O advogado Zanone
Manuel de Oliveira Júnior, responsável pela defesa de Adélio Bispo, que foi
alvo nesta sexta-feira (21) de mandados de busca e apreensão realizadas pela
Polícia Federal (PF), afirmou que eles “querem saber é se foi o Lula que pagou
a defesa, se foi o PSOL, o Jean Willys”.
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Segundo a PF, os
mandados cumpridos nos endereços ligados ao advogado, em Belo Horizonte, tinham
o objetivo de identificar quem estaria financiando a defesa de Adélio, que foi
enquadrado na Lei de Segurança Nacional por ter esfaqueado Jair Bolsonaro
(PSL), no dia 6 de setembro em Juiz de Fora (MG).
O
advogado classificou como “normal” a busca e apreensão feita no seu escritório,
mas considerou a apreensão de seu telefone celular um precedente perigoso.
“Ali
tem a intimidade de mais de mil pessoas que escolheram o meu escritório,
inclusive policiais, promotores. A partir de agora qualquer juiz vai tomar
telefone de advogado no momento que quiser, até dentro do fórum. Isso é um
risco para o direito de defesa de qualquer pessoa”, afirmou.
Zanone
negou a hipótese de ter assumido a causa de graça, em troca da enorme
exposição, e reafirmou que recebeu de R$ 25 mil no primeiro momento de um
patrocinador anônimo que desapareceu ao receber o valor total da defesa (R$ 300
mil).
Ele
creditou a ação da PF e o aumento das cobranças por um esclarecimento do caso
nas redes sociais à proximidade da posse de Bolsonaro.
“Isso é
por causa da posse. Inclusive se o Bolsomito quiser contratar o meu escritório
é só me procurar. Não tenho absolutamente nada contra ele”, disse.
“Adelio
diz que só se arrepende de não ter logrado êxito. É por isso que estou alegando
insanidade. Adélio diz que foi ele quem elegeu Bolsonaro. Foi a primeira coisa
que me perguntou quando estive lá. Ele acabou com a rejeição ao Bolsonaro. O
povo brasileiro adora uma vítima”, disse Zanone.
Zanone
notificou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a tomar providências sobre
possíveis abusos cometidos na operação da PF.
Do
blog do Esmael com informações do Estadão
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