quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Haddad não assumirá cargos no PT e está calado


Fernando Haddad entrou mudo e saiu calado de seu encontro de mais de duas horas com Lula em Curitiba nesta quarta; no encontro, informou a Lula que não assumirá cargo no PT ou na Fundação Perseu Abramo, como era cogitado; Haddad está silencioso nas redes sociais e ausente das articulações, enquanto os principais candidatos derrotados por Bolsonaro estão em plena atividade; hoje, Boulos estará com Lula, e já marcou uma conversa com a imprensa e militantes do Acampamento Marisa Letícia na sequência; mas Haddd está quieto
247 - Fernando Haddad entrou mudo e saiu calado de seu encontro de mais de duas horas com o ex-presidente Lula em Curitiba nesta quarta (7). Segundo a colunista Mônica Bergamo, que nos últimos meses mostrou-se muito bem informada sobre os bastidores do PT, um dos temas do encontro foi o futuro de Haddad: "Fernando Haddad não assumirá cargo no PT —nem mesmo na Fundação Perseu Abramo, como era cogitado. Ele combinou com Lula que seguirá na política, mas fora das estruturas partidárias".
O que significa a decisão de Haddad? Confirmada a notícia, qual será o papel do ex-candidato do PT, que recebeu 47 milhões de votos nas eleições. Dava-se como certo que ele assumiria a presidência da Fundação Perseu Abramo. A única certeza neste momento é que ele retomará suas aulas no Insper, uma escola de negócios da elite paulistana.
Nesta quinta, Lula recebe as visitas do deputado e líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta, e de Guilherme Boulos. Depois do encontro, ambos irão conversar com a imprensa em frente à superintendência da Polícia Federal de Curitiba, como é de praxe. Haddad rompeu a praxe.
Há uma interrogação sobre o futuro de Haddad. Dos principais candidatos derrotados nas eleições, ele é o único que está em silêncio, sem movimentar-se publicamente. Ciro, Boulos e Marina estão em plena atividade, articulando projetos de oposição a Bolsonaro. Houve uma proposta de segmentos do PT para Haddad iniciar caravanas pelo país, numa versão reduzida do que fez Lula entre 1993-1996 e recentemente entre 2017 e 2018, até sua prisão em abril, mas o assunto não teve seguimento.
Nesta quinta, Lula recebe as visitas do deputado e líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta, e de Guilherme Boulos. Depois do encontro, ambos irão conversar com a imprensa em frente à superintendência da Polícia Federal de Curitiba, como é de praxe. Haddad rompeu a praxe e foi embora sem falar com a imprensa ou com os militantes do Acampamento Marisa Letícia, vigília permanente de solidariedade a Lula. Desde o domingo, 4 de novembro, uma semana depois da eleição, Haddad emudeceu nas redes sociais. No Facebook, deixou de estar ativo desde 31 de outubro e, no dia 4, apenas atualizou sua foto de perfil; no Twitter, nada.  
Haddad está quieto. 


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