quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Força-tarefa vai apreender cavalos errantes em Apucarana


Atualmente, 15 cavalos estão sob a guarda de uma ong voluntária. Expectativa é de que na operação surpresa, que será deflagrada nos próximos dias, pelo menos mais 30 animais sejam apreendidos 
(Foto: Edson Denobi)
O crescente número de equinos errantes pelas ruas da periferia e até mesmo em trechos urbanos de rodovias federais que cortam a cidade tem gerado preocupação às autoridades de Apucarana. Além da questão ambiental e de saúde pública, que envolve casos de maus-tratos e locais inapropriados para manutenção desses animais de grande porte, a questão têm ligado o alerta quanto aos riscos causados ao trânsito. Classificado pelos presentes como um problema de resolução complexa, o assunto foi pauta de uma reunião convocada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e realizada nesta quinta-feira (29/11), no salão nobre da Prefeitura de Apucarana, com representantes das polícias Militar, Força Verde e Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, concessionária Viapar e de uma organização não governamental que tem atuado voluntariamente no recolhimento dos animais na cidade.
Convidados, Polícia Civil, Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) e concessionária Rodonorte, não enviaram representantes. “A presença desses animais, que geralmente vagam soltos, tornou-se um problema sério e que tem gerado grande preocupação a todos nós. O prefeito Beto Preto então, solicitou total empenho no estabelecimento de ações, sobretudo preventivas, que basicamente consiste em retirar de circulação todos os equinos errantes da zona urbana”, informou Sérgio Bobig, secretário Municipal de Meio Ambiente.
Com assessoria de técnicos do Meio Ambiente e da Procuradoria Jurídica Municipal, a reunião definiu a realização de uma grande operação conjunta. “A partir de agora iniciaremos as tratativas para essa força-tarefa, que se dará em data surpresa”, revelou.
A orientação é de que os proprietários, que não queiram ter os animais apreendidos, levem-nos o quanto antes para local adequado. “E que local é esse? A zona rural, ambiente onde ele vai poder estar contido entre cercas e ter acesso à alimentação adequada, água fresca”, disse Bobig. Segundo ele, a situação em que os animais estão na cidade é ilegal e pode gerar diversas ocorrências aos responsáveis. “A legislação prevê inúmeras sanções, enquadrando esses casos como maus-tratos e até como crime ambiental. Em caso de ocorrer algum acidente, o responsável pelo cavalo deve ainda indenização à vítima”, alerta.
Segundo levantamento da prefeitura, o maior número de animais de grande porte soltos em Apucarana está concentrado entre as regiões Norte e Leste. “Recebemos diariamente ligações de populares e, com isso, conseguimos mapear”, explicou Sérgio Bobig, secretário Municipal de Meio Ambiente. Ao serem apreendidos, os animais serão conduzidos a um local apropriado pela ong voluntária. “Um prazo de 15 dias será dado para reclamações. Caso o dono não apareça, serão encaminhados para doação”, afirmou Bobig.
Um chamamento público, já aprovado pela Câmara Municipal de Apucarana, deve ser publicado nos próximos dias visando o cadastramento de mais entidades interessadas em contribuir com o trabalho de recolhimento e destinação.
Segurança – O capitão Vilson Laurentino da Silva, do 10º Batalhão da Polícia Militar do Paraná (10º BPM), assegurou total apoio à operação de recolhimento. “Muito importante essa reunião convocada pela prefeitura. Muitos assuntos pertinentes foram tratados. Cavalo não é animal para ser criado na zona urbana. A Polícia Militar está à disposição para contribuir com o trabalho da prefeitura e da ong sempre que preciso”, disse o militar.
A retaguarda no tocante à segurança dos agentes envolvidos no recolhimento dos equinos também foi reforçada pelos demais representantes das forças de segurança presentes na reunião. “Ficamos sabendo de que os servidores e até membros da ong sofreram ameaças, na tentativa de intimidação da ação. Atitudes que não vamos mais permitir”, concluiu capitão Vilson.
Atualmente, 15 cavalos estão sob a guarda da Ong Associação de Proteção dos Animais de Grande Porte do Vale do Ivaí (A.P.A.G.P.V.I) e geram despesa mensal na ordem de R$3 mil. A expectativa das autoridades é de que na operação surpresa que será deflagrada nos próximos dias pelo menos mais 30 animais sejam apreendidos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário