Foto: Nani Gois / Alep |
Em regime de
urgência, a Assembleia Legislativa deve votar ainda nesta legislatura o projeto
de lei do governo do estado que estabelece o Refis, programa de parcelamento e
perdão de parte das dívidas e juros de ICMS (Imposto sobre Operações relativas
à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) e de ICM (Imposto sobre
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias).
O
projeto permite uma redução, na melhor das hipóteses, de 80% do valor da multa
e de 30% dos juros. Na semana passada, no entanto, as entidades empresariais se
reuniram com a governadora Cida Borghetti (PP) e pediram benefícios ainda mais
amplos.
O
argumento é que estados como Rondônia, Rio Grande do Sul, Piauí, Mato Grosso,
Acre, Paraíba e Rio de Janeiro já obtiveram junto ao Confaz (Conselho Nacional
de Política Fazendária) autorizações para condições ainda melhores.
O Acre,
por exemplo, oferece desconto de até 90% nas multas e de 80% nos juros. Em
resposta o governo disse que vai, a exemplo dos outros estados, pedir ao Confaz
a ampliação dos benefícios.
O Executivo
completou ainda que vai adaptar as regras que estão sendo debatidas na Alep,
mudando no que for possível legalmente. O texto já passou pela CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça), apesar dos deputados ainda não terem recebido todas as
informações que pediram ao Executivo.
“É
preciso saber o prazo, quantos são e quem são os beneficiários disso. Se o
estado tem pressa (de aprovar), nós temos a obrigação de saber”, criticou Tadeu
Veneri (PT), da oposição. Não há estimativa do impacto financeiro do Refis, e a
preocupação é de gerar uma redução da arrecadação, já o que orçamento de 2019
já está “zerado” (veja mais ao lado).
Justificativa
O
governo utiliza a crise econômica para justificar o perdão das dívidas, citando
“dificuldades enfrentadas pelos contribuintes, decorrentes da desaceleração
econômica” e ainda a “necessidade de ofertar às empresas paranaenses condição
para que possam concorrer”.
Quando
chegou na Alep a medida foi elogiada por empresários, que afirmam estar tendo
problemas no fluxo de caixa. “Conseguindo pagar suas dívidas, os empresários
terão oxigênio para voltar a investir, crescer e, assim, impactar a economia
positivamente”, disse o presidente da Faciap (Federação das Associações
Comerciais e Empresariais do Paraná) Marco Tadeu Barbosa.
Adiamento
O texto
já havia sido apresentado em setembro durante a campanha eleitoral, mas um
questionamento do MPE (Ministério Público Eleitoral) fez com que a tramitação
fosse paralisada. Com o regime de urgência, o Refis já passou pela CCJ
(Comissão de Constituição e Justiça) e pela Comissão de Finanças.
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