segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Moro anuncia como secretário delegado da PF que o ajudou a manter Lula preso


O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, anunciou na tarde desta segunda-feira a escolha do ex-superintendente da Polícia Federal no Paraná Rosalvo Ferreira como o responsável pela Secretaria de Operações Policiais Integradas, em órgão a ser criado na pasta que comandará a partir de janeiro; delegado foi quem não cumpriu, em julho desse ano, a decisão do desembargador Rogério Favreto, do TRF4, de soltar Lula, consultando antes o então juiz federal Sergio Moro
BRASÍLIA (Reuters) - O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, anunciou na tarde desta segunda-feira a escolha do ex-superintendente da Polícia Federal no Paraná Rosalvo Ferreira como o responsável pela Secretaria de Operações Policiais Integradas, em órgão a ser criado na pasta que comandará a partir de janeiro.
Segundo Moro, a ideia da secretaria é coordenar operações policiais em nível federal.
"Hoje nós temos muitos grupos criminosos ou muitas atividades criminosas que transcendem as fronteiras estaduais e essa ação precisa muitas vezes de uma coordenação a nível nacional", explicou ele, em rápida fala à imprensa.
O futuro ministro ressalvou que a criação dessa secretaria está resolvida na discussão do organograma da pasta, mas ainda não é uma questão totalmente fechada.
"Tem que fechar com as outras áreas do governo, mas a ideia é criar dentro do Ministério de Justiça e Segurança Pública uma Secretaria de Operações Policiais Integradas", disse.
Moro disse também que o delegado da Polícia Federal Fabiano Bordignon, que já esteve lotado na sede da polícia em Foz do Iguaçu, será o novo chefe do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Ele disse que entre as atribuições dessa secretaria será construir mais presídios em tempo mais curto e valorizar o trabalho de agentes penitenciários.
"É uma função estratégica, nós todos sabemos que os presídios no Brasil eles hoje constituem uma espécie de problema devido a questão de superlotação e fragilidade em certos presídios. Nós não podemos evidentemente generalizar essa afirmação porque a situação em cada Estado da federação é diferente", disse.
O futuro ministro disse que busca um nome para assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e admitiu que o general da reserva Carlos Alberto Santos Cruz chegou a ser cogitado para ocupar esse cargo.
Moro disse que o presidente eleito Jair Bolsonaro externou-lhe na semana passada o desejo que o general ocupasse um cargo no Palácio do Planalto —Santos Cruz foi escolhido nesta segunda mais cedo por Bolsonaro para a Secretaria de Governo.
"Logicamente o presidente tem preferência", disse Moro.
O futuro ministro disse que tanto a Senasp quanto a Secretaria de Operações Policiais teriam atribuições diferentes. A primeira cuidaria de repasses, uniformização de procedimentos e questões de gestão e demais ações ficaria com a segunda.

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