O empresário Waldir Rocha Pena, proprietário de um
supermercado utilizado pelo grupo JBS para repassar propinas a políticos,
revelou ter entregue dinheiro vivo a Frederico Pacheco, primo do senador Aécio
Neves (PSDB-MG) e a Mendherson Souza, ex-assessor do senador Zezé Perrela
(MDB-MG); segundo Pena, o dinheiro foi entregue dentro de caixas de sabão em
pó; subornos, que chegariam a R$ 6 milhões conforme os investigadores, teriam
sido pagos em 2014, ano eleitoral
247 - O empresário Waldir Rocha Pena, proprietário de um
supermercado utilizado pelo grupo JBS para repassar propinas a políticos,
revelou ter entregue dinheiro vivo a Frederico Pacheco, primo do senador Aécio
Neves (PSDB-MG) e a Mendherson Souza, ex-assessor do senador Zezé Perrela
(MDB-MG). Segundo Pena, o dinheiro foi entregue dentro de caixas de sabão em pó.
Segundo o jornal O Globo, o relato do empresário ratifica a
delação premiada feita por executivos da JBS quanto ao pagamento de propinas
para os políticos mineiros. O depoimento prestado à Receita Federal foi
encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que tem competência para
investigar a denúncia me função do foro privilegiado dos parlamentares.
O teor
do depoimento também foi empregado pela Polícia Federal de Minas Gerais no
âmbito da Operação Capitu, que apura corrupção e desvios no Ministério da
Agricultura, e que resultou em um novo pedido de prisão temporária para um dos
donos da JBS, o empresário Joesley Batista.
Em sua
delação premiada, o o ex-diretor da JBS Ricardo Saud, afirmou que o pagamento
de suborno para Aécio, totalizando cerca de R$ 4 milhões, foi operacionalizado
por meio de um supermercado em Belo Horizonte. As informações foram confirmadas
por Pena. Segundo as investigações, porém, os repasses foram maiores que os
citados nas delações, chegando a R$ 6 milhões, conforme documentos contábeis
apreendidos pelos agentes. As propinas teriam sido pagas em 2014, que foi ano
eleitoral.
A
assessoria de Aécio Neves informou que "todas as doações recebidas pela
campanha nacional do PSDB em 2014 foram legais e estão devidamente declaradas
junto à Justiça Eleitoral. As acusações formuladas pelos executivos da JBS já
se mostraram mentirosas, o que levou inclusive a PGR a solicitar a rescisão de
seus acordos de colaboração".
Já a
assessoria de Zezé Perrella destacou que não existem elementos que liguem o
pagamento de propinas ao senador. A defesa de Mendherson disse que o depoimento
de Pena não passa de uma "mentira estúpida".
Nenhum comentário:
Postar um comentário