não botei na minha conta por que tenho dificuldade para ir em banco e deixei
para minha esposa."
"Lamento
o constrangimento que ele está passando, mas ninguém dá dinheiro sujo com
cheque nominal. Espero que ele se explique...foi normal e natural",
adicionou o presidente eleito
Bolsonaro
destacou que movimentação atípica não é sinônimo de crime e que seu filho
Flávio Bolsonaro não foi alvo da operação que teve como origem um pente fino da
Coaf.
Ele disse
que ainda não conversou com Queiroz e muito pouco com seu filho, que está
abatido com a situação.
"Se
errei (em não ter declarado o dinheiro recebido de Queiroz), eu arco minha
responsabilidade junto ao fisco", disse ele.
Por Rodrigo
Viga Gaier; Edição de Claudia Violante
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