Dos dez primeiros médicos brasileiros que se inscreveram no
Mais Médicos para as 8.517 ocupar as vagas deixadas pelos cubanos, cinco deles
escolheram atuar em capitais e municípios de regiões metropolitanas; apenas um
município escolhido é considerado de extrema pobreza; levantamento dos
secretários municipais de saúde indica que 285 cidades em 19 estados ficarão
sem médicos dedicados à atenção básica em saúde na rede pública com a saída dos
cubanos
247– Dos dez
primeiros médicos brasileiros que se inscreveram no Mais Médicos nesta quarta
(21) para as 8.517 ocupar as vagas deixadas pelos cubanos, cinco deles
escolheram atuar em capitais e municípios de regiões metropolitanas. Apenas um
município escolhido é considerado de extrema pobreza. Outro está em área
vulnerável e um terceiro em uma cidade com até 50 mil habitantes. Levantamento
do pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) indica
que pelo menos 285 cidades em 19 estados do Brasil devem ficar sem médicos
dedicados à atenção básica em saúde na rede pública com a saída dos cubanos.
A
informação sobre a opção dos médicos brasileiros é da jornalista Mônica
Bergamo, na Folha de S. Paulo. A recusa dos médicos
brasileiros de atender a população das periferias das grandes cidades e das
regiões mais pobres do país foi um dos motivo que levou o governo Dilma a
lançar o Mais Médicos em 2013 e logo firmar o acordo com o governo cubano e a
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
O Rio
Grande do Sul é o estado com mais municípios afetados pela saída dos cubanos —
são 92. Em seguida vêm São Paulo, com 49, Paraná, com 27, e Minas Gerais, com
24. O Conasems ainda não tem dados sobre o Amazonas, Amapá, Ceará, e Espírito
Santo. O Distrito Federal não foi considerado no levantamento.
Até a
manhã desta quinta, segundo o Ministério da Saúde, havia 6.394 inscritos no
Mais Médicos.
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