sábado, 3 de novembro de 2018

Tarso Genro: STF tem o dever de libertar Lula


"Num ato de apreço à Constituição - que teve com a decisão sobre a entrada da PF nas Universidades- o STF poderia conceder Habeas Corpus de ofício a Lula, para tirá-lo do cárcere de Curitiba, depois da parcialidade manifesta do Juiz Moro, provada pela sua conduta atual", diz o ex-governador gaúcho Tarso Genro. Lula foi preso por Moro e arrancado do processo eleitoral depois de uma condenação sem provas. Agora, Moro se torna ministro de Jair Bolsonaro, eleito porque Lula não participou da disputa
247 –  "Num ato de apreço à Constituição - que teve com a decisão sobre a entrada da PF nas Universidades- o STF poderia conceder Habeas Corpus de ofício a Lula, para tirá-lo do cárcere de Curitiba, depois da parcialidade manifesta do Juiz Moro, provada pela sua conduta atual", diz o ex-governador gaúcho Tarso Genro. Lula foi preso por Moro e arrancado do processo eleitoral depois de uma condenação sem provas. Agora, Moro se torna ministro de Jair Bolsonaro, eleito porque Lula não participou da disputa. Leia, abaixo, o tweet de Tarso Genro e reportagem da Reuters sobre Moro na Justiça.


RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro reconheceu que o trabalho do juiz federal Sérgio Moro, anunciado nesta quinta-feira como futuro ministro da Justiça, na operação Lava Jato o ajudou a crescer politicamente.
“Você tem que reconhecer o trabalho dele, muito bem feito. Inclusive em função do combate à corrupção, da operação Lava Jato, as questões do mensalão, entre outros, me ajudou a crescer, politicamente falando”, disse Bolsonaro em sua primeira coletiva a jornalistas como presidente eleito.
Bolsonaro afirmou desconhecer que tenha havido contato de sua equipe com Moro ainda na campanha eleitoral.
“Foi o Paulo Guedes que conversou com ele”, disse, mencionado o futuro comandante do superministério da Economia. “Não, não foi durante a campanha não, pelo que eu sei, foi depois.” 
Moro irá comandar um Ministério da Justiça ampliado, agora voltando a cuidar da área de segurança pública e ainda outros órgãos de controle interno do governo. O juiz, responsável pela operação Lava Jato em primeira instância em Curitiba, disse que decidiu aceitar o convite para poder implementar uma agenda anticorrupção no país. [nL2N1XC1EY]
CONGRESSO
Bolsonaro afirmou que não trabalhará para fazer os presidentes de Câmara dos Deputados e do Senado mas afirmou que vai apoiar candidatos que tenham o compromisso de ajudar na aprovação de pautas e projetos do governo.
Bolsonaro disse que o governo eleito precisa ter humildade e apoiar nomes de outras legendas, for a do seu partido, o PSL, que elegeu a segunda maior bancada na Câmara, mas tem a perspectiva de se tornar a primeira com transferência de deputados de siglas que não cumpriram a chamada cláusula de barreira. 
“Tem que apoiar alguém de outro partido logicamente com o compromisso de liberar a pauta para questões nossas”, disse Bolsonaro. “A gente poderia angariar mais simpatia de parlamentares e para o nosso projeto.”
Bolsonaro insistiu que o compromisso que o futuro presidente da Câmara precisa ter é “não segurar a nossa pauta”.
Na coletiva, o presidente eleito garantiu que se alguém de seu governo for denunciado por irregularidade, vai responder por isso, e que não vai interferir em qualquer investigação durante seu mandato.


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