Programa vai
introduzir agora o cultivo de variedades de citros
(Foto: Arquivo) |
Em audiência com o
prefeito Beto Preto, o secretário municipal da Agricultura, José Luiz Porto,
informou que o Programa Terra Forte atingiu nesta semana, um total de 120
toneladas de frutas entregues à Autarquia Municipal de Educação, para
enriquecer a alimentação escolar.
Ao mesmo tempo, Porto comunicou ao chefe
do executivo, que a Secretaria da Agricultura acaba de abrir inscrições para
pequenos produtores que desejem ingressar no programa, com a implantação de
frutas cítricas. “Cerca de trezentos produtores já cultivam em Apucarana dez
variedades de frutas: Maracujá, banana, goiaba, uva, morango, caqui, manga,
abacate, atemóia e figo. E, a partir de agora vamos introduzir o limão Taiti e
uma variedade de tangerina”, anuncia o secretário.
Para iniciar com os citros o Terra Forte
firmou uma parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e do
Abastecimento, por meio da Adapar, visando permitir a liberação de áreas
destinadas ao cultivo de limão e tangerina. “Neste caso o controle deve ser
rigoroso, para evitar contaminação”, revela José Luiz Porto.
“Felizmente o Terra Forte tem sido
avaliado como uma boa prática de gestão, e tem servido de modelo para muitos
municípios”, comentou Beto Preto. Segundo ele, a inclusão de frutas na merenda
escolar foi uma reivindicação das crianças. Hoje já são dez variedades de
frutas ofertadas nas escolas. “Estamos comprando 86% da alimentação escolar da
agricultura familiar, e isso contribui muito na outra ponta do processo”,
avaliou.
O prefeito lembrou que recentemente, o
prefeito de Umuarama, Celso Luiz Pozzobom – que é produtor rural -, veio a
Apucarana para conhecer o Programa Terra Forte, que ganhou repercussão estadual
pelos seus resultados. “Isso comprova que a nossa gestão tem boas práticas, com
resultados satisfatórios e que servem de exemplo no Estado”, avalia Beto Preto.
A Prefeitura de Apucarana, por meio da
Secretaria da Agricultura, iniciou os estudos para implantar o terra forte
ainda em 2013, após uma geada que dizimou 75% dos cafezais. “Implantamos o
programa oficialmente com a Lei 22/2014, estabelecendo que o Município
forneceria mudas selecionadas e insumos e que o produtor fizesse o pagamento
entregando parte da produção para a merenda escolar”, explica Porto. As
variedades foram implantadas paulatinamente e hoje já são cultivados 10 tipos
de frutas.
Entre as dificuldades apontadas por Porto,
estão o fato de muitos produtores quererem obter resultados imediatos, sem
esperar de 1 a 2 anos pela primeira colheita. O secretário também cita a falta
de perseverança no manejo e a utilização de agrotóxicos em outras culturas, mas
que acabam afetando a fruticultura.
Após quatro anos de execução do programa,
os produtores já pagaram (com o fornecimento de produtos) os custos de
implantação de seis dos 10 tipos de mudas, todas selecionadas e certificadas.
Para o próximo ano, o Município também já espera um incremento de ICMS no setor
agrícola na casa dos 7%.
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