Movimentos devem
prestar solidariedade a Lula durante depoimento:
“Não vamos deixar
o companheiro Lula sozinho”
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São Paulo – Movimentos sociais convocam militantes e população em geral para acompanhar o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (14) em Curitiba. Será a primeira vez que o ex-presidente falará oficialmente desde que foi preso, há sete meses. Ele depõe à juíza Gabriela Hardt, substituta de Sérgio Moro na Lava Jato, no caso que investiga o recebimento de supostas "vantagens indevidas das construtoras Odebrecht e OAS", por meio de reformas em um sítio em Atibaia (interior de São Paulo), cuja propriedade lhe é atribuída.
A mobilização é coordenada
pelo Comitê Nacional Lula Livre, composto pelas frentes Brasil Popular e
Povo sem Medo, pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e outros movimentos sociais.
A concentração está marcada para a partir das 12h no acampamento Vigília Lula
Livre, nos arredores da sede da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula está
preso, e também próximo ao Tribunal Regional Federal (TRF-4), local onde
dará o depoimento, a partir das 14h.
A presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann,
disse que é preciso "ter muita gente mobilizada" para acompanhar o
depoimento do ex-presidente. Sobre o sítio de Atibaia, ela disse se tratar de
"outra mentira mal contada". "O sítio não é do Lula, o sítio não
tem nada a ver com ele. É cada coisa absurda que a gente vê nesses
processos."
A defesa de Lula diz que depoimento
prestado pelo empresário Fernando Bittar nesta segunda-feira (12) não
deixa qualquer dúvida de ele, e não o ex-presidente, é o proprietário de fato e
de direito do sítio de Atibaia.
O líder do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, disse, após visita à vigília Lula Livre,
nesta segunda-feira (12), que "quem está preso não é o Lula, pessoa
física. Quem está presa é a esquerda brasileira, é a classe trabalhadora
brasileira. O companheiro Lula só está preso porque é a simbologia maior de
tudo isso", afirmou.
"Vamos reforçar o time aqui em
Curitiba. Nossa ideia é que tenha no mínimo uns 500 companheiros aqui, outros
500 na Justiça Federal. Não vamos deixar o companheiro Lula ir sozinho. Ele tem
de sentir que atrás dele tem a classe que ele representa. Vai ser a
primeira vez que ele vai ter a oportunidade de falar com o povo
brasileiro", completou Stédile.
Fonte:
RBA
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