sábado, 15 de dezembro de 2018

Bolsogate: filha de ex-assessor repassou até 99% do salário ao pai


Nathalia Melo de Queiroz, filha do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, o motorista Fabrício de Queiroz, depositou na conta do pai o equivalente a quase 99% do que recebeu como funcionária do gabinete na Alerj no período que está sob investigação; a informação é de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, que reforça as suspeitas de que Queiroz era o arrecadador da família Bolsonaro
247 - Enquanto o ex-assessor Fabrício de Queiroz não aparece para dar explicações sobre as sua vultuosas movimentações financeiras, o rastro do escândalo do Bolsogate vai ficando cada vez mais intenso. Segundo matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, neste sábado (15), o ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL) na Assembleia Legislativa do Rio, mostra indícios de que pelo menos uma funcionária pode ter depositado em sua conta o equivalente a quase tudo que recebeu na Casa no período investigado pelo COAF.
As suspeitas de que Queiroz era o arrecadador da família Bolsonaro, sendo o responsável por recolher os valores oriundos de salários recebidos pelos funcionários, ganha força. Segundo a reportagem, Nathalia Melo de Queiroz, filha do ex-servidor, repassou a ele R$ 97.641,20, que equivale a 99% do pagamento líquido de um assessor da Alerj, sendo crédito mensal médio de R$ 7.510,86.
A reportagem destaca que para chegar a esse valor usou o relatório do Coaf apontando na Operação Furna da Onça, que revelou que no período investigado Nathalia transferiu os R$ 97.641,20 para a conta de seu pai, que também era assessor de Flávio.
Funcionária da Alerj de setembro de 2007 a dezembro de 2016, Nathalia foi trabalhar como assessora no gabinete do então deputado e hoje presidente eleito, Jair Bolsonaro, sendo exonerada em 15 de outubro, mesmo dia em que seu pai foi desligado do gabinete de Flávio, após a revelação do esquema do Bolsogate.
Reportagem publicada pela Folha de S. Paulo mostrou ainda que Nathalia, enquanto era funcionária do gabinete parlamentar, trabalhava como personal trainer no Rio, exercendo a atividade durante o horário que deveria estar no gabinete.
Confira a íntegra da matéria publicada pelo O Estado de S. Paulo

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